Já várias vezes que vi, no Jardim Botânico,
da antiga Faculdade de Ciências, em Lisboa,
alguns exemplos de
plantas carnívoras .
Fazia-me confusão como é que as plantas podiam
comer os insectos e outra bicharada .
Verifiquei posteriormente que eram pequenas plan-
tas que, quando eram tocadas por animais muito
pequenos, fechavam-se como minúscula campânu-
las, guardando-os , asfixiando-os e devorando-os
lentamente .
Tinha descoberto o bruxado .
Ultimamente, tenho andado a matutar em algo mais
em grande .
Descobri então que as plantas se dividem em dois gran-
des grupos :
As caducas
e as persistentes,
consoante a natureza da seiva que que nelas circula e a
temperatura ambiental a que estão sujeitas.
Nalgumas,
a seiva vai arrefecendo, à medida que o Outono avança, e
verifica-se o repouso biológico .
Caiem as folhas, e as plantas vegetam mesmo .
Noutro tipo de plantas, mais adaptadas, (pelo efeito crios-
cópico), conseguem trasportar a seiva durante todo o ano .
Estas, em vez de ficarem em repouso, hibernam .
Não é pequena a diferença, claro .
As caducas desenvolvem-mais devagar .
Outros efeitos dizem respeito a outros factores -
a velocidade de absorção de água e a ocupação do espaço,
e muitas outras .
Tenho-me debruçado sobre o efeito da luz .
e é aí que se nota o fenómeno mais dramático .
Os pinheiros avançam por cima das borracheiras,
vão-lhe tapando progressivamente cada vez mais luz, e vão-
-nas matando à míngua de sol .
Não é só o reino animal que se serve de
predadores .
O mesmo se passa no reino vegetal .
E com o BICHO HOMEM ?!...
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