Ia uma velhinha muito aflita no combóio com uma
grande sede, a lamentar-se insistentemente, em alta
voz :
- Ai, que sede que eu tenho;
- Ai, que sede que eu tenho .
Com tanta lamúria, alguém se levantou do lugar e
apressou-se a ir buscar água, para saciar a sede da
da pobre senhora .
Ela pôs a garrafa à boca e bebeu sofregamente o pre-
cioso líquido.
Passados alguns minutos, a velhota recomeçou a lada-
ínha, e levou o resto da viagem a qeieixar-se :
-Ai, que sede que eu tinha;
-Ai, que sede que eu tinha .
Não sei porquê,
vieram-me à ideia algumas das patranhas mais rebus-
cadas dos partidos da direita conservadora .
O que vale é que os cães ladram,
e a caravana lá vai passando .
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