sexta-feira, 13 de maio de 2016

O TEU NOME É CORAGEM .

Às vezes ponho-me a mexer e a remexer nas coisas
do Mário Pedro .
Pequenos objectos, lembranças, alguns papéis, um 
guarda chaves, um bilhete de cinema, outro de um 
concerto a que assististe, um postal, um recibo, etc.

E num instante tudo vem ao de cima, recordações,
sentimentos, emoções, estados de alma .
A Coragem, a Força, a Resistência, a Paciência, que
sempre demonstraste, mesmo nas alturas mais negras
e mais dolorosas .

E nada nos dizias sobre esse sufoco e desse desespero,
para que não fossemos também nós a sofrer .

Dizias que estavas com a pedrada, recolhias ao teu
quarto, ficavas na penumbra, em silêncio .

Raramente te vi chorar ou maldizer a tua sorte.

Afastavas sempre o lado mais sombrio das coisas;
tinhas sempre um pensamento positivo, para te anima-
res e para nos animar também .

E foi assim, quase até ao fim .

Quanta coragem nos mostraste,
durante o teu longo e sofrido calvário .
.