O ano que agora termina foi fértil em acontecimentos que
nos deixam crescer água na boca .
É como se a História se tivesse acelerado de repente, alte-
rando as leis da relatividade .
A nível internacional, para além de muitos factos, sobressai
a eleição presidencial de Donald Trump, só possível pela igno-
rãncia colectiva de um país que se gaba(ou lhe gabam) o seu
alto grau de democraticidade, com um sistema eleitoral, em
muitos casos completamente arcaico, e ainda uma lei eleito-
ral do tempo da idade da pedra .
Em segundo lugar, aparece a trapalhada confusa do Brexit,
a saída inexperada do Reino Unido, da UE .
Ficou tudo da cara à banda, sem ninguém habilitado a dar
uma explicação razoável, nem do facto em si, nem das raz-
zões que o determinaram .
É uma pedrada na des(União) de consequências imprevisí-
veis .
A nível nacional, tenho que por em evidência a aventura sem
rede, que foi a invenção da chamada Geringonça, a sua utili-
zação inesperada, e o êxito que veio trazer a um novo processo
de fazer política em Portugal
.