sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A FÉ e o IMPÉRIO .

Portugal só foi uma Nação sustentável 
durante o período das Descobertas .

Parece impossível como um País com tão pouca população 
e tão poucos recursos foi, durante quase um século, o centro 
de gravidade do mundo então conhecido .

Durante o resto da História, e salvo o tempo da Conquista e 
da rapina do território, Portugal andou sempre à esmola do 
Papado, dos Ingleses e dos Castelhanos .

Como é que um País pobre, encostado ao Mar, cercado pela 
Espanha e ajudado (e lixado sempre) pela muleta Britânica,
conseguiu sobreviver a séculos de História, nem sempre mui-
toedificante .

Mas que tal aconteceu, aconteceu .

De D. João V para cá, aguentámos várias bancarrotas, muita 
miséria do povo, e muita pouca vergonha das classes ditas pre-
vilegiadas

Em vária épocas, nos últimos dois ou três séculos, portugal teve
que recorrer à Emigração, primeiro por razões religiosas, depois 
por razões políticas e depois por razões de natureza económica .

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Lembro-me em criança de ouvir falar dos brasileiros e dos afri-
canistas, gente que regressava com grandes fortunas, de fazer
crescer o olho aos outros mortais, com grandes anéis nos dedos
inchados pelo reumático, que construíam grandes palacetes, di-
tos as casas dos brasileiros .

E depois já não eram só brasileiros, mas gente vinda para a Ar-
gentina, Venezuela, Canadá e outros .

Dos Estados Unidos, eu não ouvia falar, mas mais tarde aprendi
que a miséria estava bem distribuída pelo nosso País, e muitos ou-
tros partiam para os Estados Unidos, idos da Madeira e dos Açô-
res .

Terá sido possívelmente, no início do Séc.XX, o primeiro grande
surto emigratório em direcção à América .

Com os Portugueses, partiam em direcção ao Novo Mundo, gran-
des massas de desgraçados provenientes de vários países, como 
era o caso da Irlanda, Itália e Polónia, entre tantos outros .

Os Estados Unidos, ávidos de mão de obra barata e disposta a tudo,
agradeceram com entusiasmo .

Bolchevistas, é que não, obrigado .
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