com António Chiado, à ilharga .
Há muito tempo que não visitava a Baixa e o Chiado .
Como é possível que as lojas os elevadores que as servem
ainda não tivessem aberto as portas, fazer para poder fazer
negócio, bem cedo .
Deveria ser um das razões para vivificar as compras, girar
o dinheiro, inchar a economia .
E, eu, a recordar que nos USA, as lojas estão abertas as 24
do dia .
Tive que abalançar-me a trepar toda a colina, até me encon-
trar com o Pessoa, sisudo na sua pose, com a sua beata no
canto da boca, rodeado de turistas, tirando selfies, a torto e
direito .
Disse adeus ao António Chiado, cada vez mais afastado das
tertúlias literárias, uma espécie de poeta menor, que joga na
2ª. liga da Poesia .
O Camões continua lá no alto, servindo retrete aos inúmeros
pombos que ali se passeiam despudoradamente, por entre mi-
ríades de turistas com mochilas ás costas, outros com as cos-
tas ao léu, remoendo as sandes pré fabricadas à pressa, para
embarcar naqueles veículos, meio carros, meio triciclos, para
a volta à Cidade .
O Chiado é o paraíso dos poetas.
E das Igrejas também .
Nem todas estão afinadas, mas é o sítio onde os sinos ecoam a
sua lenga lenga, lembrando que Lisboa é, afinal, uma grande
aldeia .
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