que os homens tomaram conhecimento com o fogo .
Talvez aterrorizados com a grandeza dos vulcões, ou quando
assistiam espavoridos, das floreostas em chamas, as criaturas
tinham que competir com os animais selvagens .
Era um pânico atávico .
As criaturas fugiam em pânico e refugiavam-se nas grutas im-
provisadas .
Ainda hoje os lobos fogem fogo, apesar de a fome que os assaca .
pos e refugiavam-se em zonas mais temperadas, para consegui-
rem sobreviver .
Só muito mais tarde, os humanos começaram a perceber, que o
fogo que queimava, poderia ser usado em proveito próprio, se
usado com conta, peso e medida, podendo ajudar a amenizar a
rude vida das cavernas .
Foi sem querer, que o homem deve ter assistido ao raio provo-
cado pela fricção de duas pedras, e conseguiu acender uma pe-
quena fogueira .
Porventura, seria a mais espantosa invenção humana .
A descoberta do fogo .
Aprendeu também, que o fogo era importante demais, para que
se pudesse brincar inavertidamente com essa poderosa força, que
impulsionou a nossa existência .
Ainda hoje, se usa a expressão :
Andas a brincar com o fogo,
ainda te queimas .
Claro que a expressão tem outro significado mais escondido .
Brincar com o fogo é arriscar, é ir mais além, é tentar descobrir
novas possibilidades, para as coisas, e para as pessoas .
Quem não arrisca,
não petisca .
Ainda a descoberta do fogo .
Descoberta do fogo, que nada .
O fogo já lá estava, há milhões de anos .
Passou a existir quando demos por ele .
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É como acender uma lareira .
Não se pode avançar à bruta .
Temos que ir tentando cuidadosamente, e encontrar os gestos com
todo o cuidado .
Mas primeiro que tudo, existe a vontade expressa de preparar o fogo .
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