Turner era um pintor que viajava muito, dentro e fora
da Inglaterra,
Visitou durante algum tempo, Oxford e Veneza, só para
citar dois lugares, nos quais deixou um enorme legado .
Andava sempre com um pequeno saco de cabedal, onde
levava papel e tintas, para fazer esboços com aguarelas .
É interessante, que Turner tinha uma paixão pela cor/luz,
passando uma parte do seu tempo a fazer experiências no
domínio das tonalidades obtidas, bem como dos efeitos
produzidos, sobretudo em cenários que o tinham impres-
sionado na sua juventude , designadamente os incêndios
navais na costa inglesa, e, sobretudo, o raiar e o pôr do
sol, passando horas a ver os reflexos luminosos na água .
Levava para os lugares que escolhia para pintar, grande
quantidade de pedaços de papel, que dispunha em série,
pintando cada um à vez, quer para ir deixando secar
as diversas folhas, e também para fixar em pouco tempo,
o rápido evoluir dos tons do mar .
Conhecia como ninguém, a sublime diferença entre as co-
res que ele reproduzia num nascer do sol, ou num pôr do
sol.
Ainda ontem estive a ver, mais uma vez, o filme Mister
Turner, uma enorme lição de vida e de amor pela arte, mau
grado o mau feitio e a truculência deste espantoso persona-
gem .
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