segunda-feira, 4 de julho de 2016

Non, je ne regrette rien .

Águas passadas não movem 
moinhos .

Não mais deitar água em cima do fogo .

Não mais arrombar a gruta das mil e uma 
noites .

Não mais estacar o sangue com sal da cozinha .

Não mais sorrisos que escondam a dor e a an-
gústia .

Não mais retratos que distorçam a realidade .

Não mais deixar correr o tempo, à espera do 
brinde sonhado .

Não mais risos e gargalhadas contagiantes .

Não mais engendrar planos de impossível consu-
mação .

Não mais preconceitos e embustes disfarçados .

Não mais cortinas de escuridão, tapando a luz da 
vida .

Não mais mendigar as migalhas de um afecto 
antigo .
.