segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

AS OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA .

O Panteão Nacional, também conhecido como Igreja se
Santa Engrácia, demorou cem anos a ficar concluída .

A Barragem do Alqueva foi pensada há mais de um sécu-
lo, e só foi construída recentemente uma parte, o fecho da
albufeira e uma parte dos canais de rega .

A grande Igreja do Menino Deus, junto ao Castelo, nunca
chegou a ser acabada .

Quando D. João V meteu na cachimónia, trazer o Papa para
ir viver para Mafra, parou tudo, e todos os técnicos e arte-
sãos foram despachados em grande velocidade, para as obras
do Real Convento .
Apenas se salvou o Aqueduto de Lisboa, grande obra estru-
tural para a Capital .

E foi o ouro do Brasil que permitiu tais veleidades .

No nosso Século,
já o País se aproximava perigosamente da Bancarrota, 
não faltaram doutores, engenheiros, economistas, políticos
e outra gente da mesma laia, que levou meses e meses, a man-
dar bitaites sobre as grandes obras públicas .

Ele eram seis linhas de TGV,
a ponte-combóio para atravessar o Tejo, a 3ª. ponte, que enco-
bria o estuário, eram um ou dois novos aeroportos, a linha fér-
rea de Sines, para a Espanha, e por aí agora .

De toda esta nebulosa, o empreiteiro Cavaco Silva, o rei do be-
tão, mandou construir auto-estradas, para tudo quanto era sí-
tio, muitas das quais ficaram caríssimas, e sem grande retorno
do capital investido, e. ainda por cima, mercê de contratos rui-
nosos, para gáudio dos empreiteiros, muitos deles ligados ao
cavaquismo .

Uma fúria gastadora (de recordar que Portugal é o maior-
construtor de auto-estradas, considerando o índice quilómetro
por habitante), só nos USA, em que as grandes vias foram im-
plementadas à custa de uma taxa específica sobre a gasolina,
nunca seria alcançada em todos os países da UE  .

Depois veio o Sócrates, 
e desmantelou esta gerinconça toda .

Grande malandro ...
.