Trata-se de uma nova prospectiva relativamente
ao Museu do Nada .
Estava a almoçar no restaurante, cheio de pessoas,
na esplanada de um restaurante .
As pessoas entravam e saíam, sentavam-se e partiam,
Olhavam não sei para onde, nem para quê .
Passam os carros, cruzam-se à minha frente, mas eu
não vejo nada, não sinto nada .
Tudo se passa como se olhasse para uma janela emba-
ciada,
Os sons e os ruídos também só os consigo ouvir muito
ao longe, com uma sonoridade arrastada, indecifrável,
custa-me muito captar o real .
Comer, isso sim,
comi que nem um abade, com tudo a que tinha direito .
Uma pequena compensação do nada .
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