AS FÉRIAS DE VERÃO ...

Ai, as férias de Verão ...

Tudo pára ...

Tenho saudades do Pontal .
da fonte de Boliqueime,
da bomba de gasolina,
da Praia dos Olhos de Água,
da Ilha de Faro,
do Algarve em flor,
da Nacional 125,
dos passeios de barco pela manhã,
dos aviões a aterrar,
do por do sol à tardinha,
da bica e do Iris Coffee ,
da meia torrada bem barrada,
do óculos de sol,
do boné do Benfica,
das correrias na A2,
do mercado de Loulé,
dos choquinhos e das conquilhas,
das sardinhas assadas
dos passeios de barco,
das idas à Barrinha,
e da música do Havana .

Tudo pára ...

Ponho a fita a correr ao contrário,
como na máquina do tempo .
Como num filme de Fellini,
ou no Cine Paraíso .

Tudo pára,

menos o filme da vida .
.

TOYS FOR THE BOYS .

Naquele tempo não havia brinquedos .

Jogava-se futebol com uma bola de trapos .
As espadas e as setas eram paus imprvisados .
Construíam-se estrelas e papagaios com cana e papel
de seda, o qual também servia para fazer instrumentos
de sopro .

Mas a maioria das brincadeiras baseava-se no esforço
físico, pancadaria, polícias e ladrões, coboys e índios,
jogo da barra, da bilharda e de  pião .

Alugava-se uma bicicleta por meia hora, ou pedia-se em-
prestada a um menino rico,
já enjoado de tanto pedalar .

E os brinquedos pedagógicos ?.

Não havia bonecas, nem bonecos,
e carros e carrinhos, nem pensar .

Estava deste modo o acesso a muitos dos cursos superiores,
por falta da práctica da experimentação;

Como estudar o corpo humano, sem poder dissecar, pelo me-
nos, meia dúzia de bonecas, arrancar braços e pernas para pes-
quisar as entranhas do corpo humano .

Como espatifar montes de carros e carrinhos, sem os destruir,
peça por peça, sem depois os poder reconstruir e aperfeiçoar .

 Havia contudo uma coisa maravilhosa, 
que era a imaginação.

Com ela analisava-se o mundo interior,
e partia-se para a descoberta de novas descobertas e invenções .

Esse capital não se obtinha nas lojas,
ia buscar-se directamente à nossa capaci-
dade de sonhar .
.

VARIAÇÕES .

Quando a cabeça não tem juízo
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deixa-o pagar
deixa-o pagar

Nunca se irá saber ao certo quanto dinheiro inocente
voou das mãos dos contribuintes,
para os venais banqueiros e seus comparsas .

10 mil milhões
15 mil milhões
20 mil milhões

E aproxima de novo o mesmo pesadelo
É preciso mais dinheiro para capitalizar a banca .

5 mil milhões
10 mil milhões
15 mil milhões
20 mil milhões

Então, não foi a saudosa Troika que disponibilizou 
o dinheiro para o resgate do sistema bancário por-
tuguês ?.

Dizia um desses cromos de um banco português :

Ai aguenta, aguenta ...

Pudera , o dinheiro não é dele ...

Somos um povo de esferovite,
sem coluna vertebral,
armado em carapau de corrida .

UM DIA, VAMOS CORRER 
ELES, 
CARAGO ...

NO REINO DO FAZ DE CONTA .

Perdoai-lhes Senhor, 
que eles não sabem o que dizem .

Foi o Papa, o ministro das finanças alemão, o comissário
Moedas, que pouparam Portugal à vergonha das sanções,
opinam os idiotas .

O Grilo falante e o ex-ministro do Ambiente, que agora não
me ocorre o nome, aquele que mandou construir e ficar com
uma casa no Parque Natural da Arrábida,
nunca pronunciaram o nome de António Costa, ou de qual-
quer outro tipo à sua esquerda, para os parabenizar, pela 
sua acção, na defesa do nosso País, face às ameaças de multa
por causa do défice .

Que tristeza .

Que vergonha .

Que cegueira .
 .
.O Papa Francisco bem pode falar de todo o amor do mundo,
que esta escumalha o que sabe é destilar ódio por todos os poros .
.

OS TINHOSOS .

Quanto mais tempo os do PPD/PSD continuarem a fazer 
o seu triste papel de víboras venenosas, 
mais a geringonça de vai estruturando .

Quando mais mostrarem  a sua idiotice e o seu comporta-
mento bacoco, mais difícil se torna reconstruir esse tal par-
tido, uma manta de retalhos rasgada em várias pontas, esfar-
rapada, onde persistem somente alguns de trapos velhos .

Se Sá Carneiro cá voltasse, decerto partiria na hora, desgos-
toso, tal o estado miserável em que a bandeira social demo-
crata se encontra .

Os que ainda se reclamam dos ideais da social democracia, 
estão acoitados por baixo de pedregulhos, quais lagartixas
adormecidas .

Talvez que o sol quente do Verão, consiga acordar as mais
corajosas e mais consequentes .
.

E O QUE DIZ MARCELO ...

" VITÓRIA DO GOVERNO,

   DA DIPLOMACIA E DOS

   PARTIDOS " .
.

O DIA D .

O DIA DA VITÓRIA .

Pela primeira vez, conseguimos partir 
os dentes aos bandidos do Eurogrupo .

Aconteça o que acontecer, uma nova era
começou .

A mesquinhez não tem limites .
Os cobardes, os vendidos, os traidores
mais fervorosos estão à nossa porta, no 
nosso prédio . Convivem bem com a sua
má consciência .

E os media, que deviam jubilar com o pa-
pel que Portugal protagonizou nesta histí-
tia meteu o rabo entre as pernas .

VIVA O PARTIDO SOCIALISTA

VIVA O PARTIDO COMUNISTA

VIVA O BLOCO DE ESQUERDA

e todos os que os apopiam .
.

O COVEIRO DO PAÍS .

O HOMEM DO LEME .
O CAVALEIRO DA TRISTE FIGURA .

Cavaco Silva foi o grande responsável pelo abate da nossa
frota marítima, barcos grandes, médios, pequenos, botes,
canoas, cacilheiros e outros .

Foi o grande impulsionador das leis que visaram destruir a
nossa indústria, grande, média , artesanal, baiúcas, e o resto .

Mandou acabar com a agricultura, árvores de fruto, os pri-
mores, os tomates, as flores e abelhas e outra bicharada .

Noutra incarnação, foi elemento muito importante na destrui-
ção da famosa banca portuguesa, enganando-se e enganando
os portugueses acerca da saúde e vitalidade dos nossos ban-
cos, desconhecendo por completo o que se passava no sector .

Conviveu tranquilamente com banqueiros devassos, financei-
ros aldrabões, chefes de gangues, pilha galinhas e actividades 
correlacionadas .

Irá ficar certamente ficar na História, mas jamais pelas boas
razões .
.

PINTAR COM RAPEL .

Andam a pintar as paredes externas do meu prédio,
usando a técnica do rapel .
Profissão duplamente perigosa, pois o que pinta pode 
desequilibrar-se, e o que manobra os cabos,pode tam-
bém falhar .

O pintor foi ao interior da casa para poder pintar uns 
detalhes . Coisa de pouca monta .
Quando acabou, atirei-lhe :

Então, vai uma cervejinha .

O homem olhou meio surpreso, meio indignado, 

Eu não bebo, enquanto trabalho, disse 
olhando-me como se eu fosse um ET .

Então um copo de água, ou um pouco 
de leite ?

Saíu rápido, e só então realizei que estava a empurrá-lo,
com boas intenções, para o tentar estatelar no meio da rua .
.

FOGO QUE ARDE SEM SE VER .

E não é que o País começou a arder 
todo ao mesmo tempo ...

Terminados os campeonatos da bola, sem pau e com pau,
(estava toda a malta a ver a TV),
acabado,o o Tour de France,
e mais uma dose de ataques terroristas,

chegou a época balnear dos incêndios florestais,
para gáudio das autoridades, dos bombeiros, das ambulâ-
cias, viaturas de arrasto, helis e outros meios aéreos de com-
bate, turistas a granel ... 

Regressámos, de novo, 
ao País real .

Vamos finalmente assistir ao fogo de artifício de verão,
de borla e ao vivo .

Ainda tentaram incendiar o caso Marquês,
mas sem qualquer sucesso .

FOGO É FOGO ...
.

OS RATOS DE ESGOTO .

Cães que ladram, não mordem .

As cascavéis estão escondidas nos buracos mais,
improváveis . São perigosas, mas em regra só 
atacam quando são provocadas .
Impõem respeito .

Mas que dizer das ratazanas dos boeiros, que car-´
regam consigo toda a espécie de piolhagem e a pro-
pagam em qualquer estrumeira, provocando doen-
ças de extrema gravidade .

Andam por aí, pelas lixeiras da política, fazendo
queixinhas aos invertebrados parasitas de Berlim 
e Bruxelas .
Não conseguem digerir o sapo venenoso que lhes fi-
cou entalado na garganta .

O que ainda resta dessa quadrilha que dá pelo nome 
de PPD/PSD/PARTIDO LIBERAL/DIREITA REAC-
CIONÁRIA , não terá um pingo de vergonha na trom-
ba, correndo com esses miseráveis marques mendes
que infectam os nossos meios de comunicação social .

À atenção do Senhor 
Presidente .
.

AS VACAS LOIRAS .

Não, não é nada disso que estão a 
pensar ...

Miúdo de bibe, lá ia eu com os outros putos, pela mão
da tia Conceiçãozinha ( havia uma tia para cada função),
trepar ao castelo, mesmo junto à casa dos meus avós, era
perto em distância, mas muito longe na nossa imaginação .

Havia sempre projectos ousados nas nossas cabeças .

Um deles era andar à caça de Vacas Loiras, uns bichinhos
maravilhosos, de côr verde irisada, de carapaça dura e com,
dificuldade em levantar voo .
Faziam um zumbido estranho e eram muito difíceis de apa-
nhar .
Quando tal acontecia, eram guardados numa pequena caixa,
e, mais tarde, devolvidos à liberdade .

Era o que eu sabia, até ontem,

Fiquei a saber que as vacas doidas (também chamadas cabras
doidas), são. nem mais nem menos, os maiores escaravelhos
da Europa, uma espécie em vias de extinção .

Era pois verdadeira a fama dos tesouros, que nós idealizáva-
mos na nossa meninice .

As vacas loiras comem madeira pôdre das árvores de folha ca-
duca, produzindo uma manta morta, berço de várias cadeias
alimentares do nosso sistema ecológico .

A massificação da plantação de eucaliptos, tem vindo a reduzir
drasticamente, a possibilidade de implementação de estratégias
de sobrevivência daquela espécie .

Liberdade para as carochas .
.

Agradecimento .

O Estado Islâmico
vem agradecer reconhecimento 
as centenas ou mesmo os milhares 
de horas de publicidade grátis que 
todos os órgãos de comunicação 
têm vindo a dispensar à causa.

Sem essa preciosa ajuda, não conse-
guiriamos o estrondoso sucesso alcan-
sado em tão pouco tempo, no avanço
das nossas tropas .

Bem hajam.

Assinatura irreconhecível .
.

OS PECADOS CAPITAIS .

O reinado da indiferença .

A massificação do disparate .

A verdade da mentira .

O desprezo pela cultura .

A exaltação da inveja .

A ambição do vazio .

A vitória do nada .

O ódio à educação .

A força da ignorância .

O amor à banalidade .

O elogio da idiotice .

O gosto pela ganância .

O hábito da ofensa .

A violência da verdade . 

O ataque  à liberdade .
.

OS PAPÉIS DO PANAMÁ .

Continuam a ratar no Sócrates,
um osso duro de roer,
fabricando uma peça judiciária de mau gosto,
que traz à ribalta, sempre que querem desviar
as atenções do pagode, para algo mais asser-
tivo e importante .

Há quem consiga fazer ou desfazer casos, conso-
ante interessa ou não a determinados agentes do 
poder .

Embora pareça vir a despropósito, ou talvez não,
e foi o jornal de referência O Expresso que come-
çou a novela, vaticinando notícias bombásticas e 
em completa exclusividade, que aqui há dois ou 
três meses, foi exibindo um romance de cordel 
que abordava os chamados

 PAPÉIS DO PANAMÁ ,

uma obra em fascículos, que iria troar que nem 
uma bomba atómica, reduzindo a cacos, tudo o que
bulisse em Portugal, políticos, empresários, outros
órgãos do poder, e outra gente importante e podero-
sa .

Que nada ...

Afinal, era como na famosa anedota do dinamite,
ou se tratou de um imenso plof, ou alguém mandou
calar o dito pasquim .

Pois, que o respeitinho é uma coisa muito bonita .
.

.

JOGO SUJO .

Quem tramou 
Correia de Campos ?.

Que anti corpos poderia ter um homem que
sempre pautou a sua vida cívica e política,
pela autoridade, competência e bom senso,
para ver o seu nome rejeitado na Assembleia
da República, para o cargo de Presidente do 
Conselho Económico e Social,
uma vez havia sido conseguido o consenso 
entre os partidos políticos com assento parla-
mentar ?.

Para Lamentar ...
.

A BICA DA BRASILEIRA .

Um dos primeiros e mais conhecidos cafés de Lisboa
foi inaugurado em 1905 , 

A BRASILEIRA DO CHIADO

O café era preparado num recipiente e depois filtrado,
para retirar as borras . 
O precioso líquido era deitado numa cafeteira e servido
aos clientes .
Houve um desses clientes habituais que, porque o café
rapidamente  perdia os seus aromas, um dia refilou com
o patrão, e pediu que lhe servissem um café tirado quente
e da bica do saco .

Assim, nasceu a BICA .

As poucas senhoras que frequentavam a Brasileira, acha-
vam o café muito amargo .
Foi então que o dono da Pastelaria introduziu o açúcar, pa-
ra lhes agradar .
E na parede do café, mandou pintar o seguinte dizer :

Beba Isto Com Açúcar,

recriando desse modo e tornando famosa a célebre
palavra .
.

O TÚNEL .

Ando mal, como o País,
sem descobrir uma saída para os problemas que 
temos vindo a enfrentar, sem alternativas à vista,
face às contrariedades que nos têm atormentado .

Quando pensamos que vamos, finalmente, sair de 
um túnel escuro, logo mergulhamos noutro e nou-
tro, sem conseguir levantar a cabeça e alcançar a 
luz .

Será que é desta que isto vai ?.
Duvido ,,,

Ai aguenta, aguenta, 
dizia o outro .

Mas já eu duvido que vamos 
aguentar .
. 

OS RADICALIZADOS À PRESSA .

Acho interessante a expressão .

Sobretudo quando o Continente Europeu tem sido
palco de terríveis guerras e convulsões, pràcticam-
ente durante toda a sua existência .

E guerras sujas, horríveis, algumas que duraram 
mais de um século, sem intervalo e sem mudança 
de campo .

Os generais e estrategas combinavam as guerras e 
usavam a carne para canhão, num espectáculo ver-
dadeiramente obsceno .

Porque se fez a Iª. Guerra Mundial ?.

Porque morreram milhões de pessoas numa terra 
de ninguém, e que ninguém desejou ?.
Guerra que acabou, pela exaustão dos adversários .

E que dizer das chamadas religiosas, 
uma de 7 anos, uma de 30 anos, e outra  100 anos .

Era malta radicalizada à pressa ?.

E que dizer das Cruzadas, guerras ditas para sal
var a Terra Santa e o Santo Sepulcro, mas se tratava 
efectivamente de guerras de corso e rapina, em que pon-
tifificavam aqueles que não conseguiam enriquecer, por
 não serem os filhos primogénito .

E as guerras de conquista dos impérios, 
as guerras coloniais e as guerras das 
independências .

Era malta radicalizada à pressa ?. 

E as guerras entre potências imperiais .

Radicalizados ?.

Seria caso de escândalo e ignorância, se o assunto em
apreço não significasse tamanha tragédia .
.

A CHANTAGEM INSUPORTÁVEL .

Continuam a disparar em todos os azimutes contra
Portugal, os protestantes virginais e venais, tentando
obrigar-nos a cumprir um tratado idiota, que ninguém
cumpre, em todo o espaço da UE .

Teimam em sacrificar mais um pobre cordeiro, como
já fizeram com a Grécia, de uma maneira selvática e
terrorista, para resolver responsabilidades assacadas
em primeira linha, à Europa e seus cães de fila .

"Quem sujou a água ?
  se não foste tu, foi o teu pai..." 

Uma saudação ao senhor Holland, que veio pessoal-
mente e em tempo, solidarizar-se com a posição por-
tuguesa, na véspera da putativa decisção acerca das 
eventuais e despropositadas sanções a Portugal, não 
obstante as dificuldades porque a França passa, tendo 
mesmo adiado as viagens que o Presidente Françês 
iria fazer a 3 países estrangeiros .
.

A MENTIRA DA VERDADE .

"Uma mentira, tantas vezes repetida,
 acaba por transformar-se em verdade ."

"Uma verdade repetida até à exaustão,
   cansa, enjoa, quase que se transforma
   em mentira ."

Informação,
Desinformação,
Contra informação,

armas diferentes,
esgrimidas com o mesmo objectivo :

Estupidificar as pessoas .
.

A PARTILHA .

Para além do ser ou não ser 
das palavras ocas,
o que importa é isto :

Penso nos outros, 
logo existo.

Como eu gostava de ter visto a bola 
de mão dada com alguém .

Assim, fiquei a assistir aos jogos do Campeonato
Europeu, na companhia do Pedro .
A força que eu fiz para lhe oferecer a vitória, que
nos tinha fugido em 2004 .

Muito sofremos e criticámos o Engenheiro,
pela tristeza de futebol que a nossa Selecção nos
oferecia .

Deste modo, fomos encaixando, jogada a jogada, 
partida a partida, penalti a penalti, o nervosismo e a
ansiedade, sempre repetida,
até ao apito final .

Ouvíamos o barulho e as palmas que vinham dos ca-
fés ao nosso lado .

O meu filho refilava com as tácticas e com os joga-
dores que estavam em campo . 

No final de cada jogo íamos ver a festa no Kaffa e nos 
outros cafés, e festejávamos ruidosamente . 

Afinal, a táctica do engenheiro era muito simples :

Grão a grão,
enche a galinha o papo .

E dormimos felizes na noite em que ganhámos aos ,
franceses, nessa desforra anunciada .
.

O VESPEIRO TURCO .

Estranho e perigoso país este .
Não é necessário evocar muito a história, para nos
dar-mos conta da complexidade desta terra enorme,
traço de união entre Continentes, Mares, Raças, Cre-
dos e Costumes .

Talhado com as migalhas do antigo Império Otoma-
no, riscado pelos ingleses, alemães e russos, está à
vista mais um imbróglio , em que, à primeira vista,
não de sabe quem  ganhou e quem perdeu no actual
golpe de estado .

País integrante da NATO ( que NATO ?.), ocupante
de metade de Chipre ( que Chipre ?. ), querendo entrar
para a UE ( que UE ?.), useiro e vezeiro em golpes de
estado e outras golpadas, quem pode levar muito a sé-
rio este país/continente ?.

No entanto uma coisa sabemos, é que a Turquia pos-
sui o exército mais poderoso da Aliança Atlântica, a
seguir ao dos Estados Unidos ..
Além disso, quer retomar a instauração da pena de mor-
te , mesmo à nossa porta ...

Com tantos inimigos à sua volta, foi jogando o xadrez
da paz, acabou por se tornar inimigo de  toda a gente .

Qual a próxima jogada ?.
.

INSTINTOS .

O Instinto Supremo .

Nome de um romance, o último,
do Escritor Ferreira de Castro .

A vida tem coisas importantes e interessantes .

Sofremos uma dramática alteração qualitativa,
quando o nosso instinto de conservação,
prevalece sobre o instinto da propagação da es-
pécie .
E nunca estamos preparados o suficiente, para 
aceitarmos pacificamente tal transformação .

A vida é uma doença sexualmente transmissível,
que abrange a totalidade da população mundial,
e que conduz, inevitàvelmemte, à morte .
.

.

OS PÁSSAROS BRANCOS .

Eu tinha umas asas brancas
Asas que um anjo me deu
Quando estava cansado da terra
Batia-as e voava ao Céu 

O meu filho sempre me falou dos pássaros brancos 
que habitavam as suas longas noites de insónia,
noites de vigília, que tantas vezes partilhámos . 

Por vezes ficávamos à espera de os ouvir, no silên-
cio profundo das noites mal dormidas .
Julgava eu, ao princípio, que era a sua fértil imagi-
nação que punha os pássaros a cantar .
Até que um dia os ouvi e até os vi a esvoaçar por aí .

Não era um canto, era mais um piar de pranto, como
se alguém estivesse a gemer .

E passei a fazer-lhes companhia, muitas vezes até ca-
ir de sono .
Habituei-me a estes anjos da noite que se fazem ouvir
quando o silêncio nos toma de assalto .

Voltei a ouvi-los hoje, e agarrei a Branquinha para 
que ouvisse também .

Continuam a cantar, nas enormes árvores que nos pro-
tegem, em volta da casa onde mora. 

Eles devem descer do Céu, e deambular  por aí, para
nos ajudar a adormecer, quais cantigas de embalar .
.  

PEREGRINAÇÃO - 10 - O KAFFA .

As Docas  Secas .

Quando viemos viver para Telheiras, 
não havia cafés no nosso Bairro .
Havia algumas tascas por aí, nos arrabaldes, e uma 
delas era muito perigosa, pois para ir às compras era
preciso atravessar a via rápida, à saída de Lisboa .

Á medida que Telheiras ia aumentando, os cafés iam-
se multiplicando pela cidade .

O Mário Pedro era utilizador frequente dos lugares de
entretenimento da zona de Alcântra .

Mais tarde, já em plena doença, começou a poisar mais
mos cafés de Telheiras, onde passava o tempo a ler, a 
escrever e a estudar .

O KAFFA era o seu predilecto, tinha boa comida, boa
música e boas companhias .

Fez desse café o seu estado maior .

Os amigos vinham ter com ele, com grandes discussões
filosóficas, políticas e futebolísticas .
O pequeno Clã era fundamentalmente Socialista, mas em
questões de bola, era furiosamente disputado pelos 2 clu-
bes da 2ª. Circular .

Foi o Mário Pedro que crismou a zona dos cafés, 

de DOCAS SECAS, 

e foi aí o epicentro da sua vida, até quase ao fim .


.

PEREGRINAÇÃO - 9 .

A Pastelaria Guanabara  .

Trata-se de uma Pastelaria já de 2.ª geração .
Muito perto da Faculdade de Ciências,
do Serviço Cartográfico do Exército, e onde
mais tarde viemos morar, na rua São Francis-
co de Sales .
Era um dos sítios onde estudava a minha mu-
lher e os amigos  .

Eu estava na tropa em Mafra e depois em Lis-
boa . Já não estudava, mas fazia companhia, so-
bretudo nos fins de semana .

Estudava-se duro, acompanhados pelo Joaquim
Almeida, Manuel Cavaco, Maria Julieta e José 
de Matos . Era um grupo pequeno, mas com li-
gações fortes .

De quando em vez, fazíamos uma sortidas ao ci-
nema, Cinema Jardim, se a memória não me fal-
ha, onde passavam 2 filmes, todos os dias, com
uma particularidade engraçada, o primeiro era o
filme de tese, que a maralha pateava e assobiava, 
só depois do intervalo, vinha o filme a sério, uma
fita de porrada, até dizer basta .

Um outro personagem importante era o papagaio,
que só aparecia depois da meia noite, era para ma
iores de 18 anos, porque o dono, um velhote simpá-
tico tinha ensinado o bicho a exibir os maiores pa-
lavrões, o que fazia as delícias dos parcos fregueses 
que por ali paravam .
.

A GAMÂNCIA .

O incrível Barroso não tem um pingo de vergonha
na cara .
Um homúnculo, saído das hordas do MRPP - os cha-
mados camaradas social fascistas, que germinaram a
pintar tabuletas e paredes, e que acreditavam que o 
Oriente era vermelho e que lutavam contra  tigres 
de papel,
um ranhoso exemplar de raça barrosã,
que viria a dar um dos piores presidentes da UE,

afirmou-se como criminoso de guerra, ao votar a inva-
são do Iraque, juntamente com outros criminosos,
Bush Filho, Asnar e Blair .

Ascendeu agora agora a Presidente não executivo, 
de uma associação de malfeitores, uma das grandes 
responsáveis pela crise financeira de 2007/08, a Gol-
den Sachs.

Até aqui, não houve escândalo .
Estas coisas são assim mesmo, e devem ser encaradas 
com toda  a naturalidade ( como diria o Paulo Bento).

O que não estava à espera é que o Presidente da Repúbli-
ca viesse tecer os maiores elogios a tal personagem .
Bem sei que nem sempre se pode agradar à esquerda, 
mas acho que Marcelo andou muito mal .
É talvez o seu primeiro erro grosseiro, que não custava 
nada a ser evitado .

Digo eu ...
.

RECORDAR É VIVER .

O presente é apenas a fronteira 
entre o passado e o futuro .

Pode-se viver o momento presente, degustando a 
vida, deixando fluir as emoções e os sentimentos,
e pronto . É então que o tempo pára, ou passa ma-
is devagar . 
sobretudo quando se está em boas mãos .

Mas pode também viver-se dentro do passado, sa-
boreando os bons momentos partilhados, aguçando 
a memória das coisas belas e sentidas, as imagens 
que permanecem no coração e a saudade daquilo 
que nos fez estremecer de felicidade .

Ou, ainda, há que tentar regressar ao futuro, e pro-
curar tecer a vida, com os fios da esperança e da fan-
tasia . 
Isso foge do nosso controlo, mas podemos dar uma
ajuda .
Evitar ou minorar os pesadelos e encarar as coisas
com um pouco de optimismo .
Vou tentar experimentar .
Porque não ...
.

O SABOR DA DERROTA .

Tanta batalha perdida .
Tanta derrota sofrida . 
Acabei perdendo a guerra .

Sou agora apenas um náufrago, um destroço,
ao sabor do vento e das marés .

O que me custa mais é que fui eu quem iniciou 
as hostilidades, pensando sair facilmente  vence-
dor .
Mas não .

Tanto batalhei, tanto lutei, que acabei exaurido, 
com grandes feridas físicas e psicológicas, 
até que abandonei a refrega .

Fiquei prisioneiro dos meus fantasmas .

E agora, vagueio por aí, como uma folha seca .
.

O CACHECOL .

Mário Centeno levou o cachecol de Portugal
para a reunião do ECOFIN .

Talvez que os Comissários (à excepção do fran-
cês), tenham sido tocados por este gesto, e com 
ele consigam que as sanções a Portugal sejam 
perdoadas ou minimizadas por esta atitude qui-
xotesca, 
mas pode acontecer também que venha a exci-
tar aqueles burocratas, e levá-los a agir por
vingança, com uma bofetada com luva branca .

É que esta tropa e muito sensível .
.

A FANTASIA DO EÇA .

 Sob o manto diáfano da fantasia,

a rude crueza da realidade .
.

Já não há fogos ?.

Já não há fogos neste país ?.

Agora que acabou a bola, como vamos aguentar
um Verão inteiro sem assistir ao espectáculo de 
ver Portugal a arder ?.
Bem sei que as mega festas estão já aí,
e a chantagem das sanções já não assusta a malta,
então agora que ganhámos o Euro ...

E as noites de telejornais em chamas ?.
Já não temos bombeiros, que diabo .
Não me venham dizer que o São Pedro sabe mexer
na geringonça ?...

Com o matagal que por aí vai, com a temperatura
a subir cada vez mais, 
mais aquele vento maluco a assobiar,
e a coisa não arde ...

Aqui anda coisa ...
.

DAVID E GOLIAS .

Foi bonita a festa, pá ...

Afinal, as grandes potências do futebol foram
despachadas em grande, velocidade para o olho
da rua .

Foi o pequeno David Portugal que ganhou o Cam-
peonato e trouxe o caneco para casa, contra tudo
e contra todos, dentro e fora do nosso País .

E que dizer da França de Platini e de outros malan-
dros...
Será que a pantufada no joelho do Ronaldo, mesmo
no sítio em que já estava lesionado, foi mero acaso ...

E onde andou o FairPlay dos franceses e de muitos ou-
tros, que passaram o torneio a enxovalhar Portugal e
os nossos atletas, de um modo repelente ...

Alguns que agora chupam no dedo, com inveja, não
conseguem compreender como um pequeno País,
põe esta canalha em sentido .
. 

LES COCHONS DE LA PATRIE .

Les burgeois 
sont comme les cochons .
Chacques Brell .

Estava tudo à maneira para os gajos ganharem,
mas enganaram-se .
Pulhas . Porcos . Cochons .
Anti desportistas .
Chauvinistas .

Porque razão estes rafados, que até falam francês
e tocam piano, 
não puseram as cores de Portugal acesas na 
Torre Eiffel .

Putain .

O SONHO :

      PORTUGAL

CAMPEÃO EUROPEU

              2016  

O Engenheiro sonhou
Os jogadores quiseram

A TAÇA É NOSSA

.

MY FRIEND BLAIR .

Era de esperar que acontecesse, como no caso
dos milagres de Fátima .
Demorou, mas acabou por vir a saber-se :

A guerra do Iraque e mais as armas de destruição
em massa, segredo mantido durante 13 longos anos,
acabou por ser desvendado, com a publicação de mi-
nucioso relatório, agora divulgado e publicado em
Londres .

Afinal foi tudo uma aldrabice do Bush filho .
Os outros manganões foram aldrabados pela inteli-
gência americana .

Pobres coitados .
Pobres idiotas.
Pobres criminosos .

Estes ingleses são mesmo burros.

Pois, se até as criancinhas do Ciclo, já estavam a par
deste filme de coboys .

A MÁQUINA DA VERDADE .

E à pergunta,

" Passos Coelho é antipatriótico e 
   traidor à Pátria ?,"

a máquina respondeu :

SIM

A resposta está certa .


E à pergunta,

" Maria Albuquerque pôs os 
   palitos a Portugal ?."
   
A  máquina respondeu :

SIM

A resposta está certa .
.


  

BROXIT 3 .

Confesso me é difícil entender este negócio da
entrada ou saída do Reino Unido, na União Eu-
ropeia ,

1 -Não pertencem ao Euro, portanto podem fazer
    oscilar o valor da libra, a seu belo prazer .

2 - Não pertencem ao Espaço Schengen, portanto
     podem ter uma política de movimentação de
     pessoas, dentro das normas gerais .

3 - Londres é a 2ª maior praça financeira do mun-
     do mundo, podendo pois ter uma enorme influ-
     ência  no mercado mundial de capitais .

4 - Devido ás características especiais relativas a
     especificações de normas e regulamentações,
     o Reino Unido tem mais vantagens nas expor-
     tações, do que nas importações de, e para a UE .

5 - Tem que pagar os custos inerentes à sua partici-
      pação na UE, mas continua a receber uma pipa
     de massa, proveniente da política agrícola comum .

6 - Desconhecem-se as promessas feitas pelo Di-
     rectório Europeu, se o Reino Unido continuasse
     ligado à UE, mas deveria ser uma maquia cho-
     ruda .

Que mais queriam estes f.d.p. ?.
.

JOGO SUJO .

Continua a paródia das sanções,
uma telenovela de muito mau gosto,
que vem emporcalhando a União Europeia,
o Conselho Europeu,o Ecofin, as corujas do Partido
Popular Europeu, os direitinhas de serviço, e muitas
outras ratazanas do esgoto da política .

Tem andado bem o Primeiro Ministro de Portugal, ao
esvaziar os balões de S.João, provenientes das centrais
da contra informação do costume .
.

PARIS JÁ ESTÁ A ARDER ?.

Será que à quarta vez é de vez?
Esperemos que sim .
Conseguimos chegar à final do Euro 2016,
e queremos ganhar .

Não vai ser fácil,
mas iremos dar tudo por tudo .

Ou vai ou racha .

Como diria um antigo seleccionador nacional,
vai ser o jogo do mata mata .

FORÇA PORTUGAL .
.

O RIGOR ALEMÃO .

Quando fui para a tropa, em Janeiro de 1968,
levei para Mafra um livro de grande folgo, para
ler nos intervalos dos exercícios militares e nos
tempos de ócio .

Conhecia bastante bem as incidências da IIª
Guerra Mundial, mas chamou -me a atenção a
parte que abordava os crimes nazis .

Tinha comprado um calhamaço sobre A Histó-
ria do IIIº Reich, em francês, e julguei que isso
me iria ajudar a passar aquele estúpido tempo
que podia ter sido usado em coisas mais úteis,
como por exemplo, ajudar a desenvolver o meu
País, lutando contra o atraso físico, psíquico e
material da nossa atrasada sociedade .

À medida que ia lendo aquelas coisas horríveis,
muitas das quais eu nem sequer ouvira falar, fui
começando a ter pesadelos e insónias, de tal modo,
que acabei por levar o livro para casa e escondê-lo
bem longe das minhas preocupações .

Algumas coisas que então li e, muitas outras de
mais tarde tive conhecimento, deixaram-me uma
certeza :
Nunca mais poderia tratar, falar, ouvir, com aquela
gente horrenda, capaz de levar a cabo tão medeo-
nhos crimes .

Como foi possível conceber um projecto de uma fá-
brica em que a matéria prima eram seres humanos e
os produtos finais, cabelo, dentes, jóias, metais, pre-
ciosos, pele humana, sebo e os despojos eram incin-
erados e usados para a construção de estradas .
.

PEREGRINAÇÃO - 8 .

A PASTELARIA MADRID .

Vivi bastantes anos na zona do Areeiro, da Praça de 
Londres e da Alameda Afonso Henriques, tudo na
zona do Instituto Superior Técnico .
Era a parte nova da Cidade, que calcorreávamos aos
fins de semana . Parco divertimento para quem vive 
exilado na Capital e as posses são reduzidas .

Existem na área, vários jardins,
e foi junto a um deles, que dei por mais uma pastelaria,
sossegada, com pouco movimento e que tinha espla-
nada .

Um a um, lentamente, a tribo foi-se transferindo para
a Madrid . Não éramos muitos, mas era bom estudar 
em grupo, perto de casa e sem grande barulho .

O difícil foi recrutar o grande amigo, companheiro do 
Lar (e que mais tarde viria a ser meu compadre) 
o aluno mais inteligente e bondoso que encontrei na vi-
da, a acompanhar-nos nessa sala de estudo tão peculiar .

O meu compadre, o Lopes Matias, não perdia tempo a 
estudar, mas tinha todo o tempo do mundo para ir expli-
cando aos membros do clã, os cálculos complicados 
que era preciso fazer para dar conta dos problemas que
iam surgindo do decurso daquelas cadeiras chatas que
era preciso emborcar para tirar o curso .

Em nome de todos os que passaram pela Pastelaria Ma-
drid, e que ali marraram tantas tardes, aqui fica um gran-
de abraço, e o meu (nosso) obrigado .
.

NA ESTAÇÃO ERRADA .

Entro na minha fortaleza
tranco a porta com ligeireza
defendo-me com destreza
do mundo

que não entendo

da gente
que não compreendo

Aí no meu castelo
castelo de cristal
sem grades
nem seguranças de metal
eu me fecho no meu nicho
desligo ligeiro
do mundo inteiro

No meu castelo 
castelo de cristal
sem grades
nem seguranças de metal
eu vivo só
eu vivo sozinha
o meu sonho de exílio
o meu sonho de rainha 

Maria Teresa Ramos
No Expresso 
.

OS MASTINS .

Quem não quer ser lobo,
não lhe deve vestir a pele .

Grande Alemanha .

Forte com os mais fracos,
fraca com os mais fortes .

Foram os ingleses que os travaram.
Foram os russos e os americanos que lhes quebraram
os dentes .

Mas com os judeus, ciganos, maricas e outros, são mui-
to bravos e valentes .
Dominam tudo e todos .

Já deixaram crescer os caninos .

São pastores alemães .
São lobos da Alsácia .
Cães raivosos, cães de caça, cães de luta,
bons a ferrar as presas alheias .

Os outros cães deixam-se dominar e lambem as botas aos
canídeos além Reno .
.

Provérbio .

Quando se fecha uma porta,
abre-se sempre uma janela .
.

PEREGRINAÇÃO - 7 .

A Pastelaria S. João .

Era mesmo ali, ao virar da esquina .
Confesso que o primeiro impulso que nos moveu, foram
os bolos do pequeno almoço .
Depois fomos ficando por ali, a vontade de estudar não era 
muita . Ficávamos tagarelando por tudo e por nada, mas-
tigando o tempo devagar, até que o almoço nos chamasse .

E havia a Esplanada .

E havia o salão de festas .

Quando os exames apertavam, então sim, trazíamos a pape-
lada, folhas e apontamentos, e mal tínhamos tempo de levan-
tar a cabeça .

Aos Sábados, Domingos e feriados, tínhamos que zarpar para
outras paragens, mas era bonito ver as noivas nervosas e as ma-
dames exibindo as fatiotas novas e os chapéus espampanantes .

E que dizer da bola, no salão de festas ...

Que saudades do Campeonato 
Mundial de 66 ...

O dos Magriços .

Portugal ficou fiem 3º lugar, 

mas só a batota (são os mesmos ingleses de 
hoje, que nos lixaramem toda a linha ) nos 
impediu de sermos Campeões do Mundo .

Eusébio, Coluna, José Augusto, Simões e
tantos outros .

O EURO 2016 .

Zèquita

Estamos na Final do Euro 2016 .

Despachámos

A Islândia

A Hungria

A Áustria

A Croácia

A Polónia

e o País de Gales .

Vamos jogar a final com o vencedor do jogo

entre a França e a Alemanha .

Um beijinho dos Pais .
.

O MEU RELÓGIO .

Teria eu, os meus 16 anos .

Estudava de dia e de noite, e nos parcos intervalos, fazia
um estágio profissional numa fábrica de lanifícios .

O tempo de trabalho era determinado pelas sirénes de de-
zenas de empresas, antes da faina começar, e no fim da 
mesma .

Para chamar os trabalhadores às suas obrigações, todas 
apitavam 3 ou 4 vezes, numa chinfrineira medonha, não 
fosse o trabalho azedar .
A revolução industrial tinha começado em Portugal 

Como não tinha relógio, era o barulho ensurdecedor dos
teares que regulava o meu horário de trabalho .

Um dia, deixei de escutar o matraquear das maquinas, 
fui-me embora, em busca do almoço .

O meu pai cruzou-se comigo no caminho e deu-me uma
grandes descompustura e um par de tabefes, julgando que
eu me estava a baldar às minhas obrigações .

Reagi com grandes protestos, e tentei explicar o acontecido .

Afinal, tinha faltado a electricidade .

O meu pai desculpou-se, mas eu é que fiquei com as lam-
badas na tromba .

Foi assim que, no Natal seguinte, ganhei o meu primeiro
relógio .
.

E OS REFUGIADOS ?.

Não vemos, não ouvimos, não lemos,
Podemos ignorar .
Não vemos, não ouvimos, não lemos,
Podemos ignorar .


Não mais ouvimos falar dos milhares dos desgraçados refugiados
que atravessavam terras e mares, fugindo à morte, à guerra, á fo-
me, à desgraça, a caminho do Eldorado alemão e nórdico, em bus-
ca dos restos dos anafados países ricos no Norte da Europa . 

Onde param ?

Onde estão?

Acabaram com eles de vez ?

Andam a fazer inter rail  no Mar Egeu, ou nas praias da Turquia ?

Continuam cercados pelo arame farpado nos países Balcânicos ?

Ou já estão devidamente enquadrados em campos de detenção, por
essa Alemanha dentro ?

O que eu chorei com a foto daquela criança que deu à costa numa
praia turca, e que surgiu em todos os jornais do mundo, dias e dias
a fio . Nem dormi nessa noite . Nem eu, nem todas as cabeças bem 
pensantes, capazes de fazer o bem, sem olhar a quem .

Como é boa a caridadezinha hipócrita ...

Onde está toda essa desgraça, desencadeada não se sabe como, nem
porquê ?

Tinha-me esquecido do BREXIT, 
pois claro ...

E da ultrapassagem dos défices .

E das sanções .

E da chantagem nazi .

Um beef vale bem uma centena de criancinhas .
Desde que não sejam loirinhas e de olhitos azuis .

É a vida .
.

A QUADRILHA DE ALI BABÁ .

Nunca fui tão longe na minha apreciação 
sobre a UE .

Nunca considerei que fosse um associação de benefi-
cência, tipo sopa dos pobres, ou a Santa Casa da Mi-
sericórdia,
mas também nunca me passou pela cabeça ( sei lá eu)
que se tratasse de uma quadrilha de malfeitores, tipo 
caverna de Ali Babá e os quarenta ladrões.

Mas, afinal, dado ao que tenho vindo a assistir nos úl-
timos anos, estava redondamente enganado .


A UE comporta-se como um organização 
criminosa,que rouba os pobres, para en-
cher os cofres dos ricos .

Trata-se de um grupo de hipócritas, gatunos e malfei-
tores .
Bem fizeram os britânicos que, diga-se de passagem, 
encheram a mula, enquanto lhes conveio e, agora  pi-
ram-se com os cofres cheios .

Muitas cambalhotas e pesadelos
deve ter agora Mário Soares , e os 
seus amigos, 
virem a descobrir como foram
ludibriados pelos povos europeus .
.

OS FOGUETES .

Deitar os foguetes
e ir a correr a apanhar as canas .

Já não corro atrás de nada , e muito menos atrás das canas .
Quando éramos putos, esfolavamo-nos todos para ver quem
chegava primeiro para apanhar as melhores canas .

Era o tempo das aventuras singelas, mas às vezes o perigo 
estava à espera . Por vezes as bombas dos foguetes não reben-
tavam, e ao pegar nelas podíamos ficar sem um dedo, ou mes-
mo sem uma mão .

Isto era mais vulgar nas terras de província, com festas qua-
se diárias para satisfazer todas as localidades e todos os san-
tos .

É apenas uma metáfora,
que se aplica aqueles que querem cavalgar em toda a sela,
serem os senhores inteligentes, que tudo sabem e tudo querem
dirigir .

Mas em muitos aspectos, gostava de ir a todas .
Depois encalhava aqui e ali .
E muitas vezes provocavam-me, só para me ouvir, e eu caía 
que nem um patinho .
Estava sempre disponível, pronto para o que desse e viesse .


Até que começaram a estalar as coisas 
nas mãos .

Por princípio bem formado, e participativo, fui vendo que o Mun-
do é, por vezes, mauzinho e vingativo, e com muita inveja à mistu-
ra .

Fui-me retraindo, como o caracol, e como o ouriço cacheiro, já não
ponho os corninhos ao sol, e sei guardar as devidas distância, para
ão me picar .

Espero que saibam ver as diferenças,
e que me respeitem,um bocadinho que seja .
.

PEREGRINAÇÃO - 6 .

Há muitos cafés de Lisboa que merecem uma referência 
ainda que muito breve, dada a sua importância na vida da
cidade :
A Brasileira do Chiado, a Nacional, a Mexicana, a Versail-
les, o Vavá, a Suprema , o Nicola, o Ritz, a Copacabana,
entre tantos outros .

Mas a Catedral os cafés 
era o Café IMPÉRIO .

Era um complexo de Cinemas, Restaurantes, Bilhares,
que também tinha Café, 
Para a época, era um lugar de luxo e majestade .

Havia uma parte do espaço,  e umas certas horas, que o café 
estava destinado aos estudantes, sobretudo a malta do IST .

O Cinema morreu de morte súbita,
deu lugar a uma Igreja, há  várias décadas, e está de boa saúde .
Recomenda-se .

Foi durante muitos anos utilizado pelo Cine Clube de Lisboa,
Integrou um cinema de filmes de qualidade e foi sede do Teatro
Estúdio de Lisboa, onde pontificaram artistas como Rogério Paulo, -
Fernando Gusmão e Carmen Dolores .

O Café foi-se degradando e chegou a estar fechado ou usado par-
cialmente .

Devo dizer que pouco estudava no Império, porque ou éramos
implacavelmente expulsos, ou então porque aproveitávamos para 
ver jogar bom bilhar .

Hoje em dia, foi restaurado,
e funciona em dois planos, uma parte continua como Restaurante
fino, e outra parte como restaurante popular .

Foi bom o meu regresso a uma das salas que mais me marcaram
durante a minha vida .
.
.

OS TRAIDORES .

Traidores, pulhas ou idiotas .

Não, não estou a referir-me a essa gentalha do norte
da Europa, os descendentes dos Hunos, dos Teutóni-
cos, dos Boches e dos Nazis .

Não, não é desses que falo.

Isso é gente conhecida pela sua pulhice ancestral .

Estou a referir-me aos traidorzitos locais, canalha a 
soldo, que se vende por um prato de lentilhas-
O Coelho e a Maria Luís, pequenos vermes que se
movem em águas putrefactas .

Um nojo .
Quem tem ainda coragem de
 votar nestes piolhos ...
.

Non, je ne regrette rien .

Águas passadas não movem 
moinhos .

Não mais deitar água em cima do fogo .

Não mais arrombar a gruta das mil e uma 
noites .

Não mais estacar o sangue com sal da cozinha .

Não mais sorrisos que escondam a dor e a an-
gústia .

Não mais retratos que distorçam a realidade .

Não mais deixar correr o tempo, à espera do 
brinde sonhado .

Não mais risos e gargalhadas contagiantes .

Não mais engendrar planos de impossível consu-
mação .

Não mais preconceitos e embustes disfarçados .

Não mais cortinas de escuridão, tapando a luz da 
vida .

Não mais mendigar as migalhas de um afecto 
antigo .
.

OS PALHAÇOS .

Não é palhaço quem quer,
Só é palhaço quem sabe .

Os palhaços são como as melancias
verdes por fora, vermelhas por dentro .

Quanta dor, quanto sofrimento de escondem, por detrás
daquela carantonha, de olhos muito grandes, nariz em 
forma de bola de pingue pongue, fato exageradamente 
trapalhão, rindo quantas vezes, de forma tonitroante .

O que iá na cabeça dos palhaços, palhaço rico, palhaço 
pobre, com aquelas piruetas desengonçadas, aquela con-
versa desajeitada e até com uma certa brejeirice à mistura .

Fazem-nos rir às gargalhadas, 
mas se observarmos mais de perto e com mais atenção,
descobriremos a tristeza e o drama espelhados no seu rosto .

Conheço, por experiência própria tal estado de espírito, e de-
cidi que não quero mais vestir a pele de palhaço, a que me fui
habituando .

Talvez que um dia, se tiver engenho e arte para tal,
possa fazer o papel de Doutores Palhaço, e ajudar a fazer 
sorrir, com amor e carinho, as crianças com graves problemas 
de saúde .

 Porque não ...
. 

LIÇÃO DE ARITMÉTICA .

Um par ímpar

Número quebrado

Triâgulo amoroso

Um quarto para as duas

Números primos

Conta dobrada

Raiz quadrada

Recta infinita

Quarto duplo para três

Capa um, capa dois

Pi Pi

Gama um, gama mil

Um a um e vão dois

Três menos um quarto 

Números na ponta da língua

O ponto e o traço

Dois vezes quatro, e vai nada 

O ponteiro entre as duas

Apontamento

É feio apontar

Três em ponta

O ponto e a ponta

Ponto por ponto

Um mais uma, e nada
.

THE CIVIL SERVANT .

Talvez nunca tenha escrito nada sobre o meu emprego 
de quase sempre - A Direcção Geral de Energia, ex. DG
dos Combustíveis .
Devo dizer que tal actividade se estendeu por mais de 30
anos, e não me deixa grandes saudades .

Ser funcionário público, naquela época, era ainda uma 
profissão com alguns aliciantes, desde logo o respeito 
e a responsabilidade de estar ao serviço do País .

Depois, havia a competência adquirida e exercida, desi-
gnadamen-te no que se aplicava aos técnicos superiores
do Estado  .

Um engenheiro 
era um Engenheiro .

Havia um certo brio no trabalho que fazíamos, a exemplo
do que acontecia em França ou em Inglaterra .

À medida que a Revolução se desenrolava,
e se sucediam governos atrás de governos, cuja cor polí-
tica mudava constantemente, com saneamentos à esquerda
e à direita, foi -se eclipsando o poder de Estado .

A época mais cinzenta foi ocorrendo no tempo malfadado  
de Cavaco Silva .
Tinha-se arrombado o cofre do erário público, e o dinheiro
escorria a rodos, pelas mãos da camarilha social democrata .

 The job for the boys socialista,
foi uma brincadeira de crianças, face ao pântano cava-
quista, de que falou António Guterres, quando bateu com
a porta . 

 Com a fartura, teve então lugar
o início da decadência de um País,
que tinha começado a reerguer-se .
.

NASCEU UMA ESTRELA .

Para o Mário Pedro .

Mas que pequeno País é este,
que se intromete entre as grandes potências do
futebol europeu, e é presença habitual nas meias
finais do Campeonato da Europa ...

Que miúdo é este,
nado e criado na Musgueira, que consegue trocar
os pés e as voltas, às grandes estrelas dos areópagos
internacionais do futebol ...

De seu nome Renato Sanches, com apenas 18 anos
de idade, Campeão pelo Benfica, Internacional por 9
vezes,pela Selecção A, e considerado o melhor joga-
dor pela UEFA, nos dois jogos em que participou .
.