O País está virado de pernas para o ar .
Em vez de se ter começado pelos alicerces, tem-se
aprimorado nos acabamentos de luxo .
Um exemplo gritante diz respeito ao Sistema SIRESP, que
deve ria assentar numa rede sólida, exequível, robusta, utilizan-
do cabos fixos, enterrados no solo, ao abrigo das condições
atmosféricas, a salvo do calor do vento e do imprevisto alea-
tório e, não andar a passear-se ao acaso, como se se tratasse de
um verdadeiro catavento .
É evidente, que quando usado em condições adversas reais, me-
teorológicas, geológicas e florestais, entre outras, o sistema cola-
psou .
É o que se chama correr arás do prejuízo .
Quem desenhou o sistema, quem o aferiu, quem o testou, quem
o reviu, quem lhe acrescentou melhorias, quem lhe forneceu al-
ternativas ?!...
Acresce que parece que o equipamento não suporta condições ex-
tremas, como as que se verificaram este Verão .
O que acontece é que os fogos florestais e a sua previsão e comba-
te, não são feitos por gente formada à pressa, acreditando no acaso
e na sorte, mas sim gente fortemente experimentada e com a cabeça
fria .
A calamidade a que estamos a observar em directo, não surgiu por
geração, expontânea, mas é o somatório de décadas de erros e e teo-
rias e prácticas desgraçadamente multiplicados ad infinitum .
O resultado está à vista,
e a culpa continua a ficar solteira .
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