quinta-feira, 5 de maio de 2016

OS PARTIDOS TRAVESTI .

Uma questão de princípios .
Os Partidos travestidos .

À medida que a Revolução seguia o seu curso, 
criavam-se partidos, como quem planta cogumelos .
Todos queriam acompanhar a pureza ideológica e 
programática .

Ora a maioria desses grupelhos partidários, foram-se
afirmando em torno das ideias mal importadas de ou-
tras paragens e de outros quadrantes, todos pugnando 
por um ADN melhorado.

Era preciso ter um pelouro na jovem Democracia Por-
tuguesa . 
Depois logo se veria o nome, o programa, a linha polí-
tica e as linhas de acção .

Como o Bocage,
estavam todos à espera da última 
moda .

Integrado na Internacional, O PS foi o único que se 
manteve, até hoje, com os mesmos objectivos de há qua-
se cinquenta anos .

Mesmo assim. o Partido de Mário Soares, foi largando 
muitas das suas componentes, como foi o caso da  FRS,
da UEDS, e mais tarde do MES, cortando sempre as fa-
tias mais à esquerda do bolo do Socialismo .

Mas a grande sangria ficou a dever-se ao General Rama-
lho Eanes, que inspirou o PRD, e quebrou o PS ao meio .
com os resultados bem conhecidos 

Quanto aos outros, depressa fizeram desaparecer as pala-
vras Socialista e Social Democrata .

O PPD virou PSD, depois Asdi, mais tarde PPD/PSD,
depois ainda AD,  OS Inadíáveis, Partido Liberal  e PAF.

Que grande barrigada ...

O CDS, envergonhado com a vida que levava, passou a PP,
e escondeu-se, com o rabo de fora, por debaixo das cuecas
dos partido do Cavaco .

Ouros afluentes provieram das hostes Otelistas, germinando
a OUT e a FUP,

Os Marxitas Lelinistas, juntamente com outra malta da es-
querda caviar e os Trotskistas, viriam a colar as peças des-
se estranho puzzle em que se transformou no BE .

No meio desta salgalhada, só o CDS não viria a jurar a cons-
tituição Portuguesa, 

a caminho do Socialismo .
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