sábado, 27 de agosto de 2016

UM OUTRO CONCEITO .

Trata-se de uma nova prospectiva relativamente 
ao Museu do Nada .

Estava a almoçar no restaurante, cheio de pessoas,
na esplanada de um restaurante .

As pessoas entravam e saíam, sentavam-se e partiam,
Olhavam não sei para onde, nem para quê .

Passam os carros, cruzam-se à minha frente, mas eu 
não vejo nada, não sinto nada .

Tudo se passa como se olhasse para uma janela emba-
ciada, 

Os sons e os ruídos também só os consigo ouvir muito
ao longe, com uma sonoridade arrastada, indecifrável,
custa-me muito captar o real .

Comer, isso sim,
comi que nem um abade, com tudo a que tinha direito .

Uma pequena compensação do nada .
.