quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Eu e o BENFICA .

Julgo que já nasci benfiquista .

Aos seis anos, já ia assistir aos jogos dos encarnados
(naquele tempo era proibido usar a palavra vermelhos,
dada a conotação idiota que se dava aos comunistas,
bolchevistas, e por aí ) .

Ainda fui assistir a um ou dois jogos ao velho Campo
das Amoreiras, onde mais tarde seria implantado o com-
plexo industrial da Carris, que depois daria lugar ao 
Centro Comercial das Amoreiras .

Lisboa começava e acabava aí .

O eléctrico atravessava aquele espaço, dentro de uma
passagem de nível .
Os carros em direcção à novel Autoestrada de Cascais,
que vinham do Marquês de Pombal, esperavam a subida
da cancela, para depois seguirem por Monsanto, atraves-
sando o Viaduto Duarte Pacheco .

O Sporting jogava no campo de madeira, em Alvalade .

Quando o Estádio novo foi construído, o Benfica tomou de
empréstimo o campo de tábuas, e durante uns bons anos
foi aí que o glorioso se encheu de pujança .

Só muito mais tarde viria a erguer-se 
o Estádio da Luz,
a Catedral do Benfica .

Começara a era dourada  do futebol em Portugal .
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