Turner, o mago das aguarelas .
De quando em quando, vem-me uma vontade de retomar
a pintura de tintas de água, uma arte menor, até ao mundo
de Turner, o homem a impôs com uma arte nobre e sublime .
Até então, era usual a feitura de esboços, ensaios, estudos,
que mais tarde dariam origem das grandes obras de arte da
pintura .
Muitas vezes eram depois arrumados ao acaso, manuseados ,
sem qualquer cuidado, acabando normalmente no caixote do
lixo da história .
Turner, um pintor viajante, carregava uma bolsa cheia de pa-
pel, e como pintor convulsivo que era (pintava vários desen-
hos ao mesmo tempo, para não ter que esperar que as agua-
das secassem), foi coleccionando centenas ou milhares de cro-
quis, e deixou uma enorme quantidade de trabalhos, alguns
peque-
apenas pormenores, outros já obras completas, que ficariam
muito tempo esquecidos em gavetas e armários, e só mais tar-
de exibidos em todo o mundo .
Parece impossível que tanta beleza tenha saído de mãos tão ru-
des e grosseiras, e da cabeça de um quase louco, difícil de atu-
rar, dado o temperamento irascível de tão estranho persona-
gem .
O homem morreu, mas a sua obra permanecerá para todo o
sempre .
Foi com o pintor
Roque Gameiro,
um pintor de paisagens
feitas nos confins da Serra da Estrela, em Vide, Concelho
de Seia, que tomei contacto, pela primeira vez, com outro gi-
gante da pintura . É um homerm pouco conhecida do público
em geral, que deixou obra monumental, visível em paisagens
de paredes de igrejas e de retratos de figuras célebres .
O Largo com o seu nome, no Cais do Sodré, era uma autêntic-
a lixeira, lugar de recolha de mendigos e maltrapilhos .
Em boa hora, a CML acorreu à reabilitação de tal lugar, dando-
lhe uma honra que o pintos há muito merecia .
Uma palavra para outro enorme pintor,
Paulo Ossião
Pintor aguarelas de grande dimensões, com quadros espalhados
por casas finas e grandes espaços comerciais, em portugal e no es-
trangeiro .
Agora, vou ver se começo a pintar com cores de água .
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