Uma questão de princípios .
Os Partidos travestidos .
À medida que a Revolução seguia o seu curso,
criavam-se partidos, como quem planta cogumelos .
Todos queriam acompanhar a pureza ideológica e
programática .
Ora a maioria desses grupelhos partidários, foram-se
afirmando em torno das ideias mal importadas de ou-
tras paragens e de outros quadrantes, todos pugnando
por um ADN melhorado.
Era preciso ter um pelouro na jovem Democracia Por-
tuguesa .
Depois logo se veria o nome, o programa, a linha polí-
tica e as linhas de acção .
Como o Bocage,
estavam todos à espera da última
moda .
Integrado na Internacional, O PS foi o único que se
manteve, até hoje, com os mesmos objectivos de há qua-
se cinquenta anos .
Mesmo assim. o Partido de Mário Soares, foi largando
muitas das suas componentes, como foi o caso da FRS,
da UEDS, e mais tarde do MES, cortando sempre as fa-
tias mais à esquerda do bolo do Socialismo .
Mas a grande sangria ficou a dever-se ao General Rama-
lho Eanes, que inspirou o PRD, e quebrou o PS ao meio .
com os resultados bem conhecidos
Quanto aos outros, depressa fizeram desaparecer as pala-
vras Socialista e Social Democrata .
O PPD virou PSD, depois Asdi, mais tarde PPD/PSD,
depois ainda AD, OS Inadíáveis, Partido Liberal e PAF.
Que grande barrigada ...
O CDS, envergonhado com a vida que levava, passou a PP,
e escondeu-se, com o rabo de fora, por debaixo das cuecas
dos partido do Cavaco .
Ouros afluentes provieram das hostes Otelistas, germinando
a OUT e a FUP,
Os Marxitas Lelinistas, juntamente com outra malta da es-
querda caviar e os Trotskistas, viriam a colar as peças des-
se estranho puzzle em que se transformou no BE .
No meio desta salgalhada, só o CDS não viria a jurar a cons-
tituição Portuguesa,
a caminho do Socialismo .
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