sexta-feira, 17 de julho de 2009

A refinaria de Cabo Ruivo.

Comecei a trabalhar em questões ambientais, no início da década de 70,
na Direcção Geral dos Combustíveis. Ocupava-me dos problemas de
poluição das refinarias de petróleo bruto.
Havia problemas sérios na fábrica refinadora de Cabo Ruivo, instalação
muito velha e completamente obsoleta. Tinha entrado em laboração, a
seguir à II Guerra Mundial. Provocava grandes queixas, devido a enor-
mes anomalidades e mau funcionamento de algumas das unidades que
aí funcionavam.
A concepção de uma refinaria desta natureza, no interior de uma grande
cidade estava perfeitamente desajustada, pois até então, o principal
objectivo de um tal projecto, advinha de critérios que contemplavam a
a Defesa Militar e a Segurança do Abastecimento de carburantes.
Refira-se que até ao 25 de Abril, era a Legião Portuguesa, um dos braços
armados do Fascimo, que fazia o patrulhamento de Cabo Ruivo.
Curiosamente, foi uma das unidades fabris mais antigas e mais poluidoras,
que viria a transformar-se, muitos anos mais tarde, o " Cracking Catalítico
Termophor "da então Sacor, num dos principais "Ex- Libris" da Expo 98.
As voltas que o mundo dá...

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