segunda-feira, 9 de março de 2009

Um Cometa Chamado Roseta

O cometa iniciou a sua tragectória astral no seio do movimento progressista católico.
Quando se deu o terramoto do 25 de Abril, aproximou-se rapidamente da social-democracia de Sá Carneiro, ao tempo com um certo carácter reformista, de pendor revolucionário, a caminho do socialismo.
O meteoro do Porto despenhou-se, tragicamente, em Camarate.
Envolveu-se então na nebulosa do poder, alimentando a chama da AD.
Foi uma temporada boa para a nossa diligente arquitecta. Compartilhou, durante bastantes anos, o odor do poder, com satélites vários e outros corpos celestiais.
Com a AD caída em desgraça, Roseta rumou noutra direcção, mudando de tragectória, para o socialismo democrático, de que foi compagnon de route, com renovado fervor.
Mas, com um ego do tamanho do mundo, não se contenta com papéis secundários.
Ela tem sempre que assumir o papel principal.
Pediu apoio a outra estrela de grandeza superior, de seu nome Alegre, e, de braço dado, rumaram mais à esquerda, nas proximidades de uma espécie de buraco negro, o bloco, um corpo astral com imensas ambiguidades.
E aí parece, finalmente, feliz.
Mas o brilho do cometa foi-se esbatendo, já quase não irradia calor.
Vai mergulhando na escuridão do espaço infinito.
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