quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Uma questão de sede .

Ia uma velhinha muito aflita no combóio com uma 
grande sede, a lamentar-se insistentemente, em alta
voz :

- Ai, que sede que eu tenho;
- Ai, que sede que eu tenho .

Com tanta lamúria, alguém se levantou do lugar e 
apressou-se a ir buscar água, para saciar a sede da
da pobre senhora .

Ela pôs a garrafa à boca e bebeu sofregamente o pre-
cioso líquido. 

Passados alguns minutos, a velhota recomeçou a lada-
ínha, e levou o resto da viagem a qeieixar-se : 

-Ai, que sede que eu tinha; 
-Ai, que sede que eu tinha . 

Não sei porquê,
vieram-me à ideia algumas das patranhas mais rebus-
cadas dos partidos da direita conservadora .

O  que vale é que os cães ladram,
e a caravana lá vai passando .
.