Tejo é nome de Rio,
Mas também nome de Cão .
Morávamos em Lisboa, na minha 3ª. encarnação,
o meu pai tinha comprado um par de cães de caça bebés,
com pedegree , que custaram uma pequena fortuna, mas
que vieram a demonstrar a justeza da compra, pois valiam
o seu peso em ouro .
Quando nos mudámos para a Covilhã, passados uns tempos,
os cães tinham crescido, mas tinham que estar fechados no
nosso quintal, só saíam para ir à caça e para ir passear à rua,
para fazer as suas necessidades e algum exercício, para man-
ter a linha .
Eram o Fiel e a e a Diana,
nomes vulgares para canídeos .
Estavam fechados muito tempo, ladravam muito, e a vizinhan-
ça, sobretudo a criançada, tratava-os mal e corria-os à pedrada
e à paulada .
Os animais foram ficando cada vez mais revoltados e bravos .
O Tejo ficou mesmo muito mau . Atirava-se às pessoas, espe-
cialmente a pedintes e a fardas, razão por que algumas vezes aca-
bavamos os dois na esquadra .
Com o passar do tempo, o cão teve que ser retirado do seu habi-
tat, enviado para a serra, mas matava as ovelhas, foi para outra
terra, mas fugia sempre, com grandes estragos .
Acabou por ter que ser abatido .
Mas não acabou aqui a sua aventura .
Com suspeitas de o cão ter apanhado raiva, andei eu com uma
caixa contendo as vísceras para a análise, a fazer no Laboratório
de Medicina Veterinária .
Felizmente o resultado deu negativo, e acaba aqui a minha história .
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