quinta-feira, 9 de junho de 2016

A PEREGRINAÇÃO .

Os cafés de Lisboa,
lugares de culto e de estudo .

Muitos estudantes demandavam a capital para frequentar
os seus cursos superiores .
Por exemplo, os cursos de engenharia completos, de seis anos
e estágios, só estavam disponíveis em Lisboa, no IST, na Uni-
versidade Técnica da Capital  .

O mesmo acontecia com quase todos os outros cursos, à excep-
ção do que se passava em Coimbra, e em parte, no Porto .

A maior parte da malta residia nalguns lares estudantis, muito
poucos, a grande massa dos estudantes vivia em quartos aluga-
dos, distribuídos um pouco por toda a cidade .

Comia-se nas cantinas universitárias, e estudava-se nos 
cafés .
.

A vida estudantil era muito ingrata para os alunos das classes 
pequena e média burguesia .
Dirão muitos que hoje é que é difícil .
Coitados, não sabem nada ...

Tudo girava em torno da Escola e das Associações de estudantes,
estas organizadas para preparar a malta para o estudo, para o ci-
vismo, para a cooperação e a partilha e para a observância da De-
mocracia  dos Direitos Humanos .

A Praxe era uma excrescência, 
que nunca existiu, no meu tempo, em Lisboa .

Chegava a passar 24 horas seguidas no que hoje poderemos chamar
de Campus Universitário, do Lar da AEIST, para as aulas, destas 
para a Associação, para as aulas outra vez, e à noite de regresso ao
Lar, onde pernoitávamos . 

( Fui há 2 ou 3 semanas ao jantar do 50º. aniversário do Lar ) .
.