A ronda dos cafés .
Bem cedo, comecei a acompanhar o meu tio Luís,
por terras e terrinhas da Beira Alta, fazendo a volta
para encomendar os produtos mais do agrado dos
fregueses, como se de um ritual se tratasse .
O velho tinha uma lata do caraças, e, por vezes che-
gava a piscar-me o olho, e no regresso ia-me ensinan-
do velhos truques de africanista, habituado que esta-
va a conduzir negócios menos claros, fazendo uma pro-
paganda exagerada deste ou daquele artigo, ou entran-
do em grande, quando o assunto não lhe convinha .
E este jogo do gato e do rato repetia.se dezenas ou mes-
mo centenas de vezes, até se verificar o assentimento ou
a desistência de um dos contendores .
O meu tio conhecia bem a região e o itinerário .Visitava
todos os lugares, cafés mais finos, e tascas degradadas,
e sabia como orientar a conversa de acordo com cada
interlocutor .
Havia que aliciá-los com manha e obter sem descanso
uma promessa de encomenda .
Aprendi muita ratice, a ganhar ou a perder cada lance
deste jogo .
Os beirões são decididos e teimosos, habituados a uma vi-
da dura, mas sabem quando têm algo a ganhar numa par-
tida bem disputada .
Por sua vez, quando se o caminho se torna muito difícil de
continuar, há que desistir ou negociar com vantagem para
ambos os contendores .
E a escola da vida,
que só a experiência proporciona .
.
sábado, 31 de dezembro de 2016
O LABIRINTO DOS CAFÉS .
Cafés e Especiarias .
Assim se denominava o armazém do meu Tio Luís,
africanista de muitas aventuras, que negociava em
cafés e especiarias, e outra comezainas mais triviais,
rebuçados, bolachas, amendoins, etc.
.
A coisa ficava numa espelunca ( hoje seria uma gerin-
gonça), situada na Calçada do Jogo da Pela, para os la-
dos do Hospital de S. José .
Numa iª. fase foi destruído o armazém, numa zona onde
viria a ser construído o Teatro Àdoque, também derruba-
do no rescaldo da reconfiguração do Largo do Martin
Moniz .
Nessas obras, mesmo por debaixo do tal armazém, esta-
va escondida uma das torres da Muralha Fernandina, hoje
em vias de restauração, como monumento nacional .
Isto está tudo ligado, meu irmão .
O meu tio partia para a terra/serra, durante os meses de
verão, para percorrer as terreolas do Concelho de Seia e
Concelhos limítrofes, e acompanhava-me, como seu lugar-
tenente e criado às ordens .
.
Assim se denominava o armazém do meu Tio Luís,
africanista de muitas aventuras, que negociava em
cafés e especiarias, e outra comezainas mais triviais,
rebuçados, bolachas, amendoins, etc.
.
A coisa ficava numa espelunca ( hoje seria uma gerin-
gonça), situada na Calçada do Jogo da Pela, para os la-
dos do Hospital de S. José .
Numa iª. fase foi destruído o armazém, numa zona onde
viria a ser construído o Teatro Àdoque, também derruba-
do no rescaldo da reconfiguração do Largo do Martin
Moniz .
Nessas obras, mesmo por debaixo do tal armazém, esta-
va escondida uma das torres da Muralha Fernandina, hoje
em vias de restauração, como monumento nacional .
Isto está tudo ligado, meu irmão .
O meu tio partia para a terra/serra, durante os meses de
verão, para percorrer as terreolas do Concelho de Seia e
Concelhos limítrofes, e acompanhava-me, como seu lugar-
tenente e criado às ordens .
.
O FASCÍNIO DOS CAFÉS .
Desde muito novo que fui atraído pelo café e pelos
cafés .
Não que em criança gostasse de café, café mesmo .
Nessa altura, o café era cevada ,
Ou uma mistura de café, grão torrado, chicória e ce-
vada . Café era coisa de ricos e escasseava, por cau-
sa da Guerra . Os diferentes lotes de café, dividiam-se
entre as classes sociais prevalecentes - lote espacial,
para os senhores doutores, e lote popular, para o pú-
blico em geral .
Os cafés (havia 3 cafés na minha terra - o de cima,
o do meio e o de baixo ) .
O primeiro era por cima do
consultório do Dr. Melo,
o grande médico de Seia, que tinha um aparelho de
Radioscopia, coisa rara, que servia quase todo o -
da Guarda .
Consultório sempre cheio, fregueses habituais, que a
tuberculose sempre andou de mão dada com a pobreza .
O café de cima, que ficava na parte alta da vila, era o
que servia os doentes e suas famílias que vinham de
fora, em regra de taxi, e esperavam ser atendidos, pa-
ra depois regressarem, noite dentro, às aldeias da região .
Era uma terra com alguma importância social, foi das pri-
meiras a ter electricidade pública em todas as casas .
Mas não íamos ao cheiro do café, mas sim ao cheiro dos
cromos da bola, a grande atracção da pequenada, onde se
faziam negócios de grande risco, trocar o Peiroteu pelo
Barrigana. o Félix pelo Patalino .
Nesse tempo a Selecção de futebol não era ainda muito
conhecida, não havia televisão, e os rádios eram sinal de
abastança .
Era o tempo das cabazadas no Hoquei em Patins, muita
ganhas por dez ou mais a zero, sempre com a Espanha à
espera de muitos golos de Portugal e de muita porrada .
Raio, Perdigão, Correia dos Santos e Jesus Correia eram
os maiores daquele tempo .
Os cafés viriam um pouco depois .
.
cafés .
Não que em criança gostasse de café, café mesmo .
Nessa altura, o café era cevada ,
Ou uma mistura de café, grão torrado, chicória e ce-
vada . Café era coisa de ricos e escasseava, por cau-
sa da Guerra . Os diferentes lotes de café, dividiam-se
entre as classes sociais prevalecentes - lote espacial,
para os senhores doutores, e lote popular, para o pú-
blico em geral .
Os cafés (havia 3 cafés na minha terra - o de cima,
o do meio e o de baixo ) .
O primeiro era por cima do
consultório do Dr. Melo,
o grande médico de Seia, que tinha um aparelho de
Radioscopia, coisa rara, que servia quase todo o -
da Guarda .
Consultório sempre cheio, fregueses habituais, que a
tuberculose sempre andou de mão dada com a pobreza .
O café de cima, que ficava na parte alta da vila, era o
que servia os doentes e suas famílias que vinham de
fora, em regra de taxi, e esperavam ser atendidos, pa-
ra depois regressarem, noite dentro, às aldeias da região .
Era uma terra com alguma importância social, foi das pri-
meiras a ter electricidade pública em todas as casas .
Mas não íamos ao cheiro do café, mas sim ao cheiro dos
cromos da bola, a grande atracção da pequenada, onde se
faziam negócios de grande risco, trocar o Peiroteu pelo
Barrigana. o Félix pelo Patalino .
Nesse tempo a Selecção de futebol não era ainda muito
conhecida, não havia televisão, e os rádios eram sinal de
abastança .
Era o tempo das cabazadas no Hoquei em Patins, muita
ganhas por dez ou mais a zero, sempre com a Espanha à
espera de muitos golos de Portugal e de muita porrada .
Raio, Perdigão, Correia dos Santos e Jesus Correia eram
os maiores daquele tempo .
Os cafés viriam um pouco depois .
.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
O MILITANTE Nº. 1 .
Não sei se alguma vez me cruzei com Mário Soares
antes do 25 de Abril .
Julgo que foi o tempo em que esteve em que esteve no
degredo em S. Tomé e Príncipe,
e posteriormente no exílio em Paris, ainda antes de se
ter criado o PS, na Alemanha Federal .
Viria a conhecê-lo já na Democracia,
um pouco por todo o lado .
Por exemplo, aquando das eleições presidenciais, ao fa-
zer campanha, na rua de Santo António, em pleno centro
de Faro .
Quando deste pela sua presença, correste a casa, para em-
punhares a bandeira do partido , e vieste cumprimentá-lo,
quando ele metia conversa com um turista .
Mais tarde, começou a tua forte ligação ao PS, tecida por
imensos contactos e reuniões, amalgamada por imensas vi-
tórias e algumas derrotas .
Foi Mário Soares que te presenteou com o Prémio de me-
lhor aluno finalista do Colégio Moderno, no ano de 1979 .
Soares era como se fosse da família .
Acompanhaste-o ao longo de toda a tua vida, nas tuas boas
e desditas horas . Seguia-lo para todo o lado, admirava-lo,
sempre com a bandeirinha em riste, a mesma bandeira que
tens no coração e que está aos teus pés, bem juntinha a ti .
Quando tu soubeste da sua candidatura a PR, estavas muito
triste pois as sondagens eram muito pessimistas .
Lembro-me de ter comentado contigo os teus receios e de
te ter dito :
Deixa lá, já somos 3 a votar em Mário Soares, tu, eu e o pró-
prio Mário Soares .
E ele acabou por vencer, ainda que por uma margem muito
estreita .
Um destes dias, o presidente Soares irá certamente fazer-te
companhia lá no infinito, companhia que tu lhe proporcio-
naste sempre,na tua passagem terrena .
Um grande beijinho,
OS PAIS .
.
antes do 25 de Abril .
Julgo que foi o tempo em que esteve em que esteve no
degredo em S. Tomé e Príncipe,
e posteriormente no exílio em Paris, ainda antes de se
ter criado o PS, na Alemanha Federal .
Viria a conhecê-lo já na Democracia,
um pouco por todo o lado .
Por exemplo, aquando das eleições presidenciais, ao fa-
zer campanha, na rua de Santo António, em pleno centro
de Faro .
Quando deste pela sua presença, correste a casa, para em-
punhares a bandeira do partido , e vieste cumprimentá-lo,
quando ele metia conversa com um turista .
Mais tarde, começou a tua forte ligação ao PS, tecida por
imensos contactos e reuniões, amalgamada por imensas vi-
tórias e algumas derrotas .
Foi Mário Soares que te presenteou com o Prémio de me-
lhor aluno finalista do Colégio Moderno, no ano de 1979 .
Soares era como se fosse da família .
Acompanhaste-o ao longo de toda a tua vida, nas tuas boas
e desditas horas . Seguia-lo para todo o lado, admirava-lo,
sempre com a bandeirinha em riste, a mesma bandeira que
tens no coração e que está aos teus pés, bem juntinha a ti .
Quando tu soubeste da sua candidatura a PR, estavas muito
triste pois as sondagens eram muito pessimistas .
Lembro-me de ter comentado contigo os teus receios e de
te ter dito :
Deixa lá, já somos 3 a votar em Mário Soares, tu, eu e o pró-
prio Mário Soares .
E ele acabou por vencer, ainda que por uma margem muito
estreita .
Um destes dias, o presidente Soares irá certamente fazer-te
companhia lá no infinito, companhia que tu lhe proporcio-
naste sempre,na tua passagem terrena .
Um grande beijinho,
OS PAIS .
.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
O FUTEBOL É GRANDE .
Portugal é o campeão da Europa .
Cristiano Ronaldo é o maior jogador
do mundo e arredores .
Fernando Santos é o melhor treinador
do mundo .
Há muitos portugueses a jogar à bola nas principais equi-
pas europeias .
Há várias dezenas de treinadores portugueses a orientar
equipas, um pouco por toda a parte no mundo, algumas
das quais são, ou foram, campeãs nacionais, nos países
onde têm laborado .
O futebol é importante .
Portugal é grande .
.
Cristiano Ronaldo é o maior jogador
do mundo e arredores .
Fernando Santos é o melhor treinador
do mundo .
Há muitos portugueses a jogar à bola nas principais equi-
pas europeias .
Há várias dezenas de treinadores portugueses a orientar
equipas, um pouco por toda a parte no mundo, algumas
das quais são, ou foram, campeãs nacionais, nos países
onde têm laborado .
O futebol é importante .
Portugal é grande .
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
O ANO 2016 .
O ano que agora termina foi fértil em acontecimentos que
nos deixam crescer água na boca .
É como se a História se tivesse acelerado de repente, alte-
rando as leis da relatividade .
A nível internacional, para além de muitos factos, sobressai
a eleição presidencial de Donald Trump, só possível pela igno-
rãncia colectiva de um país que se gaba(ou lhe gabam) o seu
alto grau de democraticidade, com um sistema eleitoral, em
muitos casos completamente arcaico, e ainda uma lei eleito-
ral do tempo da idade da pedra .
Em segundo lugar, aparece a trapalhada confusa do Brexit,
a saída inexperada do Reino Unido, da UE .
Ficou tudo da cara à banda, sem ninguém habilitado a dar
uma explicação razoável, nem do facto em si, nem das raz-
zões que o determinaram .
É uma pedrada na des(União) de consequências imprevisí-
veis .
A nível nacional, tenho que por em evidência a aventura sem
rede, que foi a invenção da chamada Geringonça, a sua utili-
zação inesperada, e o êxito que veio trazer a um novo processo
de fazer política em Portugal
.
nos deixam crescer água na boca .
É como se a História se tivesse acelerado de repente, alte-
rando as leis da relatividade .
A nível internacional, para além de muitos factos, sobressai
a eleição presidencial de Donald Trump, só possível pela igno-
rãncia colectiva de um país que se gaba(ou lhe gabam) o seu
alto grau de democraticidade, com um sistema eleitoral, em
muitos casos completamente arcaico, e ainda uma lei eleito-
ral do tempo da idade da pedra .
Em segundo lugar, aparece a trapalhada confusa do Brexit,
a saída inexperada do Reino Unido, da UE .
Ficou tudo da cara à banda, sem ninguém habilitado a dar
uma explicação razoável, nem do facto em si, nem das raz-
zões que o determinaram .
É uma pedrada na des(União) de consequências imprevisí-
veis .
A nível nacional, tenho que por em evidência a aventura sem
rede, que foi a invenção da chamada Geringonça, a sua utili-
zação inesperada, e o êxito que veio trazer a um novo processo
de fazer política em Portugal
.
OS SINOS .
" E se alguém te perguntar.
por quem dobram os sino ?
Eles dobram por ti "
Hemingway
O sino toca na aldeia
Reza a gente com fervor
O sino toca na gente
Na aldeia nasce amos
Adriano Correia de Oliveira
O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém
É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem
Popular
.
por quem dobram os sino ?
Eles dobram por ti "
Hemingway
O sino toca na aldeia
Reza a gente com fervor
O sino toca na gente
Na aldeia nasce amos
Adriano Correia de Oliveira
O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém
É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem
Popular
.
sábado, 24 de dezembro de 2016
Un truc comme ça .
A primeira vez que fiz um estágio em França,
tive a oportunidade de visitar visitar uma boa parte
do País e contactar com inúmeros organismos ofi-
ciais e algumas fábricas importantes .
Desde os meus tempos de liceu que me habituei a
aprender falar e escrever bem a língua de Voltaire .
Não tinha dificuldades de maior em manter uma con-
versação fácil com os meus interlocutores franceses .
Havia é claro alguns pontos que eu não dominava,
os palavrões, o calão e as frases idiomáticas .
Levei tempo a perceber o que é que eles queriam
dizer com o
Un truc comme ça
Servia para tudo, aplicava-se a tudo, confesso que
por vezes ficava um pouco baralhado, e tinha que
pedir ajuda para perceber o significado daquela
frase .
Mal eu sabia ...,
-uma premonição com tanto tempo de avanço-,
que tinha descoberto o verdadeiro sentido do con-
ceito da
Geringonça .
Elementar, meu caro Holmes ...
.
tive a oportunidade de visitar visitar uma boa parte
do País e contactar com inúmeros organismos ofi-
ciais e algumas fábricas importantes .
Desde os meus tempos de liceu que me habituei a
aprender falar e escrever bem a língua de Voltaire .
Não tinha dificuldades de maior em manter uma con-
versação fácil com os meus interlocutores franceses .
Havia é claro alguns pontos que eu não dominava,
os palavrões, o calão e as frases idiomáticas .
Levei tempo a perceber o que é que eles queriam
dizer com o
Un truc comme ça
Servia para tudo, aplicava-se a tudo, confesso que
por vezes ficava um pouco baralhado, e tinha que
pedir ajuda para perceber o significado daquela
frase .
Mal eu sabia ...,
-uma premonição com tanto tempo de avanço-,
que tinha descoberto o verdadeiro sentido do con-
ceito da
Geringonça .
Elementar, meu caro Holmes ...
.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
AMBIENTE - 1 / ENERGIA - 0 .
O Dr. Sousa Tavares ( conhecido por Tareco), pai do Miguel
Sousa Tavares, democrata e próximo do PS, foi o primeiro mi-
nistro a tratar das questões ligadas ao ambiente .
Foi escolhido por Mário Soares para exercer a pasta da
Qualidade de Vida,
um eufemismo engraçado, mas que era uma maneira de ir
estudando o tema .
Foi ele que introduziu o palavrão
Parâmetros de Qualidade de Vida,
que viria a tentar um processo de avaliar o modo como viviam
as pessoas, logo após o 25 de Abril .
Tarefa ingrata e impossível .
Com a chegada da Democracia ao nosso País, tudo parecia pos-
sível .
A contestação a tudo e todos, tornou-se um modo de vida .
O primeiro assunto ambiental que se levantou e que se espalhou
por Portugal inteiro, respeitava o projecto de construção de uma
Central Nuclear, que seria implantada em Ferrel, no Distrito
de Leiria .
Foi todo um povo que se levantou contra tal projecto, como se de
uma guerra civil se tratasse .
A ideia do eventual empreendimento, foi liminarmente rejeitada,
mas tinha acabado de surgir o
movimento ambiental folclórico,
que iria perdurar durante várias décadas,
como iremos ver .
.
Sousa Tavares, democrata e próximo do PS, foi o primeiro mi-
nistro a tratar das questões ligadas ao ambiente .
Foi escolhido por Mário Soares para exercer a pasta da
Qualidade de Vida,
um eufemismo engraçado, mas que era uma maneira de ir
estudando o tema .
Foi ele que introduziu o palavrão
Parâmetros de Qualidade de Vida,
que viria a tentar um processo de avaliar o modo como viviam
as pessoas, logo após o 25 de Abril .
Tarefa ingrata e impossível .
Com a chegada da Democracia ao nosso País, tudo parecia pos-
sível .
A contestação a tudo e todos, tornou-se um modo de vida .
O primeiro assunto ambiental que se levantou e que se espalhou
por Portugal inteiro, respeitava o projecto de construção de uma
Central Nuclear, que seria implantada em Ferrel, no Distrito
de Leiria .
Foi todo um povo que se levantou contra tal projecto, como se de
uma guerra civil se tratasse .
A ideia do eventual empreendimento, foi liminarmente rejeitada,
mas tinha acabado de surgir o
movimento ambiental folclórico,
que iria perdurar durante várias décadas,
como iremos ver .
.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
O AMBIENTE PORTUGUÊS .
As questões ambientais em Portugal tiveram um parto
difícil .
Já tinham sido dados pequenos passos tímidos nalgu-
mas matérias relacionadas com a poluição, quer do ar,
quer das águas, relativamente aos problemas que en-
refinarias e centrais térmicas .
Havia já alguma legislação, decorrente das nossas obri-
gações impostas pela ONU, designadamente no que se
referia à poluição do Mar, nas convenções de Oslo e Pa-
ris, OSCON E PARCON, aplicáveis ao espaço Norte do
Oceano Atlântico .
A CNCPM, Comissão Nacional contra a Poluição do
Mar, de Junho de 71, constituída no âmbito do Ministé-
rio da Marinha, funcionava como uma espécie de Tribu-
nal Ambiental , tratando dos casos de poluição marítima
e aplicação das coimas deles resultantes .
Quanto à poluição do ar, desde 1966 que tinha sido cria-
do o GTPA - Grupo de Trabalho sobre Poluição do Ar,
no âmbito do Ministério da Saúde, com representantes
da Administração Pública e das principais empresas das
cidades de Lisboa e do Porto, concretamente, Sacor, Cuf
e Siderurgia Nacional .
Só em 1972, por esforços de alguns deputados da ala mar-
celista da Assembleia Nacional, foi criada a Comissão Na-
cional do Âmbiente, presidida pelo deputado Correia da
Cunha, e que pretendia preparar uma delegação portu-
guesa à Conferência do Ambiente, a realizar em Estocol-
mo, nesse mesmo ano .
Não foram fáceis os primeiros anos da CNA .
Os industriais portugueses mostraram uma resistência fe-
roz, à abordagem destes temas .
De salientar o combate travado pelo actual Presidente da
República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, na intro-
dução da agenda ambiental no nosso País, com o beneplá-
cito do então Presidente do Conselho, Marcelo Caetano .
.
difícil .
Já tinham sido dados pequenos passos tímidos nalgu-
mas matérias relacionadas com a poluição, quer do ar,
quer das águas, relativamente aos problemas que en-
refinarias e centrais térmicas .
Havia já alguma legislação, decorrente das nossas obri-
gações impostas pela ONU, designadamente no que se
referia à poluição do Mar, nas convenções de Oslo e Pa-
ris, OSCON E PARCON, aplicáveis ao espaço Norte do
Oceano Atlântico .
A CNCPM, Comissão Nacional contra a Poluição do
Mar, de Junho de 71, constituída no âmbito do Ministé-
rio da Marinha, funcionava como uma espécie de Tribu-
nal Ambiental , tratando dos casos de poluição marítima
e aplicação das coimas deles resultantes .
Quanto à poluição do ar, desde 1966 que tinha sido cria-
do o GTPA - Grupo de Trabalho sobre Poluição do Ar,
no âmbito do Ministério da Saúde, com representantes
da Administração Pública e das principais empresas das
cidades de Lisboa e do Porto, concretamente, Sacor, Cuf
e Siderurgia Nacional .
Só em 1972, por esforços de alguns deputados da ala mar-
celista da Assembleia Nacional, foi criada a Comissão Na-
cional do Âmbiente, presidida pelo deputado Correia da
Cunha, e que pretendia preparar uma delegação portu-
guesa à Conferência do Ambiente, a realizar em Estocol-
mo, nesse mesmo ano .
Não foram fáceis os primeiros anos da CNA .
Os industriais portugueses mostraram uma resistência fe-
roz, à abordagem destes temas .
De salientar o combate travado pelo actual Presidente da
República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, na intro-
dução da agenda ambiental no nosso País, com o beneplá-
cito do então Presidente do Conselho, Marcelo Caetano .
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016
UMA NOVA FASE DA GUERRA .
Temos vindo a assistir nos últimos anos a uma guerra
mortífera, guerra quente, guerra fria, guerra religiosa,
guerra, não declarada entre as grandes potências, guer-
ra encomendada por outras pequenas e médias potên-
cias .
Ninguém sabe ao certo quem são os verdadeiros parti-
cipantes, nem quais os verdadeiros objectivos .
E já lá vão seis anos .
Mas a partir de agora,
a guerra suja vai apresentar um novo paradigma, e irá
certamente transformar-se numa guerra global .
Com o assassinato do Embaixador Russo em Ancara, às
mãos de um agente secreto da própria polícia secreta
turca, e após o terrível atentado levado a cabo no cora-
ção da Alemanha, em condições incríveis, a guerra vai
apresentar novas consequências impensáveis .
Talvez a Senhora Merkel comece a compreender que o
seu inimigo nunca foram os países mais desfavorecidos
da Europa do Sul .
Talvez que o Défice e a Dívida portugueses, possam con-
tar como activos importantes, no conjunto global da de-
fesa do Ocidente .
TALVEZ ...
.
mortífera, guerra quente, guerra fria, guerra religiosa,
guerra, não declarada entre as grandes potências, guer-
ra encomendada por outras pequenas e médias potên-
cias .
Ninguém sabe ao certo quem são os verdadeiros parti-
cipantes, nem quais os verdadeiros objectivos .
E já lá vão seis anos .
Mas a partir de agora,
a guerra suja vai apresentar um novo paradigma, e irá
certamente transformar-se numa guerra global .
Com o assassinato do Embaixador Russo em Ancara, às
mãos de um agente secreto da própria polícia secreta
turca, e após o terrível atentado levado a cabo no cora-
ção da Alemanha, em condições incríveis, a guerra vai
apresentar novas consequências impensáveis .
Talvez a Senhora Merkel comece a compreender que o
seu inimigo nunca foram os países mais desfavorecidos
da Europa do Sul .
Talvez que o Défice e a Dívida portugueses, possam con-
tar como activos importantes, no conjunto global da de-
fesa do Ocidente .
TALVEZ ...
.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
A GUERRA AMBIENTAL .
A guerra ambiental aplica-se a todos os
níveis de projectos .
Sempre que se pretende construir ou edificar algo de positivo
para o nosso País, surgem logo os profetas da desgraça, com
ameaças e avisos dos perigos que o pobre ambiente pode vir
a ser alvo .
Há até uma listagem tipo e um procedimento para travar todo
e qualquer progresso, logo que se conhece a pretensão de avan-
çar com qualquer projecto .
Não sou ingénuo, nem inocente, sei que é preciso respeitar todo
um complicado quadro legal, a nível nacional e internacional .
Tudo bem .
O que acontece é que os intermediários por parte do Ministério
do Ambientalistas, de tão maximalistas, que em regra se perfi-
lam, são sempre mais papistas do que o Papa,
o que leva a que muitos dos projectos apresentem tantas dificul-
dades, que muitas vezes nunca conseguirão passar da fase de
concretização .
Outras vezes, o grau de exigência visado é tão grande, que aca-
ba por se traduzir na destruição da possibilidade de rentabilida-
de do investimento previsto .
É como se os dois dados de uma equação, atingissem parâmetros
tão exagerados, que destruíssem a possibilidade de encontrar um
compromisso razoável .
Irei acompanhar esta minha lenga lenga, com exemplos do que
venho exprimindo .
.
níveis de projectos .
Sempre que se pretende construir ou edificar algo de positivo
para o nosso País, surgem logo os profetas da desgraça, com
ameaças e avisos dos perigos que o pobre ambiente pode vir
a ser alvo .
Há até uma listagem tipo e um procedimento para travar todo
e qualquer progresso, logo que se conhece a pretensão de avan-
çar com qualquer projecto .
Não sou ingénuo, nem inocente, sei que é preciso respeitar todo
um complicado quadro legal, a nível nacional e internacional .
Tudo bem .
O que acontece é que os intermediários por parte do Ministério
do Ambientalistas, de tão maximalistas, que em regra se perfi-
lam, são sempre mais papistas do que o Papa,
o que leva a que muitos dos projectos apresentem tantas dificul-
dades, que muitas vezes nunca conseguirão passar da fase de
concretização .
Outras vezes, o grau de exigência visado é tão grande, que aca-
ba por se traduzir na destruição da possibilidade de rentabilida-
de do investimento previsto .
É como se os dois dados de uma equação, atingissem parâmetros
tão exagerados, que destruíssem a possibilidade de encontrar um
compromisso razoável .
Irei acompanhar esta minha lenga lenga, com exemplos do que
venho exprimindo .
.
domingo, 18 de dezembro de 2016
OS COGUMELOS VENENOSOS .
Com o estalar da crise financeira, os ecologistas entraram
em profunda hibernação .
Alguns, poucos, até rejubilaram, porque o consumo ener-
gético baixou drasticamente .
Agora, com o orvalho e com as primeiras chuvas, os cogu-
melos da desgraça começaram a desa brochar, e já come-
çaram de novo a exigir novos proveitos para a causa .
O ambiente foi um tema que me acompanhou durante toda
a minha vida profissional .
É um complexo paradoxo .
Como desenvolver o planeta, aumentando o nível de satisfa-
ção das necessidades básicas das pessoas, sem causar gran-
des inconvenientes ao ambiente ?
Ora o progresso da Humanidade sempre foi um combate leal
contra a Natureza .
O combate continua, e não é possível recuar à época do Paraí-
so Terreal, aos tempos do Éden de Adão e Eva .
Pelo meio surgiram 6,5 Biliões de seres humanos .
Como conseguir viver (repartir)
melhor, os recursos de que dispomos ?.
É aí que está o bruxedo ...
.
em profunda hibernação .
Alguns, poucos, até rejubilaram, porque o consumo ener-
gético baixou drasticamente .
Agora, com o orvalho e com as primeiras chuvas, os cogu-
melos da desgraça começaram a desa brochar, e já come-
çaram de novo a exigir novos proveitos para a causa .
O ambiente foi um tema que me acompanhou durante toda
a minha vida profissional .
É um complexo paradoxo .
Como desenvolver o planeta, aumentando o nível de satisfa-
ção das necessidades básicas das pessoas, sem causar gran-
des inconvenientes ao ambiente ?
Ora o progresso da Humanidade sempre foi um combate leal
contra a Natureza .
O combate continua, e não é possível recuar à época do Paraí-
so Terreal, aos tempos do Éden de Adão e Eva .
Pelo meio surgiram 6,5 Biliões de seres humanos .
Como conseguir viver (repartir)
melhor, os recursos de que dispomos ?.
É aí que está o bruxedo ...
.
sábado, 17 de dezembro de 2016
O DOM DA UBIQUIDADE .
Vai lá dentro, ver se eu estou aqui .
Houve várias situações na vida em já que estive a repre-
sentar mais do que um papel na minha história .
Como se estivesse com um pé dentro e outro fora .
Se estivesse cá e lá, ao mesmo tempo .
Ou a viver a realidade e o sonho ao mesmo tempo .
Ou na Terra e na Lua .
Sou do signo Gémeos, mesmo no centro
da quadratura,13 de Junho, dia de Santo
António, o santo casamenteiro .
Talvez isso ajude a explicar a minha am-
bivalência .
Durante os meus estudos,
consegui tirar dois cursos ao mesmo tempo .
Andava a tirar o curso liceal, durante o dia, e de noite estu-
dava para Debuxador, curso industrial dedicado aos têxteis,
na escola da noite .
No último ano desse curso, ainda tinha uns bocados para
realizar o estágio desse curso .
Perguntar-me-hão o que fazia durante
o resto do tempo ...
Mais tarde, enquanto cumpria o Serviço Militar, depois de
terminar a recruta e as duas especialidades, arranjei duas
ocupações em part-time, como analista têxtil e outra, escre-
vendo artigos sobre têxteis, numa revista da especialidade .
Foi por ter sido censurado por razões de ordem técnica
(1972), que acabei por ser chamado a ocupar-me de assuntos
na área da poluição das refinarias, na Direcção Geral dos Com-
bustíveis ( mais tarte, D.G. da ENERGIA ) .
Rapidamente retomei a minha dualidade,
pois fui nomeado Chefe de Divisão de
Energia/Ambiente .
O destino veio bater-me à porta, pois mais uma vez, navegava
entre duas realidades diferentes e opostas, defendia o ambiente,
contra a energia, e a energia, contra o ambiente , quer a nível
nacional, quer no teatro internacional .
Vivi sempre no compromisso e na borrasca,
quantas vezes defendendo o indefensável,
contra tudo e contra todos .
Pedi algumas batalhas, mas orgulho-me de ter ganho a maioria
delas .
Como devem perceber, não deve ter sido nada fácil a minha vida .
Mas foi uma vida saborosa
e cheia de aventuras .
.
Houve várias situações na vida em já que estive a repre-
sentar mais do que um papel na minha história .
Como se estivesse com um pé dentro e outro fora .
Se estivesse cá e lá, ao mesmo tempo .
Ou a viver a realidade e o sonho ao mesmo tempo .
Ou na Terra e na Lua .
Sou do signo Gémeos, mesmo no centro
da quadratura,13 de Junho, dia de Santo
António, o santo casamenteiro .
Talvez isso ajude a explicar a minha am-
bivalência .
Durante os meus estudos,
consegui tirar dois cursos ao mesmo tempo .
Andava a tirar o curso liceal, durante o dia, e de noite estu-
dava para Debuxador, curso industrial dedicado aos têxteis,
na escola da noite .
No último ano desse curso, ainda tinha uns bocados para
realizar o estágio desse curso .
Perguntar-me-hão o que fazia durante
o resto do tempo ...
Mais tarde, enquanto cumpria o Serviço Militar, depois de
terminar a recruta e as duas especialidades, arranjei duas
ocupações em part-time, como analista têxtil e outra, escre-
vendo artigos sobre têxteis, numa revista da especialidade .
Foi por ter sido censurado por razões de ordem técnica
(1972), que acabei por ser chamado a ocupar-me de assuntos
na área da poluição das refinarias, na Direcção Geral dos Com-
bustíveis ( mais tarte, D.G. da ENERGIA ) .
Rapidamente retomei a minha dualidade,
pois fui nomeado Chefe de Divisão de
Energia/Ambiente .
O destino veio bater-me à porta, pois mais uma vez, navegava
entre duas realidades diferentes e opostas, defendia o ambiente,
contra a energia, e a energia, contra o ambiente , quer a nível
nacional, quer no teatro internacional .
Vivi sempre no compromisso e na borrasca,
quantas vezes defendendo o indefensável,
contra tudo e contra todos .
Pedi algumas batalhas, mas orgulho-me de ter ganho a maioria
delas .
Como devem perceber, não deve ter sido nada fácil a minha vida .
Mas foi uma vida saborosa
e cheia de aventuras .
.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
O DI AGNÓSTICO .
Estava na clínica para ser operado à vesícula ( início de uma
das minhas grandes aventuras da vida ), em conversa com o
meu médico pessoal, me atira, à queima roupa :
- Bolas, que a você não se lhe aproveita
nada .
Só talvez os miolos,
e mesmo assim, tenho muitas dúvidas ...
É preciso coragem, para aguentar uma estocada destas .
Se já estava completamente em baixo, então é que fiquei comple-
tamente de rastos .
Há dias assim .
Esta brincadeira veio-me à memória .
Afanado física e psicologicamente, sem força para seguir em
frente, em que tudo me parece mais sombrio .
O tempo também não ajuda muito .
É de um negrume de cortar à faca .
.
das minhas grandes aventuras da vida ), em conversa com o
meu médico pessoal, me atira, à queima roupa :
- Bolas, que a você não se lhe aproveita
nada .
Só talvez os miolos,
e mesmo assim, tenho muitas dúvidas ...
É preciso coragem, para aguentar uma estocada destas .
Se já estava completamente em baixo, então é que fiquei comple-
tamente de rastos .
Há dias assim .
Esta brincadeira veio-me à memória .
Afanado física e psicologicamente, sem força para seguir em
frente, em que tudo me parece mais sombrio .
O tempo também não ajuda muito .
É de um negrume de cortar à faca .
.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
GATUNAGEM .
No tempo da outra senhora,
contava-se que Salazar tinha procedido à desertificação
de Portugal :
Metade da população tinha emigrado para o estrangeiro,
a outra metade tinha morrido nas guerras coloniais .
Mal comparado, aplica-se agora um raciocínio semelhante :
Metade da população anda a gamar o próximo, a outra me-
tade é roubada de toda a maneira e feitio .
Metade anda cá fora à solta,
a outra metade está na cadeia .
A bandalheira está instalada, de há muito tempo,
e abrange todos os sectores sociais e profissionais,
desde o pessoal do pé descalço,
até às mais altas instâncias do poder .
FALTA SÓ PRENDER
OS POLÍCIAS ...
.
contava-se que Salazar tinha procedido à desertificação
de Portugal :
Metade da população tinha emigrado para o estrangeiro,
a outra metade tinha morrido nas guerras coloniais .
Mal comparado, aplica-se agora um raciocínio semelhante :
Metade da população anda a gamar o próximo, a outra me-
tade é roubada de toda a maneira e feitio .
Metade anda cá fora à solta,
a outra metade está na cadeia .
A bandalheira está instalada, de há muito tempo,
e abrange todos os sectores sociais e profissionais,
desde o pessoal do pé descalço,
até às mais altas instâncias do poder .
FALTA SÓ PRENDER
OS POLÍCIAS ...
.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
O DONO DA BOLA .
Aqui ninguém joga mais .
Eu é que sou o dono da bola .
Era assim, quando jogávamos à bola, onde quer que
calhasse .
Naquele tempo, a bola era um instrumento de poder,
já patente nos putos com menos posses .
Ficávamos horas à espera que alguém aparecesse com
aquele objecto de desejo .
Vem isto a propósito das idiotas guerras que se eterni-
zam no Oriente Médio .
Todos as partes se degladiam umas às outras, a maior
parte delas, por interpostos parceiros .
O poder neste caso são os brinquedos de guerra, aviões,
mísseis, espingardas, morteiros, etc., distribuídos (pagos
com os dinheiros e os favores das grandes potências) e
funcionam como os donos da bola ou dos jogos de guerra .
Se alguém recolher a bola, o jogo acaba .
Os donos da bola são agora, (para além
de Assad), Trump e Putin,
cada um a jogar em lados opostos da Síria, mas numa
acção concertada .
Com a chegada do CEO da EXXON MOBIL a Secretário de
Estado americano, por escolha do presidente dos Usa, um part-
ner do presidente russo, os ventos da jogatana alteraram-se
drasticamente .
Foi um severo míssil arremessado contra os parvos europeus,
que há muito brincam com os brinquedos que não lhes perten-
cem .
Resultado :
Um porta aviões francês ao fundo .
.
Eu é que sou o dono da bola .
Era assim, quando jogávamos à bola, onde quer que
calhasse .
Naquele tempo, a bola era um instrumento de poder,
já patente nos putos com menos posses .
Ficávamos horas à espera que alguém aparecesse com
aquele objecto de desejo .
Vem isto a propósito das idiotas guerras que se eterni-
zam no Oriente Médio .
Todos as partes se degladiam umas às outras, a maior
parte delas, por interpostos parceiros .
O poder neste caso são os brinquedos de guerra, aviões,
mísseis, espingardas, morteiros, etc., distribuídos (pagos
com os dinheiros e os favores das grandes potências) e
funcionam como os donos da bola ou dos jogos de guerra .
Se alguém recolher a bola, o jogo acaba .
Os donos da bola são agora, (para além
de Assad), Trump e Putin,
cada um a jogar em lados opostos da Síria, mas numa
acção concertada .
Com a chegada do CEO da EXXON MOBIL a Secretário de
Estado americano, por escolha do presidente dos Usa, um part-
ner do presidente russo, os ventos da jogatana alteraram-se
drasticamente .
Foi um severo míssil arremessado contra os parvos europeus,
que há muito brincam com os brinquedos que não lhes perten-
cem .
Resultado :
Um porta aviões francês ao fundo .
.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Dos brandos costumes .
O grande mito dos brandos costumes
está a desmoronar-se .
O abuso sexual e físico indiscriminado de crianças, adoles-
centes, idosos, mulheres e outros grupos desprotegidos, foi
regra durante décadas a fio, com a conivência da sociedade
em geral, incluindo as famílias, as escolas, as igrejas, os colé-
gios de elite e as instalações de solidariedade social .
Viu-se no que isso deu,
e a missa ainda está agora a começar .
A violência doméstica, especialmente praticada sobre mulhe-
res, mas também sobre crianças, idosos, deficientes físicos e
mentais, é também praticada por muito, ao abrigo do silêncio,
do poder económico e da chantagem emocional .
Muito se tem feito, nos últimos tempos, para combater tais crimes
sociais, mas muito existe ainda para tentar erradicar essas graves
feridas, de um tecido humano permissivo e atentatório dos nossos
principais direitos humanos .
Brandos costumes,
afinal onde estão, que não os vejo ?
.
está a desmoronar-se .
O abuso sexual e físico indiscriminado de crianças, adoles-
centes, idosos, mulheres e outros grupos desprotegidos, foi
regra durante décadas a fio, com a conivência da sociedade
em geral, incluindo as famílias, as escolas, as igrejas, os colé-
gios de elite e as instalações de solidariedade social .
Viu-se no que isso deu,
e a missa ainda está agora a começar .
A violência doméstica, especialmente praticada sobre mulhe-
res, mas também sobre crianças, idosos, deficientes físicos e
mentais, é também praticada por muito, ao abrigo do silêncio,
do poder económico e da chantagem emocional .
Muito se tem feito, nos últimos tempos, para combater tais crimes
sociais, mas muito existe ainda para tentar erradicar essas graves
feridas, de um tecido humano permissivo e atentatório dos nossos
principais direitos humanos .
Brandos costumes,
afinal onde estão, que não os vejo ?
.
A DIVERSIDADE HUMANA .
O livre arbítrio .
Deus (?) criou Adão e Eva,
por sinal, bem diferentes um do outro, digamos suple-
mentares ou complementares, e lá tinha as suas razões .
Depois foram criados (?) muitos mais, gente de toda a
espécie, sem qualquer critério aparente .
As alterações climáticas (já naquele tempo, vejam só...)
alinharam-nos por grandes categorias, de acordo com
a geografia e o clima, uns na África, outros na Europa,
outros ainda da Ásia, e por aí fora .
Foi então que entraram se serviço as religiões, que ten-
taram, sem sucesso ( como na União Europeia) dividir
o mundo em classes ainda mais restritivas, e quiseram
classificar as pessoas, com normas mais rígidas e seve-
ras .
Não matarás ( como tudo está mu
dado ...),
Não cobiçarás a mulher do próximo,
( próximo, homem, mulher, ou assim,
assim ...) .
Já tinha sido inventado o Trabalho, mas a coisa ainda não
se tinha espalhado tão drasticamente e surgiu a dicotomia
entre senhores e servos, patrões e operários, ricos e pobres .
Então não é que queriam ser todos iguais .
Queriam ter uma casa, um automóvel, uma casa na praia,
ir passear ao estrangeiro .
É a grande bagunçada,
com greves, polícia, porrada, canhões de água, gás lacrino-
mogénio, e todo um arsenal sofisticado .
Claro que desde tempos imemoriais tinham inventado as
prisões com serviço completo ...
Não podia ser ...
Até eu, que tenho alguma linhagem, não estava disposto a
prescindir das minhas diferenças, que diabo ...
Tenham maneiras ,
então já não se respeitam as hierarquias ?!...
.
Deus (?) criou Adão e Eva,
por sinal, bem diferentes um do outro, digamos suple-
mentares ou complementares, e lá tinha as suas razões .
Depois foram criados (?) muitos mais, gente de toda a
espécie, sem qualquer critério aparente .
As alterações climáticas (já naquele tempo, vejam só...)
alinharam-nos por grandes categorias, de acordo com
a geografia e o clima, uns na África, outros na Europa,
outros ainda da Ásia, e por aí fora .
Foi então que entraram se serviço as religiões, que ten-
taram, sem sucesso ( como na União Europeia) dividir
o mundo em classes ainda mais restritivas, e quiseram
classificar as pessoas, com normas mais rígidas e seve-
ras .
Não matarás ( como tudo está mu
dado ...),
Não cobiçarás a mulher do próximo,
( próximo, homem, mulher, ou assim,
assim ...) .
Já tinha sido inventado o Trabalho, mas a coisa ainda não
se tinha espalhado tão drasticamente e surgiu a dicotomia
entre senhores e servos, patrões e operários, ricos e pobres .
Então não é que queriam ser todos iguais .
Queriam ter uma casa, um automóvel, uma casa na praia,
ir passear ao estrangeiro .
É a grande bagunçada,
com greves, polícia, porrada, canhões de água, gás lacrino-
mogénio, e todo um arsenal sofisticado .
Claro que desde tempos imemoriais tinham inventado as
prisões com serviço completo ...
Não podia ser ...
Até eu, que tenho alguma linhagem, não estava disposto a
prescindir das minhas diferenças, que diabo ...
Tenham maneiras ,
então já não se respeitam as hierarquias ?!...
.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
UMA PARÁBOLA .
Parece tratar-se duas árvores parecidas, mas no fundo,
são muito diferentes .
Ambas costumam ladear os cursos de água, por isso são
espécies de crescimento rápido .
Têm folhas diferenciadas, o Salgueiro de folha caduca,
de cor amarelada :
O Choupo, de folha branca cinza, e de folha perene .
Mas a grande diferença entre elas, reside no carácter
e temperamento de cada uma delas .
O Choupo é uma árvore orgulhosa, com um troco forte, ere-
cto, com imensa ramagem, de antes quebrar do que torcer .
O Salgueiro, de ramos nus, vai-se adaptando com grande
facilidade às torrentes de água que se formam durante
o Inverno .
Acontece que, quando os rios e ribeiros enchem e a torrente
corre forte,o Salgueiro adapta-se perfeitamente ao poder da
água, e escapa à invernia .
Já o Chopuo altivo e determinado, luta desesperadamente com
o temporal, e acaba por sucumbir à enxurrada .
Também as pessoas, como as árvores, divergem muito de caso
para caso, como acontece com o choupo e o salgueiro .
.
são muito diferentes .
Ambas costumam ladear os cursos de água, por isso são
espécies de crescimento rápido .
Têm folhas diferenciadas, o Salgueiro de folha caduca,
de cor amarelada :
O Choupo, de folha branca cinza, e de folha perene .
Mas a grande diferença entre elas, reside no carácter
e temperamento de cada uma delas .
O Choupo é uma árvore orgulhosa, com um troco forte, ere-
cto, com imensa ramagem, de antes quebrar do que torcer .
O Salgueiro, de ramos nus, vai-se adaptando com grande
facilidade às torrentes de água que se formam durante
o Inverno .
Acontece que, quando os rios e ribeiros enchem e a torrente
corre forte,o Salgueiro adapta-se perfeitamente ao poder da
água, e escapa à invernia .
Já o Chopuo altivo e determinado, luta desesperadamente com
o temporal, e acaba por sucumbir à enxurrada .
Também as pessoas, como as árvores, divergem muito de caso
para caso, como acontece com o choupo e o salgueiro .
.
domingo, 11 de dezembro de 2016
À BOLEIA DE MARCELO .
A língua portuguesa é muito viva .
Mas a nossa imaginação não tem
limites .
Sou um grande entusiasta dos jogos de palavras,
dos trocadilhos, dos subentendidos .
Décadas de Ditadura a fechar a boca, que não a
inteligência, mais o nosso ADN, forjado pelas imensas
misturas de povos, de raças, religiões ( o chamado melting
point cultural ), produziram, desde sempre, uma maneira
de estar e pensar inteligente, mas ao mesmo tempo matrei-
ra, transformando uma gente macambúzia, mas com gran-
de sentido de humor .
Vem isto, a propósito do lançamento do novo modelo de au-
tomóvel da Wolksvagner, a produzir em Palmela, numa ses-
são em que estiveram presentes o PR e o PM .
Após o encontro , os dois Presidentes saíram juntos, e, como
por acaso, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu emprestado uma
viatura de série, sentou-se ao volante, chamou António Costa
a sentar-se ao seu lado, e com grande descontracção, foram
dar uma voltinha .
Uma coisa assim, nunca vista, só seria possível num País co
mo Portugal .
FELIZMENTE ...
.
Mas a nossa imaginação não tem
limites .
Sou um grande entusiasta dos jogos de palavras,
dos trocadilhos, dos subentendidos .
Décadas de Ditadura a fechar a boca, que não a
inteligência, mais o nosso ADN, forjado pelas imensas
misturas de povos, de raças, religiões ( o chamado melting
point cultural ), produziram, desde sempre, uma maneira
de estar e pensar inteligente, mas ao mesmo tempo matrei-
ra, transformando uma gente macambúzia, mas com gran-
de sentido de humor .
Vem isto, a propósito do lançamento do novo modelo de au-
tomóvel da Wolksvagner, a produzir em Palmela, numa ses-
são em que estiveram presentes o PR e o PM .
Após o encontro , os dois Presidentes saíram juntos, e, como
por acaso, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu emprestado uma
viatura de série, sentou-se ao volante, chamou António Costa
a sentar-se ao seu lado, e com grande descontracção, foram
dar uma voltinha .
Uma coisa assim, nunca vista, só seria possível num País co
mo Portugal .
FELIZMENTE ...
.
sábado, 10 de dezembro de 2016
DEZEMBRO .
O Mês de todas as tempestades .
Nada me faz aquecer o coração,
neste Dezembro gélido e sombrio, em que o Sol
se apagou e a Lua aparece envergonhada .
Que me importa a sequência dos dias e das horas,
se o relógio está parado há tanto tempo .
Que me interessa o mistério do Big Bang,
a origem da Terra e das estrelas,
a velocidade da luz e a estrutura da matéria,
ou como a vida é gerada no ventre das mães .
Que me interessam os disparates do Trump,
e as jogadas do Putin, as guerras que vão pelo
mundo .
Não quero saber de quem casa e descasa
a cada dia que passa,
como gira a montanha russa da Bolsa de Nova
Yorque, Londres ou Paris,
nem ouvir as patacoadas dos nossos medíocres polí-
ticos, mastigando o lixo da política .
Não me importa o tempo que faz, se chove ou se faz
sol, se está frio ou um calos de rachar .
Já nada me interessa de importante .
Nada me traz um pouco de Alegria ou de Paz,
à minha alma descarnada .
A minha Grande Guerra
foi com a vida e com a morte .
Uma guerra sem quartel,
com todas as armas que consegui esgrimir,
trespassando com todos os inimigos à volta,
partindo sempre para novas batalhas que travámos .
Agora, que me importa ...
.
Nada me faz aquecer o coração,
neste Dezembro gélido e sombrio, em que o Sol
se apagou e a Lua aparece envergonhada .
Que me importa a sequência dos dias e das horas,
se o relógio está parado há tanto tempo .
Que me interessa o mistério do Big Bang,
a origem da Terra e das estrelas,
a velocidade da luz e a estrutura da matéria,
ou como a vida é gerada no ventre das mães .
Que me interessam os disparates do Trump,
e as jogadas do Putin, as guerras que vão pelo
mundo .
Não quero saber de quem casa e descasa
a cada dia que passa,
como gira a montanha russa da Bolsa de Nova
Yorque, Londres ou Paris,
nem ouvir as patacoadas dos nossos medíocres polí-
ticos, mastigando o lixo da política .
Não me importa o tempo que faz, se chove ou se faz
sol, se está frio ou um calos de rachar .
Já nada me interessa de importante .
Nada me traz um pouco de Alegria ou de Paz,
à minha alma descarnada .
A minha Grande Guerra
foi com a vida e com a morte .
Uma guerra sem quartel,
com todas as armas que consegui esgrimir,
trespassando com todos os inimigos à volta,
partindo sempre para novas batalhas que travámos .
Agora, que me importa ...
.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
A IDEIA DE PÁTRIA .
Portugal foi talvez o primeiro País do Mundo
a interiorizar a ideia de Pátria .
o que não era fácil, nem usual para a época, em
plena Idade Média, em que dominavam os sen-
hores feudais, com forte preponderância do uso
do poder absoluto e completamente discricionário.
Mas foi assim, na nossa História,
sempre em luta com inimigos externos poderosos,
mas com o Amén do Papado, e como aliados a Grâ-
-Bretanha e a ajuda inestimável do glorioso Vinho
do Porto .
Que venham agora os bárbaros do Norte e do Leste
europeu, tentar ditar as regras que nós criámos há
9 Séculos, até da vontade de rir .
Que sabem eles ?.
Não sabem nada, de nada .
Só roubar,
dividir para reinar,
encher as tulhas de vinho novo,
impor o pensamento único,
subjugar os mais fracos económica-
mente,
calcar tudo e todos,
fixar o tamanho das cuecas e dos preservativos .
São piratas a soldo,
está-lhes no sangue .
Mas jamais passarão ...
.
a interiorizar a ideia de Pátria .
o que não era fácil, nem usual para a época, em
plena Idade Média, em que dominavam os sen-
hores feudais, com forte preponderância do uso
do poder absoluto e completamente discricionário.
Mas foi assim, na nossa História,
sempre em luta com inimigos externos poderosos,
mas com o Amén do Papado, e como aliados a Grâ-
-Bretanha e a ajuda inestimável do glorioso Vinho
do Porto .
Que venham agora os bárbaros do Norte e do Leste
europeu, tentar ditar as regras que nós criámos há
9 Séculos, até da vontade de rir .
Que sabem eles ?.
Não sabem nada, de nada .
Só roubar,
dividir para reinar,
encher as tulhas de vinho novo,
impor o pensamento único,
subjugar os mais fracos económica-
mente,
calcar tudo e todos,
fixar o tamanho das cuecas e dos preservativos .
São piratas a soldo,
está-lhes no sangue .
Mas jamais passarão ...
.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
UMA HARPIA CHAMADA LUÍSA .
Como é que uma espia ao serviço do capital internacional,
uma víbora traiçoeira, que tem vindo a lixar o País, conti-
tinua e impunemente a executar o papel de serpente perigo-
sa, abocanhando os interesses de Portugal, inculcando ve-
neno em barda nas coitadas vítimas, que nem sequer sabem
que estão a ser picadas, e não existe nenhum antídoto que,
à cacetada lhe parta a espinha e lhe esmague a cabeça .
Eu sei, de há muito, que o capital não
tem Pátria,
mas é sadismo doentio, deixar entrar e viver entre nós, tão
horripilante monstro .
Devia ser importante criar um passaporte especial para
barrar este tipo de bandidos .
.
uma víbora traiçoeira, que tem vindo a lixar o País, conti-
tinua e impunemente a executar o papel de serpente perigo-
sa, abocanhando os interesses de Portugal, inculcando ve-
neno em barda nas coitadas vítimas, que nem sequer sabem
que estão a ser picadas, e não existe nenhum antídoto que,
à cacetada lhe parta a espinha e lhe esmague a cabeça .
Eu sei, de há muito, que o capital não
tem Pátria,
mas é sadismo doentio, deixar entrar e viver entre nós, tão
horripilante monstro .
Devia ser importante criar um passaporte especial para
barrar este tipo de bandidos .
.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
O CALOIRO .
Tantas vezes que atravessei a Europa .
Tomei contacto com vários e diferentes povos,
em muitos dos quais nunca deixou de imperar um nacio-
nalismo serôdio .
Foi importante tentar descortinar as suas diferenças e as
suas semelhanças .
Nas primeiras vezes que viajava, Portugal era olhado de
lado, com uma certa condescendência, tratado como um
país de 2ª. classe, pelos chamados países civilizados, ou
tidos como mais avançados .
Portugal era colocado entre os povos em transição, como
se tivessem de atravessar uma certa adolescência, até atin-
gir a maturidades social e política, ao lado da Grécia, Tur-
quia, Jugoslávia, da Polónia e da Albânia .
A entrada na CEE veio alterar um
pouco esse estado de coisas .
Passei ao estatuto de caloiro bem comportado, com acesso
a bolsas de estudo e a fundos comunitários .
Tinha voto igual aos demais, exercia a regra da unanimida-
de, mas seria fortemente criticado se alguma vez ousasse
votar contra qualquer coisa .
Foi o 25 de Abrir que viria pôr Portugal,
a pouco e pouco, no mapa,
Tinha-se transformado num caso para estudo, de toda aque-
inteligência, que vinha estudar como foi possível fazer
uma Revolução com cravos, e ainda protagonizada por
militares.
Só então os bárbaros do Norte começaram
a bater a bola mais baixinho .
Jamais lhes passaria pela cabeça,
que um dia viríamos a ser
CAMPEÕES DA EUROPA ...
.
Tomei contacto com vários e diferentes povos,
em muitos dos quais nunca deixou de imperar um nacio-
nalismo serôdio .
Foi importante tentar descortinar as suas diferenças e as
suas semelhanças .
Nas primeiras vezes que viajava, Portugal era olhado de
lado, com uma certa condescendência, tratado como um
país de 2ª. classe, pelos chamados países civilizados, ou
tidos como mais avançados .
Portugal era colocado entre os povos em transição, como
se tivessem de atravessar uma certa adolescência, até atin-
gir a maturidades social e política, ao lado da Grécia, Tur-
quia, Jugoslávia, da Polónia e da Albânia .
A entrada na CEE veio alterar um
pouco esse estado de coisas .
Passei ao estatuto de caloiro bem comportado, com acesso
a bolsas de estudo e a fundos comunitários .
Tinha voto igual aos demais, exercia a regra da unanimida-
de, mas seria fortemente criticado se alguma vez ousasse
votar contra qualquer coisa .
Foi o 25 de Abrir que viria pôr Portugal,
a pouco e pouco, no mapa,
Tinha-se transformado num caso para estudo, de toda aque-
inteligência, que vinha estudar como foi possível fazer
uma Revolução com cravos, e ainda protagonizada por
militares.
Só então os bárbaros do Norte começaram
a bater a bola mais baixinho .
Jamais lhes passaria pela cabeça,
que um dia viríamos a ser
CAMPEÕES DA EUROPA ...
.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
CONVERSA DE BÊBADOS .
É lastimável e ridículo o papel que os pretensos líderes
da direita portuguesa continuam a representar na cena
política nacional e internacional .
Não querem, não podem ou não sabem apresentar uma
visão minimamente actualizada da realidade,
e arriscam-se a ir deteriorando o capital político angari-
ado pela mentira social democrata, encenada nos últimos
40 anos .
Ainda bem que assim é,
A Democracia agradece,
reconhecida .
.
da direita portuguesa continuam a representar na cena
política nacional e internacional .
Não querem, não podem ou não sabem apresentar uma
visão minimamente actualizada da realidade,
e arriscam-se a ir deteriorando o capital político angari-
ado pela mentira social democrata, encenada nos últimos
40 anos .
Ainda bem que assim é,
A Democracia agradece,
reconhecida .
.
Questão de tempo .
As catedrais levavam séculos a erigir .
Era esse o relógio que marcava o tempo nas sociedades
pré-industriais . O ritmo da vida era demasiado lento para
acudir às grandes transformações sociais e políticas já que
se adivinhavam .
Era como se o tempo tivesse parado .
Hoje em dia, tudo acontece à velocidade da luz . e numa
realidade virtual estonteante .
É impossível travar os acontecimentos quotidianos .
Antes de acordarmos, já o destino de milhões de pessoas es-
tá determinado, para o bem e para o mal .
O domínio do mundo é cada vez mais de quem possui os ins-
trumentos que condicionam a informação e os meios da sua
difusão, mais ainda do que a posse dos vectores tecnológicos .
A adaptação às novas realidades não acompanha ritmo do res-
surgimento e ampliação das tecnologias sempre em evolução .
O tempo de mudança das novas plataformas, mal chega para
se processar o completo uso de uma nova aplicação .
Recordo-me dos anos 50/60, em que as grandes firmas de ma-
terial fotográfico, aguardavam o fim do uso generalizado da
película a preto e branco, para ser espalhado no mercado, da
fotografia a cores .
A concorrência e a espionagem tecnológica, sempre à espreita,
destruiram por completo tal facto .
Hoje em dia, quem se atrasar um segundo que seja, está liqui-
dado .
.
Era esse o relógio que marcava o tempo nas sociedades
pré-industriais . O ritmo da vida era demasiado lento para
acudir às grandes transformações sociais e políticas já que
se adivinhavam .
Era como se o tempo tivesse parado .
Hoje em dia, tudo acontece à velocidade da luz . e numa
realidade virtual estonteante .
É impossível travar os acontecimentos quotidianos .
Antes de acordarmos, já o destino de milhões de pessoas es-
tá determinado, para o bem e para o mal .
O domínio do mundo é cada vez mais de quem possui os ins-
trumentos que condicionam a informação e os meios da sua
difusão, mais ainda do que a posse dos vectores tecnológicos .
A adaptação às novas realidades não acompanha ritmo do res-
surgimento e ampliação das tecnologias sempre em evolução .
O tempo de mudança das novas plataformas, mal chega para
se processar o completo uso de uma nova aplicação .
Recordo-me dos anos 50/60, em que as grandes firmas de ma-
terial fotográfico, aguardavam o fim do uso generalizado da
película a preto e branco, para ser espalhado no mercado, da
fotografia a cores .
A concorrência e a espionagem tecnológica, sempre à espreita,
destruiram por completo tal facto .
Hoje em dia, quem se atrasar um segundo que seja, está liqui-
dado .
.
Os estilhaços da Europa .
Mais uma bomba de grande potência
atingiu a Europa .
Caiu em cheio, com enorme estrondo na Itália, atingin-
do o coração do país .
Há quem tenha ficado feliz pela explosão .
Os fanáticos do quanto pior, melhor, rejubilam .
A grande maioria está-se nas tintas .
Outros cheiram o perigo, mas não entendem muito bem
o que está a acontecer .
Os Berlusconnis estão à espreita .
Fico muito triste por observar que a Pátria da Arte e do Re-
nascimento se esteja a esvair à vista de toda a gente, e a as-
sistir impotente à lenta agonia de um mundo que me é tão
querido, de onde irradiou a civilização, tal como a conhece-
mos hoje .
Juntamente com a Grécia, outro país em estado de coma, fo-
ram os arautos de um tempo que descobriu a beleza e a feli-
cidade, ainda que temporária e parcialmente .
Os preconceitos economicistas que vêm prevalecendo nos
dias que correm, irão conduzir o Mundo a uma situação de
trevas, que levaram séculos a a iluminar .
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atingiu a Europa .
Caiu em cheio, com enorme estrondo na Itália, atingin-
do o coração do país .
Há quem tenha ficado feliz pela explosão .
Os fanáticos do quanto pior, melhor, rejubilam .
A grande maioria está-se nas tintas .
Outros cheiram o perigo, mas não entendem muito bem
o que está a acontecer .
Os Berlusconnis estão à espreita .
Fico muito triste por observar que a Pátria da Arte e do Re-
nascimento se esteja a esvair à vista de toda a gente, e a as-
sistir impotente à lenta agonia de um mundo que me é tão
querido, de onde irradiou a civilização, tal como a conhece-
mos hoje .
Juntamente com a Grécia, outro país em estado de coma, fo-
ram os arautos de um tempo que descobriu a beleza e a feli-
cidade, ainda que temporária e parcialmente .
Os preconceitos economicistas que vêm prevalecendo nos
dias que correm, irão conduzir o Mundo a uma situação de
trevas, que levaram séculos a a iluminar .
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
UMA QUESTÃO DE ADN .
Tenho muita dificuldade em fazer amigos, bons amigos,
amigos verdadeiros e duráveis .
Que possam atender aos meus anseios .
Não sou daqueles que conseguem entrar com facilidade
no chamado discurso correctamente correcto, nem usar
tiques de novela cor de rosa .
Sou seco, áspero, duro, directo e sem subterfúgios,
o que me leva, por veze a ultrapassar os limites do razoá-
vel .
Gosto de provoca as pessoas, para ver se elas deitam algum
sumo, mas em regra, não ganho nada com isso .
Com a minha inabilidade,
consigo afugentar muita gente, que me encara como uma
entidade ameaçadora .
Tudo isso é verdade, mas como as pessoas se enganam .
Usam e abusam da palavra EU,
mas raramente utilizam a palavra TU .
É tudo malta respeitadora do próximo, de Deus e das insti-
tuições, do seu orgulho e do seu património .
Mas eu ainda tenho direito à diferença .
É um questão de ADN ...
.
amigos verdadeiros e duráveis .
Que possam atender aos meus anseios .
Não sou daqueles que conseguem entrar com facilidade
no chamado discurso correctamente correcto, nem usar
tiques de novela cor de rosa .
Sou seco, áspero, duro, directo e sem subterfúgios,
o que me leva, por veze a ultrapassar os limites do razoá-
vel .
Gosto de provoca as pessoas, para ver se elas deitam algum
sumo, mas em regra, não ganho nada com isso .
Com a minha inabilidade,
consigo afugentar muita gente, que me encara como uma
entidade ameaçadora .
Tudo isso é verdade, mas como as pessoas se enganam .
Usam e abusam da palavra EU,
mas raramente utilizam a palavra TU .
É tudo malta respeitadora do próximo, de Deus e das insti-
tuições, do seu orgulho e do seu património .
Mas eu ainda tenho direito à diferença .
É um questão de ADN ...
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
A FOTO DA PGA .
Tenho andado a vasculhar a pente fino a minha casa
da Che TECTO, que tem estado um pouco abando-
nada há vários anos, e nela tenho juntado o lixo de
uma vida .
O lixo, o pó e milhares de papéis, que tenho guar-
dado, para memória futura .
Papéis que vinha juntando, como de um tesouro
precioso se tratasse .
De quando em vez, tenho que ir reciclando essa tral-
ha, por razões de segurança e falta de espaço .
Como no romance de Humberto Ecco, A Maravi-
lhosa Aventura da Princesa Luana,
estou separando os documentos os documentos encon-
trados pelo protagonista do romance , num velho sótão
da família, começando por tirar as camadas exteriores
do espólio .
Ao folhear os papéis do Mário Pedro, num molho da-
tado de 1987, encontrei um artigo publicado no Expre-
sso, com data de 13 de Junho ( que coincidência), onde
eram mostradas algumas fotografias da manif junto à
Av. 5 de Outubro, em frente ao Ministério da Educação .
Numa dela lá estava o Mário Pedro, gesticulando forte-
mente, na cabeça da Manifestação contra a Prova Geral
de Acesso `Universidade .
Em regra, não sou pessoa de chorar,
mas hoje, ao rever a fotografia,
as lágrimas correram rosto abaixo .
E chorei que nem uma Madalena .
Deixei soltar o pranto,
armazenado tantos segundos, minutos, horas, dias e anos,
e assim fiquei, recolhido, recordando e revisitando o meu
filho .
.
da Che TECTO, que tem estado um pouco abando-
nada há vários anos, e nela tenho juntado o lixo de
uma vida .
O lixo, o pó e milhares de papéis, que tenho guar-
dado, para memória futura .
Papéis que vinha juntando, como de um tesouro
precioso se tratasse .
De quando em vez, tenho que ir reciclando essa tral-
ha, por razões de segurança e falta de espaço .
Como no romance de Humberto Ecco, A Maravi-
lhosa Aventura da Princesa Luana,
estou separando os documentos os documentos encon-
trados pelo protagonista do romance , num velho sótão
da família, começando por tirar as camadas exteriores
do espólio .
Ao folhear os papéis do Mário Pedro, num molho da-
tado de 1987, encontrei um artigo publicado no Expre-
sso, com data de 13 de Junho ( que coincidência), onde
eram mostradas algumas fotografias da manif junto à
Av. 5 de Outubro, em frente ao Ministério da Educação .
Numa dela lá estava o Mário Pedro, gesticulando forte-
mente, na cabeça da Manifestação contra a Prova Geral
de Acesso `Universidade .
Em regra, não sou pessoa de chorar,
mas hoje, ao rever a fotografia,
as lágrimas correram rosto abaixo .
E chorei que nem uma Madalena .
Deixei soltar o pranto,
armazenado tantos segundos, minutos, horas, dias e anos,
e assim fiquei, recolhido, recordando e revisitando o meu
filho .
.
A MAGIA DO TEMPO .
Coisa estranha o tempo .
Curiosa abstracção que dá que pensar, e que domina tão
marcadamente a nossa vida .Ontem
Ontem era Novembro, hoje é Dezembro .
Como a nossa vida era regida por ciclos, uns maiores, ou-
tros mais pequenos, um que que ia do nascimento, até à
morte de um a pessoa, e era Deus que marcava o compas-
so, outro , mais regular, que nos indicava o movimento do
Sol, atrás da Lua, o aparecimento do dia, alternando sem-
pre com a escuridão, como se os astros andassem a brincar
à apanhada .
Como devia ter sido confuso viver no
mundo das trevas, emque nunca sabíamos
a quantas andávamos .
E no entanto, o tempo não existe .
O que existe, é a nossa capacidade de ir pontuando os factos
que nos acontecem e que decidem a nossa vida, uns agradá-
veis, outros de dor e sofrimento, uns que nos pontificam a
nossa alegria e a nossa felicidade, outros que nos dão conta dos
factos pesares e desgraças . .
É a Vida.
Deus lá sabe .
O que tem que ser, tem muita força .
Veremos o que acontece .
Sabe-se lá quando .
O futuro não se conhece .
Até que inventámos o calendário ...
Invenção poderosa, decisiva, que hoje nos faz sorrir, porque
as coisas mais importantes, nos parecem insignificantes .
Os homens, seres pensantes, senhores dos seus poderes,
talvez devessem parar algum tempo para reflectir um pouco
sobre estas ninharias .
.
Curiosa abstracção que dá que pensar, e que domina tão
marcadamente a nossa vida .Ontem
Ontem era Novembro, hoje é Dezembro .
Como a nossa vida era regida por ciclos, uns maiores, ou-
tros mais pequenos, um que que ia do nascimento, até à
morte de um a pessoa, e era Deus que marcava o compas-
so, outro , mais regular, que nos indicava o movimento do
Sol, atrás da Lua, o aparecimento do dia, alternando sem-
pre com a escuridão, como se os astros andassem a brincar
à apanhada .
Como devia ter sido confuso viver no
mundo das trevas, emque nunca sabíamos
a quantas andávamos .
E no entanto, o tempo não existe .
O que existe, é a nossa capacidade de ir pontuando os factos
que nos acontecem e que decidem a nossa vida, uns agradá-
veis, outros de dor e sofrimento, uns que nos pontificam a
nossa alegria e a nossa felicidade, outros que nos dão conta dos
factos pesares e desgraças . .
É a Vida.
Deus lá sabe .
O que tem que ser, tem muita força .
Veremos o que acontece .
Sabe-se lá quando .
O futuro não se conhece .
Até que inventámos o calendário ...
Invenção poderosa, decisiva, que hoje nos faz sorrir, porque
as coisas mais importantes, nos parecem insignificantes .
Os homens, seres pensantes, senhores dos seus poderes,
talvez devessem parar algum tempo para reflectir um pouco
sobre estas ninharias .
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