quinta-feira, 30 de abril de 2009
Afinal havia outra... razão
Entre Janeiro e Julho de 2007, Charles Smith foi interrogado quatro vezes por investigadores ingleses sobre o conteúdo do DVD gravado em Março de 2006 em que surge numa conversa a admitir que subornou José Sócrates. E das quatro vezes, segundo apurou o Expresso, o sócio da Smith&Pedro declarou que mentiu sobre o assunto, explicando os contornos que o levaram a inventar um enredo de corrupção envolvendo o então ministro do Ambiente e actual primeiro-ministro português. O escocês queria que o Freeport pagasse o que lhe devia.
(...)
O escocês afirmou estar preocupado com a contabilidade, porque o IVA dos contratos entre as duas empresas não tinha sido pago. Smith queria acertar a facturação e obter os valores do IVA, exigindo o pagamento de centenas de milhares de euros, ao mesmo tempo que reclamava uma série de pagamentos em atraso relativos a prémios de execução (success fees) pelo cumprimento de várias fases de desenvolvimento do outlet de Alcochete. Collidge considerou que esses pagamentos não faziam qualquer sentido, uma vez que os prazos assentes nos contratos não foram respeitados.
P.S. - Publicado também no Loja de Ideias e no Eleições 2009, do Público
quarta-feira, 29 de abril de 2009
O bloco descentral
Desde o lançamento da página web com atraso de 1 dia, ao lançamento real do call center com atraso de uns tempos, tendo sido desdito o dito do cartaz "Não desista somos todos precisos" ou talvez a pensar em quem costuma ligar para a assitência a clientes da Zon, pois não seria a avalanche de socialistas a responder ao apelo que entupiu a linha.
O cartaz do call center vem tentar desfazer a imagem cinzentona com que ficou no primeiro, e talvez aliviada por já ter companhia para as eleições europeias resolveu vestir de branco. Talvez fosse por ter feito o papel de anjo na votação da lista de Rangel, ao que consta, por braço no ar, bem à moda do que criticavam ao PCP.
Mas a semana começou com o não entenderam o que eu disse agora que já ouvem o que eu digo de Manuela Ferreira Leite ainda antes da entrevista que deu a Mário Crespo ter ido para o ar.
A pergunta era clara, a resposta ... fugiu-lhe para a verdade. Sentir-se-ia à vontade com um bloco central desde que...
Caiu o Carmo e a Trindade, para os lados do PSD.
Vasco Campilho até admite o PSD num bloco central, mas o putativo candidato a Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho veio logo demarcar-se de MFL, destoando do registo da semana anterior em que quis encostar Rui Rio às cordas.
Vai Passos Coelho dando uma no cravo e outra na ferradura, mantendo em lume brando as expectativas deixadas no já remoto mês de Fevereiro.
No meio de encontros e desencontros resta saber por onde anda a centralidade (qualidade do que é a base do funcionamento de órgão ou sector, in Dicionário da Língua Portuguesa) do partido que costuma apresentar-se aos portugueses em épocas eleitorais com um bloco (agrupamento de pessoas ou países com objectivos comuns, in DLP) e pretende dizer A VERDADE.
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WAR CHILD HEROES.
A War Child vai lançar esta semana, no mercado português, uma compilação,
que reúne canções de nomes, como Bob Dylan e David Bowie, interpretados
por artistas escolhidos pelos próprios autores das canções.
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A crise de todas as crises.
das transições de séculos, tudo parecia bem encaminhado, no início do Sec.XXI.
Até a mudança dos dados informáticos foi um êxito, mau grado os temores
generalizados.
Mas, rapidamente, surgiram sinais ameaçadores, em vários quadrantes.
Com o ataque às torres gémeas de Nova Iorque, o paradigma das relações inter-
nacionais, alterou-se profundamente, com o começo da guerra à Alcaeda e ao
terrorismo .
A crise militar expandiu-se, com a declaração unilateral e ilegal, da guerra ao
Iraque de Saddam, e anteriormente, ao Afganistão.
Seguiu-se o alastramento dessas guerras, com o envolvimento dos países da
NATO, e de outros. Lá esteve e está Portugal, quase sempre colocado
do lado errado.
Vejamos, de seguida, a crise política.
A União Europeia emperrou o seu aprofundamento institucional. Os vetos da
França e da Holanda, e as recusas à assinatura do Tratado Europeu, da Irlanda
e da República Checa, puseram completamente a nú, as estrondosas fragilidades
da Europa.
A crise financeira vinha , de há muito, a instalar-se silenciosa e insidiosamente,
um pouco por todo o lado, vindo a estoirar, com enorme estrondo, em 2008,,
originado pelo problema do sub-prime, tendo-se espalhado pelo mundo inteiro.
As crises económica e social desenvolveram-se de seguida, e provocaram um
brusco e acentuado arrefecimento dos mercados, conduzindo ao encerramento
de inúmeras empresas, com o consequente despedimento de muitos milhares
de trabalhadores. Vão seguir-se, certamente, graves problemas sociais.
Ao longo dos últimos tempos, vivia-se já uma crise de valores, de princípios,
éticos ambientais , de dirigentes,de relacionamento entre as pessoas.
Em resumo, uma enorme crise das consciências.
A juntar a tudo isto, referimos as crises endémicas, da fome, da miséria e das
migracões errantes, dos refugiados de toda a natureza, com especial incidência
no Continente Africano.
Eis, senão quando , e para completar o quadro, irrompe ( apesar dos avisos)
inopinadamente, a crise epidemiológica e sanitária, provocada pela explosão
da gripe mexicana, originada pelo vírus da peste suína.
É uma crise global, à escala mundial, que propaga a uma velocidade nunca vista,
e de consequências imprevisíveis.
Que mais poderá vir a acontecer-nos?
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terça-feira, 28 de abril de 2009
PREVER O PASSADO.
símbolos da Nacionalidade Portuguesa.
Pensa-se que representam as principais figuras da realeza de Portugal, do sec. XV.
Foram descobertos, por acaso, num armazém do Paço de S. Vicente de Fora, e fariam parte
de um altar da Sé de Lisboa.
Tem havido muitos especialistas a tentar decifrar o quadro, e a apresentar diversas
hipóteses para a identificação das figuras que nele aparecem.
Mas a razão que me levou ao blog, é o mistério que rodeia a segunda figura do topo do segundo painel à esquerda, pela similitude de uma importante figura política portuguesa contemporânea,
como se mostra num pormenor, do já citado painel.
É no mínimo surprendente.
Haverá reencarnações?
Para descobrir o personagem em causa, tentem ampliar esta figura.
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Thank you for your call
Muito obrigado pelo seu telefonema. De momento não podemos atender. Por favor tente mais tarde.
Thank you for your call. At the moment we can not answer. Please try again later.
A versão em Inglês é para ser utilizada somente na campanha das Europeias.
P.S. - Também publicado no Eleições2009 do Público
SIMPLESMENTE SOCIALISMO.
LIBERDADE,
IGUALDADE,
FRATERNIDADE.
Liberdade toda, desde que nunca interfira com a liberdade dos outros;
Igualdade de oportunidades, sem qualquer discriminação, de qualquer natureza: raça,sexo, condição social e económica,religião, etc.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Se a moda dos livros pega...
Não vou dizer o que todos pensam sobre a oportunidade seja temporal seja dos temas, já lançados em período quase eleitoral.
Apenas avisar os actuais candidatos dos restantes partidos e futuros candidatos a eleições que poderá ser requisito para ser submetido a sufrágio. Preparem antes o vosso livrito.
Pelo menos a crise será menos sentida no sector livreiro, a não ser que resolvam oferecer as obras dos ditos aos eleitores. Bom, sempre é melhor livros que frigoríficos e televisões...
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domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Provocações
Quem hoje navega por essa blogosfera fora vê como a direita se manifestou em peso contra a promoção de Otelo Saraiva de Carvalho a Coronel, ao abrigo da lei que estipula a reconstituição de carreiras. Porque o seu passado, no início dos anos 80, foi criminosa. No entanto, a mesma direita, e mesmo a esquerda, passou olimpicamente ao lado da “pequena provocação” que se vai passar no próximo dia 25 de Abril, em Santa Comba Dão. É neste dia que se vai inaugurar a Praça António Oliveira Salazar, anteriormente conhecido como Largo da Praça.
Se existem, e claramente existem, saudosistas do antigo regime, talvez fosse mais lógico inaugurarem a dita praça no dia 24, fazendo um minuto de silêncio às 22h55m e começando o luto às 00:20m de dia 25.
P.S. Também publicado no Eleições 2009, do Público, e na Loja de Ideias
Mais um processo...
Sabendo pelas notícias que Pedro Passos Coelho vai pedalando numa Volta a Portugal antecipada fico na expectativa do que fará em Agosto quando as verdadeiras bicicletas andarem por aí.
Confirmámos nas últimas horas a notícia da semana passada que o Rio que jorra do norte traz águas bem revoltas, não engrossando como "todos" esperavam o caudal que levaria o PSD ao seu objectivo, ele que era um dos principais afluentes.
Sabemos pois que, não sendo expectável que Manuela Ferreira Leite lhe ponha um processo, este posicionamento será um processo de afastamento estratégico pois como o rio principal não leva caudal suficiente este deverá ser um ano de seca.
Veremos então antes do Verão se a bicicleta se transformará num bote ou num paquete.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
JOSÉ AFONSO, 25 DE ABRIL SEMPRE.
TRAZ UM AMIGO TAMBÉM
Amigo
OS TROCA-TINTAS.
É o partido dos trapalhões.
jà trocou de nome.
Já trocou de ideologia.
E troca de chefe, mais facilmente, do que troca de cuecas.
Senão vejamos:
Eis a lista dos homens que já comandaram as tropas social-democratas:
SÁ CARNEIRO
EMÍDIO GUERREIRO
SOUSA FRANCO
MENÉRES PIMENTEL
PINTO BALSEMÃO
NUNO RODRIGUES DOS SANTOS
MOTA PINTO
RUI MACHETE
CAVACO SILVA
FERNANDO NOGUEIRA
MARCELO REBELO DE SOUSA
DURÃO BARROSO
SANTANA LOPES
MARQUES MENDES
FILIPE MENEZES
MANUELA FERREIRA LEITE
Isto não é um partido; é um requintado albergue espanhol.
E consta que, pelo menos mais meia dúzia de candidatos, já
se encontram na grelha de partida, para abichar o apetitoso
lugar.
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A ENTRE-VISTA de SÓCRATES.
Ou de um combate de boxe, que estava combinado para ser por KO, mas teve
lugar por pontos.
Foi realizado na modalidade de jornalismo agressivo.
De um lado combatia o experimentado lutador José Sócrates.
Pela outra equipa, dois conhecidos mastins: um bulledogue e uma rottweiler.
Política, pouca;sacanagem, muita.
Os da equipa da RTP, tentaram todos os truques e golpes baixos para derru-
bar o adversário. Recuperaram os temas dos recados e insinuações, tão em voga
no xadrez nacional. As putativas tricas entre òrgãos do Poder, as acusações
anónimas e ultrajantes e a desvalorização do trabalho realizado pelo Governo do
PS e por Sócrates.
Mas este não se saíu nada mal. Quando o deixaram falar, foi sempre jogando em
contra-ataque.Tentou explicar as políticas, mas era sistematicamente apagado
pelos "Masters Voice" da televisão, que patrocinaram uma autêntica conversa
de bêbados.
Ficamos à espera do próximo combate, provavelmente para defrontar a conhe-
cida campeã, Nela Moura Guedes, que enverga a camisola da RTI.
Resultado do confronto:
SÓCRATES-1:RTP 0.
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terça-feira, 21 de abril de 2009
A forma e o conteúdo, a visão e a estratégia
Mais uma vez vêm do exterior os elogios ao que por "cá" se faz. Sabermos quais as vantagens comparativas e o valor acrescentado que criamos com as nossas políticas é essencial, como em qualquer empresa.
Não ponho em causa muita da visão estratégica, desgarrada ou não conforme alguns pontos de vista, do Governo de José Sócrates.
O Plano Tecnológico, que aglutina e consubstancia várias medidas importantes dos últimos 4 anos como o Magalhães, a Banda Larga nas escolas, o Simplex, as Novas Oportunidades e tantas outras de menor visibilidade mas não de menor importância, trouxe uma nova visão a toda a Administração Pública e ao país e trará resultados mais significativos no futuro do que presentemente se escrutinam.
As reformas encetadas na educação, saúde e justiça eram e são mais que urgentes, necessárias a um futuro mais risonho para muitos portugueses e para trilharmos o nosso futuro, a par ou na dianteira, com outros países.
A forma utilizada para o fazer não tem sido no entanto a mais correcta. Cheia de crispação, com avanços em sound byte, recuos e banho-maria muitas medidas importantes, necessárias e positivas passaram a ser vistas por outro prisma por parte dos necessários intervenientes a qualquer processo de mudança.
O País parece o meu Benfica, cheio de estrelas e com um plantel milionário mas sem interligação razoável, sem redes de inovação que aproveite os inovadores e essencialmente por ter feito uma aposta no médio prazo quando aos sócios ilude com curto prazo, desvirtuando as expectativas de quem quer ajudar a fazer a transição no processo de mudança.
De Sócrates só espero, como comandante deste barco, que como os navegadores lusitanos que nos tornaram timoneiros do mundo de então, que não seja só visionário mas essencialmente estratega, que ao conteúdo alie a forma mais que os números.
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Financeiros do apocalipse.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O Esfíngico CAVACO
Será devido à actuação dos "macacões "que o aconselham e o assessoram,
ou será por um premeditado rasgo de clarividência.
Abandonou o paradigma do tabú , e adoptou o método do labirinto.
Nada que não estivesse claramente anunciado, de há muito.
Cavaco," amancebado"com a líder do PSD, vai tecendo a sua teia.
Os seus"boys" bolaram um plano astucioso, para arredar o PS do poleiro,
empurrando Sócrates para um labirinto de difícil de saída.
Sócrates estava avisado ao que andava, logo sabia que podia ficar encharcado.
Bichanar à orelha
Não creio!!
Estaria Cavaco Silva enganado no dia da semana, pensando que estava em Belém numa 5ª feira?
Não creio!!
Parece Cavaco Silva querer apontar o caminho dos temas em discussão??
Sem dúvida!!
Será a ante visão do discurso do próximo sábado, 25 de Abril?
Sem dúvida!!
Poderá parecer o recado estrategicamente combinado com mais alguém?
Talvez!!
Serviu o recado para declarar o óbito da cooperação estratégica com o Governo?
Talvez!!
Então pergunto:
Porque Cavaco Silva não se dirigiu à Assembleia da República (artº 134 d) da Constituição da RP), não convocou o Conselho de Estado (artº 145 e) da CRP) ou não se dirigiu ao país, como o fez destemperadamente em Julho passado, preferindo dirigir-se oficialmente a um Congresso e consequentemente oficiosamente ao país?
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Quem vê caras, não ouve vozes.
domingo, 19 de abril de 2009
POETA CASTRADO NÃO !
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?
! - Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Poema de Ary dos Santos
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ARY DOS SANTOS (1937-1984).
Ary dos Santos é natural de Lisboa.
Revelou-se como Poeta, com o livro ASAS (1953) e em 1963 publicou a obra
LITURGIA DE SANGUE.Outros livros da sua autoria são, AZUL EXISTE,
TEMPO DA LENDA DAS AMOREIRAS, ADEREÇOS E ENDEREÇOS, todos
em 1965. INSOFRIMENTO IN SOFRIMENTO (1969), FOTOS-GRAFIAS
(1971), RESUMO (1973), AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU (1975), O SAN-
GUE DAS PALAVRAS (1979), 2o ANOS DE POESIA (1983).
Ficou conhecido pelas inúmeras letras de canções, sobretudo para os Festi-
vais da Canção da RTP. Ficaram célebres os poemas DESFOLHADA, TOU-
RADA, MEU AMOR, MEU AMOR.
Foi declamador emérito dos seus próprios rextos.
Personalidade entusiasta e irreverente, tinha um grande pendor satírico e até
panfletário.
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sábado, 18 de abril de 2009
Viver abaixo das posses.
nunca o dinheiro constituiu para mim, a grande preocupação da minha
vida.Como a formiga, sempre fui habituado a poupar no verão, para ir
gastando no inverno.
Como sempre tive a mania das colecções, até o dinheiro juntava.
Juntava a pensar no futuro. Nunca fui de gastar. Não que fosse sovina,
mas ir às compras, nunca foi o meu sonho; antes, pelo contrário.
Sempre vivi abaixo das minhas posses.
Fui criado durante e logo a seguir à 2ª Guerra Mundial.
A minha família dedicava-se, em grande medida, à economia de subsis-
tência.
Lembro-me perfeitamente da guerra ter acabado. Foram tempos difí-
ceis para a maioria dos portugueses. Vivíamos em pleno racionamento.
Tínhamos uma caderneta, onde se colavam umas senhas, que iam
marcando as despesas que estavam atribuidas ao agregado familiar.
Andava muitas vezes com o meu avô que recolhia "Ferro velho, papel,
peles de coelho"....
Às vezes conseguia arranjar alguns tostões, para rebuçados, ou para dar
umas voltas na bicicleta de aluguer.
Continuei a viver abaixo das minhas posses.
Depois,um dia, começei a ter algum dinheiro, mas nessa altura já não
precisava dele.
TINHA PERDIDO TUDO.
Afinal de que serve o dinheiro, se não podemos aceder ao que de
MAIS PRECIOSO E ADORADO que possuímos?
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