sexta-feira, 20 de maio de 2016

A LA RECHERCHE DU TEMPS PERDU .

Ai se eu soubesse o que sei hoje ...
Ai se a minha avó não morresse ...
Ai se a vaca não tossisse ...
Ai se eu mandasse ...
Ai se  eu pudesse ...
Ai quem me dera ...

Será que tinha mudado muita coisa na minha 
vida .
Ou mudaria muitas outras, na ânsia da perfeição .
Não sei, mas isso agora pouco ou nada interessa .
Até porque o Mundo mudou tanto, e eu, com ele, 
mudei muito mais .

Sempre fui avesso a mudanças drásticas,
embora sonhasse, por vezes, com a ideia de uma re-
volução purificadora da Humanidade .

Assisti a grandes alterações na minha vida,
mas raramente concretizei inovações de risco .

Tive uma vida cheia,
fiz coisas importantes,
mas sempre com navegação à vista .
Às vezes arrisquei, umas veses ganhei, outras vezes 
perdi .

Que importa isso agora .
Tentei dar testemunho do quotidiano da vida,
e das emoções que vivi, e não me arrependo .

De que vale chover no 
molhado ...
.