Temos um País à beira mar plantado,
de brandos costumes,
com bons ventos e bons casamentos,
sempre com sol na eira e chuva no nabal .
Pode ser que chova,
mas amanhã pode fazer sol .
Pode ser que calhe .
Quem sabe .
O diabo não está sempre detrás da porta .
O azar bateu-nos à nossa casa ,
Mas no fim tivemos sorte .
Se tiver que ser .
Nunca se sabe .
Adivinhar o futuro .
Veio mesmo a calhar .
Por pouco não lhe acertou em cheio .
Segundos anos e tínhamos sido sido apanhados
e tínhamos quinado .
Isso é que foi sorte .
Foi Deus que nos guiou .
Fomos salvos pelo gong, no último instante .
Está-se mesmo a ver .
Quem espera, desespera .
Ninguém espera milagres .
Só Deus sabe .
Tinha que ser .
Há horas felizes .
Foi o acaso .
Vamos a ver o que nos calha na rifa .
Se Deus quiser .
Vamos a ver .
O futuro a Deus pertence .
Calhou assim .
Se a minha avó não morresse .
Saíu-nos na rifa .
Deus não dorme .
Há horas felizes .
Ia-mos ganhando a sorte grande .
Quase acertámos no totobola .
Tivemos a terminação .
Que grande galo .
Foi por um triz .
Por pouco, ficávamos milionários .
A ver vamos, se nos sai qualquer coisinha .
Guardado está o bocado,
para quem o há-de comer .
O que tem que ser tem muita força .
Alguma vez tinha que ser .
Dá Deus as as nozes, a quem não tem dentes .
Temos o destino marcado .
Ainda não tinha chegado a nossa vez .
Andamos a jogar na roleta russa .
Foi a sorte ou o destino .
Venha o diabo e escolha .
De candeia às avessas .
Veio ter-lhe às mãos .
Caíu do céu .
Não há-de ser nada .
Quando os animais falavam
e as galinhas tinham dentes .
Sorte madrasta .
Fazer por isso .
Foi sem querer .
Quem havia de dizer .
Sem saber ao que vinha .
Andar ao engano .
Aguentar-se no balanço .
Fugir a sete pés .
Dar um passo maior do que a perna .
Desenrascar .
Ver para crer ,
Andar às cegas .
Perder o juízo .
Errar é humano .
Com a verdade me enganas .
Andar à babugem .
Quem procura sem encontrar,
acaba por achar sem procurar .
A andar é que se faz o caminho .
Devagar que estou com pressa .
Correr atrás do prejuízo .
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