Sobre o exame final.
Lembro-me bem dos meus tempos de estudante do IST.
Cada prova oral era uma espécie de tourada, ou uma cerrada luta
corpo a corpo.Diziamos até que os exames eram provas de esforço,
para ver se conseguiamos aguentar.E nós éramos esticados, esten-
didos e grande parte das vezes, chumbados.
Vem isto a propósito do "programa" da RTP l, subordinado ao mote
exame final.
Aquilo não foi um programa, foi um massacre, uma carnifina.
Foi para o ministro "brilhar".
Chama-se a esta palhaçada, o jornalismo agressivo.
Provavelmente a RTP pretendia dar a estocada final , mas o tiro
saíu lhe pela culatra.
Como é que uma flausina meio entradota, com fala à moda do Porto,
pretende fazer o papel de hiena fedorenta e mal educada, não entre
vistando, mas sòmente açulando os cães, com pedaços de carne em
sangue.
E que dizer dos cães treinados para atacar e abocanhar uma vítima
a sacrificar a todo o custo. Cães de guerra, cães perigosos, que só obe-
decem a voz dos donos, até à morte.
Claro que se trata de mastins de segunda linha, mas isso até os pode
excitar e incitar mais. E isso permite-lhes ir mais longe, porque
perdem a noção do aucontrole, que feras de maior qualidade podem,
apesar de tudo, evidenciar.
Quem é o respossável por este circo vergonhoso?
Quem soltou cobardemente, as feras?
Como poderá haver alguma equidade e decência, numas batalhas
tão importantes, que deveriam ser mìnimamente esclarecedoras?
Querem obrigar este tipo de gente, a levar o PPD/PSD ao colo até
às eleições?
Qual o papel dos milhares e milhares de militantes, que não sentem
o cheiro a sangue exalado pelos parasitas alaranjados?
Não digo a ninguém, mas às vezes tenho grande vergonha de ser
PORTUGUÊS.
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