Ou dia das mulheres?
Porque não o dia do homem?
Ou dos homens?
Ou dos filhos?
Ou dos avôs?
Ou dos netos?
Dia da mulher cheira-me a bafio, a caruncho, a passado,
a coisa medieval.
É como a lei das cotas (dos cotas).
É uma discriminação que rebaixa as mulheres.
Porque não uma noite e não um dia, já ficava tudo no feminino.
E não me venham com essa lamechice do machismo.
Sempre tratei homens e mulheres com o mesmo respeito,
com a mesma lealdade, a mesma igualdade.
Fui chefe e subordinado de várias mulheres, tratei, aprendi,
ensinei, colaborei, mandei, obedeci, concordei, disparatei,
do mesmo modo, com mulheres e com homens.
O dia da mulher é o dia que ela quiser.
Ou melhor, será o dia que nós quisermos.
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