Como tinha previsto no princípio do mês de Agosto,
a guerra do fogo espalhou-se por todo o norte de Por-
tugal .
Toda a gente e ninguém, dá palpites sobre as causas e
as consequências dos incêndios florestais .
É habitual, mas os recados e propostas ficam quase
sempre sem qualquer resposta .
Em Setembro volta tudo ao normal .
O fogo arde, e a caravana passa .
Todos assobiam para o lado .
Paleio e mais paleio, retórica e mais retórica .Promes-
sas e mais promessas, mas depois tudo é esquecido .
Como dizia Lampedusa,
" É preciso que alguma coisa
mude, para ficar tudo na mes-
ma ."
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