Marcelinho, pão e vinho .
Marcelão, vinho e pão .
Já estou a ver o Marcelo em Belém, a beber chá com
as tias, rezar o terço com as velhotas, petiscar um pas-
tel de bacalhau, quiçá um pastel de nata, nos dias de
festa .
A contar pilhérias , jogas às palavras com os seus con-
selheiros, brincar às escondidas com as criadas do Pa-
lácio, fazer renda de Barcelos, fazer trocadilhos e troca-
dalhos, vinde a mim as criancinhas, os tolos e os idiotas,
que este é o Reino de Belém .
Um autêntico Portugal dos pequeninos .
Um serão da Província .
Uma noite à Portuguesa .
Uma palhaçada pegada .
Para trás, ficam as inúmeras visitas a creches, hospitais,
pastelarias, jardins de infância, as padarias, até uma casa
funerária, onde se se informou da saúde do morto,
os beijos das velhinhas, os piropos às moçoilas, os ditos
sem qualquer piada aos velhotes nos bancos dos jardins,
prefigurando já o seu importante desempenho no papel
de Américo corta fitas e distribuidor de comendas e en-
comendas .
E política ?
Dirão alguns .
Só lá para o 2º mandato ...
.
