A Mãe foi sempre o centro de gravidade do meu
sistema solar .
Tal equilíbrio só foi um pouco alterado, quando fui
tirar o curso para Lisboa .
Era o meu Sol, girava em torno dela, numa trajectó-
ria pontuada pelo meu regresso à Terra, nas férias
no Natal, da Páscoa, e nas férias grandes .
Como o Sol e a Lua, nem sempre estava a pensar
Nela, mas tinha a certeza absoluta que Ela estava
sempre à minha espera, a tomar conta de mim .
Quando partiu, senti o astro tremer, como no mila-
gre de Fátima .
Sofri bastante quando Ela se deslocou para o infini-
to .
De quando em quando,
aparece-me por momentos, sorrindo-me com bonda-
de e resignação .
Obrigado Mãe Querida,
por tudo o que me legaste .
.