Parei para descansar .
A subida ao Chiado já foi um pouco difícil .
Entrei na padaria, antigo restaurante de bairro,
lugar onde poisava quando fazia férias repartidas,
gozadas em Lisboa, nos tormentosos meses de
Agosto .
Em cada dia, escolhia um Bairro, um Museu, e um
amigo, e assim curtia os dias.
Por vezes, almoçava no próprio Museu, outras vezes
escolhia um restaurante com vista para o mar .
Tomei a bica,
e ali fiquei a preguiçar despreocupadamente, à espera
que passassem os meus parceiros da visita programa-
da ao Museu de Farmácia,
uma jóia pouco conhecida dos portugueses, avessos a
à descoberta das nossas pequenas maravilhas artísticas,
e de boca aberta às boçalidades do estrangeiro .
E fiquei um bom pedaço,
a rever o Miradouro do Chiado, a céu aberto,
olhando o maralhar das gentes que se cruzavam apressa-
damente, a caminho dos transportes e do empregos ou,
fazendo como eu, assistindo àquele espectáculo maravi-
lhoso, pelo preço de um bica .
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