A paixão pela floresta .
E vão mais de dois anos de mandato
presidencial.
O Presidente não tem que saber tudo, nem pode
resolver tudo .
Mas deveria ter o mínimo conhecimento de que os
problemas que tratam do território, são fundamen
tais para a existência de Portugal como Nação sobe-
rana .
O PIB, a dívida, o crescimento, o défice e tantas ou-
tras miudezas económicas, são importantes, claro,
mas a defesa do nosso património material, histórico,
cultural e a nossa população e o nosso território é que
formatam estruturalmente Portugal .
O Primeiro Magistrado devia (ou deve) ser o primei-
ro a bulir com este tipo de problemáticas, tendo per-
dido tanto tempo em jogos florais .
Acresce que o PR deveria de estar rodeado de gente
capaz de poder acudir às questões fundamentais do
País .
Foi muito feio o que Marcelo fez durante a situação
de catástrofe ocorrida neste Verão, ao vir atribuir a
maior parte das culpas pelo acontecido, ao PM e ao
Governo .
Além de ser incorrecto e injusto, peca por falta de
sentido de Estado e quebra de solidariedade pessoal
e institucional .
Deveria ter coexistido em todo uma cooperação acti-
va e participada entre todos os Órgãos de Soberania,
(incluindo a oposição, que só veio atiçar mais o lume,
traiçoeiramente), dar tempo ao primeiro ataque ao
desastre, e apoio imediato à reconstrução e à indemi-
nização das vítimas, antes de partir estupidamente pa-
ra a caça ás bruxas .
A reacção do Governo foi desajustada, precipitada e
desconexa, mas dada a enormidade da calamidade, e
a complexidade dos acontecimentos
Marcelo teve um comportamento ina-
dequado, e errado,
para não utilizar outra adjectivação mais forte .
Foi parcial e desleal, parecendo mesmo querer exibir as
características de um homem ávido de poder, que deseja
mudar as regras a meio do jogo .
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