quarta-feira, 21 de junho de 2017

Não se brinca com o fogo .

A culpa morre sempre solteira .

Não vem ao caso, nesta altura, andar à procura da culpa pelos
trágicos acontecimentos do centro do País .

Como diria o Marquês de Pombal,

agora é o tempo de enterrar os 
mortos
e cuidar dos feridos .

Depois, não poderemos deixar de fazer profundo exame 
de consciência, sobre as circunstâncias que tornaram este Desastre-
Tragédia, numa monstrosidade que nos envergonha a todos nós .

Há muitas décadas que andamos a brincar ao fogos florestais, como

quem brinca com soldadinhos de chumbo, experimentando (experi-
mentando é o termo adequado) tácticas, métodos de combate, orga-
nização da cadeia de comando, que se revelaram obsoletas, para 
não dizer criminosas,
face ao poder de destruição dos nossos recursos e, quantas vezes, ao
trágico destino de tantos e tantos, que deveriam ter direito a viver 
uma vida decente a que poderiam ter direito, e que foram ceifados,
pela simples razão de amarem a sua terra .

Para quando tentar curar as feridas, 
e as profundas cicatrizes deixadas todos os 
anos, 
e começar a tentar solucionar o cancro dos in-
cêndios florestais  no nosso País ?!...

Quando ouvires um sino a dobrar,
ele dobra por ti .
.