Na altura em que vos escrevo,
talvez que o País já tenha ardido mesmo de vez .
Nada me garante que tal tenha acontecido .
Perdi o contacto com o mundo real , tal como vem
acontecido nos últimos nos últimos tempos, com
a maioria dos portugueses .
Agora só a ficção e a fantasia me norteiam .
Como entender o sofrimento e a angústia dos
homens e mulheres, que vêem o mundo a fugir-lhe
entre os dedos, e as suas esperanças serem destruí-
das pela negligência, o descuido, senão mesmo pela
acção criminosa, dos que tinham obrigação de zelar
pelos bens e tranquilidades dos mais desprotegidos .
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