Assistimos a mais uma cerimónia religiosa, por alma
de mais uma instituição bancária .
Hão-de comparecer os finórios do costume, desfiar
os seus pecados mais convenientes, rezam-se uns pa-
dre nossos e avé marias, ouvem os responsos tradicio-
nais, a incomodar os coitados, está tudo perdoado, vão
em paz, meus irmãos .
Com uma confissão apressada, que tempo é dinheiro,
vão-se perfilando à vez, uns atrás dos outros, debruça-
dos no no genuflectório, e retornam imaculados, como
se nada se tivesse passado .
Regressam aos mesmos ou a outros bancos, arrepende-
ram-se sem qualquer convicção, as rezas devem bastar .
E a roda da roubalheira gira sempre, sem passar .
São os terroristas
de colarinho branco .
Isto é lavagem de dinheiro,
ou de bancos ?.
Cadê a a barrela e a esfregona ?
Ninguém ousa aplicar aguarrás ou lexívia no bestunto
desta canalha ...
.
quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
O SONHO ALEMÃO .
O que é que fazem centenas de milhares de pessoas
avançar desesperadamente em direcção ao Continente
Europeu,
numa altura em que ele atravessa uma das maiores cri-
ses política, financeira e securitária, sem meios físicos
e humanos para acolhimento de um exército de gente
espavorida,
desafiando as balas, os canhões, a fome, a doença, a mi-
séria, o arame farpado, e os crimes de cupidez e ganân-
cia de uma seita de bandidos, que semeiam o terror en-
tre os que pretendem chegar ao sonho alemão ?.
Será mesmo este,
o sonho alemão ?
.
avançar desesperadamente em direcção ao Continente
Europeu,
numa altura em que ele atravessa uma das maiores cri-
ses política, financeira e securitária, sem meios físicos
e humanos para acolhimento de um exército de gente
espavorida,
desafiando as balas, os canhões, a fome, a doença, a mi-
séria, o arame farpado, e os crimes de cupidez e ganân-
cia de uma seita de bandidos, que semeiam o terror en-
tre os que pretendem chegar ao sonho alemão ?.
Será mesmo este,
o sonho alemão ?
.
terça-feira, 29 de março de 2016
UMA PAIXÃO .
Quem já passou por essa vida, e não viveu,
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu,
Porque a vida só se dá, para quem se deu,
Para quem amou, para quem chorou,
para quem sofreu .
Ah, quem nunca curtiu uma paixão,
Não vai ser nada, não .
Não há mal pior do que a descrença,
mesmo amor que não compensa,
é melhor que a solidão .
Abre os teus braços meu irmão, deixa cair,
Para quê somar, se a gente pode dividir ;
Eu francamente já não quer nem saber
De que não vai, porque tem medo de sofrer,
Ai de quem rasga o coração,
esse não vai ter perdão .
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não .
Vinicius de Moraes
e Touquinho .
.
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu,
Porque a vida só se dá, para quem se deu,
Para quem amou, para quem chorou,
para quem sofreu .
Ah, quem nunca curtiu uma paixão,
Não vai ser nada, não .
Não há mal pior do que a descrença,
mesmo amor que não compensa,
é melhor que a solidão .
Abre os teus braços meu irmão, deixa cair,
Para quê somar, se a gente pode dividir ;
Eu francamente já não quer nem saber
De que não vai, porque tem medo de sofrer,
Ai de quem rasga o coração,
esse não vai ter perdão .
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não .
Vinicius de Moraes
e Touquinho .
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segunda-feira, 28 de março de 2016
O REGRESSO À POLÍTICA ?...
Marcelo acaba de promulgar o Orçamento de Estado
para 2916, salientando que, na sua análise, não encontrou
qualquer vestígio de inconstitucionalidade .
Por sua vez, dias atrás, o PR veio secundar a posição de
António Costa, contra a intriga de Passos, o qual criticou
o Primeiro Ministro de se imiscuir em questões bancárias,
em que estaria em causa o interesse nacional .
O Coelho continua a destilar o seu venenozinho anti demo-
crático ...
Prevejo a sua reeleição para o Congresso Nacional, por uma
taxa roçando os 100%,
mas trata-se de uma tentativa desesperada para o levar de-
pressa à sua morte política , convenientemente anunciada .
A Esquerda agradece, reconhecida .
Afinal, a Gerigonça funciona ? .
.
para 2916, salientando que, na sua análise, não encontrou
qualquer vestígio de inconstitucionalidade .
Por sua vez, dias atrás, o PR veio secundar a posição de
António Costa, contra a intriga de Passos, o qual criticou
o Primeiro Ministro de se imiscuir em questões bancárias,
em que estaria em causa o interesse nacional .
O Coelho continua a destilar o seu venenozinho anti demo-
crático ...
Prevejo a sua reeleição para o Congresso Nacional, por uma
taxa roçando os 100%,
mas trata-se de uma tentativa desesperada para o levar de-
pressa à sua morte política , convenientemente anunciada .
A Esquerda agradece, reconhecida .
Afinal, a Gerigonça funciona ? .
.
domingo, 27 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS - 6 .
Aguarelas,
Water colors,
Tintas de água .
Pigmentos geralmente minerais, facilmente solúveis
em água .
Podem usar-se as mais diversificadas substâncias e
diluir com mais ou menos água, de acordo com a sen-
sibilidade do artista e do efeito que se pretende .
Tinta da China, vioxene, café, vinho e até sangue .
Existem diferentes suportes, sendo o preferível o papel
poroso, de alta gramagem .
Andei na Ar.Co, cerca de dois anos a procurar e experi-
mentar todos os tipos de papéis que descobria, desde
papelarias, até depósitos de lixo .
Os artistas mais consagrados fabricam o se próprio
papel, como é o caso do pintor José de Guimarães,
fazendo uma papa de papel com água, obtendo o ta-
manho e espessura mais convenientes
Outro bruxedo reside na técnica usada, conjugando
espessura do papel, com diluição das tintas .
Por exemplo, gosto de pintar por acção da gravidade,
inclinando o papel, para cima e para baixo, com dife-
rentes inclinações, e deixando deslizar a bolha de água
corada, até obter uma mistura controlada das cores .
Outra proposta, que tenho vindo a trabalhar, é com-
binar aguarelas com colagens, obtendo bonitos efitos
de luz e transparências .
São as Aqualagens ou Colarelas .
Dos artistas mais célebres que começaram a utilizar a
aguarela, primeiramente para fazer esquissos e para
fazer a mão, mais tarde, criando um tipo de arte autó-
noma, temos o maior, a nível Mundial, William Turner,
e um dos portugueses mais consagrados, Roque Ga-
meiro .
Ai, se eu soubesse pintar ...
Querias aguarelas, ora toma ...
.
Water colors,
Tintas de água .
Pigmentos geralmente minerais, facilmente solúveis
em água .
Podem usar-se as mais diversificadas substâncias e
diluir com mais ou menos água, de acordo com a sen-
sibilidade do artista e do efeito que se pretende .
Tinta da China, vioxene, café, vinho e até sangue .
Existem diferentes suportes, sendo o preferível o papel
poroso, de alta gramagem .
Andei na Ar.Co, cerca de dois anos a procurar e experi-
mentar todos os tipos de papéis que descobria, desde
papelarias, até depósitos de lixo .
Os artistas mais consagrados fabricam o se próprio
papel, como é o caso do pintor José de Guimarães,
fazendo uma papa de papel com água, obtendo o ta-
manho e espessura mais convenientes
Outro bruxedo reside na técnica usada, conjugando
espessura do papel, com diluição das tintas .
Por exemplo, gosto de pintar por acção da gravidade,
inclinando o papel, para cima e para baixo, com dife-
rentes inclinações, e deixando deslizar a bolha de água
corada, até obter uma mistura controlada das cores .
Outra proposta, que tenho vindo a trabalhar, é com-
binar aguarelas com colagens, obtendo bonitos efitos
de luz e transparências .
São as Aqualagens ou Colarelas .
Dos artistas mais célebres que começaram a utilizar a
aguarela, primeiramente para fazer esquissos e para
fazer a mão, mais tarde, criando um tipo de arte autó-
noma, temos o maior, a nível Mundial, William Turner,
e um dos portugueses mais consagrados, Roque Ga-
meiro .
Ai, se eu soubesse pintar ...
Querias aguarelas, ora toma ...
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sábado, 26 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS - 5 .
Há meio século, os Debuxadores eram pessoas muito importantes,
fadados pelo talento e pelo destino .
Eram já nessa altura, uns oráculos da moda .
Preparavam as amostras para os tecidos que iriam ser produzidos e
vendidos no ano seguinte .
Eram dotados de saber e experiência, conhecimento do mercado e
possuíam o toque da fada madrinha - a sorte .
Hoje em dia o problema da cor é essencialmente um problema técni-
co, tratado pelos computadores e outros instrumentos .
Naquele tempo, era o talento dos debuxadores ( e do tintureiros )
que tinha um papel central na escolha dos padrões e das tonalidades
dos tecidos, que atraíam o gosto dos consumidores .
A principal tarefa do debuxador era a selecção e preparação do mos-
truário, fazendo-o circular pelos caixeiros viajantes ou empregados das
fábricas têxteis, mostrá-no nas principais lojas e entrepostos, nas gran-
des cidades do País - Lisboa, Porto, Braga e Guimarães .
Um simulacro de Feira da moda .
Os teares aguardavam com impaciência, para a todo o tempo, começa-
rem a tecer os padrões seleccionados .
As coisas eram um pouco mais facilitadas, para o caso dos tecidos de
homem .
Mais complicadas eram as solicitações das senhoras, em especial no que
respeitava aos problemas das cores e dos tons seleccionados, muitas das
quais, embora escolhessem o desenho, punham demasiados entraves nas
questões das cores .
Era aí que aparecia uma outra tarefa dos debuxadores (conjuntamente
com os tintureiros ) .
Era o problema da selecção da cor
Tarefa árdua e demorada, feita empiricamente, por mistura das três cores
fundamentais. por repetidas tentativas .
Era então que emergia o génio do debuxador, conseguindo obter a cor mais se-
menhante à solicitada, com a menor quantidade de experimentações .
As aguarelas entram já a seguir ...
.
fadados pelo talento e pelo destino .
Eram já nessa altura, uns oráculos da moda .
Preparavam as amostras para os tecidos que iriam ser produzidos e
vendidos no ano seguinte .
Eram dotados de saber e experiência, conhecimento do mercado e
possuíam o toque da fada madrinha - a sorte .
Hoje em dia o problema da cor é essencialmente um problema técni-
co, tratado pelos computadores e outros instrumentos .
Naquele tempo, era o talento dos debuxadores ( e do tintureiros )
que tinha um papel central na escolha dos padrões e das tonalidades
dos tecidos, que atraíam o gosto dos consumidores .
A principal tarefa do debuxador era a selecção e preparação do mos-
truário, fazendo-o circular pelos caixeiros viajantes ou empregados das
fábricas têxteis, mostrá-no nas principais lojas e entrepostos, nas gran-
des cidades do País - Lisboa, Porto, Braga e Guimarães .
Um simulacro de Feira da moda .
Os teares aguardavam com impaciência, para a todo o tempo, começa-
rem a tecer os padrões seleccionados .
As coisas eram um pouco mais facilitadas, para o caso dos tecidos de
homem .
Mais complicadas eram as solicitações das senhoras, em especial no que
respeitava aos problemas das cores e dos tons seleccionados, muitas das
quais, embora escolhessem o desenho, punham demasiados entraves nas
questões das cores .
Era aí que aparecia uma outra tarefa dos debuxadores (conjuntamente
com os tintureiros ) .
Era o problema da selecção da cor
Tarefa árdua e demorada, feita empiricamente, por mistura das três cores
fundamentais. por repetidas tentativas .
Era então que emergia o génio do debuxador, conseguindo obter a cor mais se-
menhante à solicitada, com a menor quantidade de experimentações .
As aguarelas entram já a seguir ...
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sexta-feira, 25 de março de 2016
A EUROPA DE PERNAS PARA O AR .
Ao que isto chegou ...
Agora a Europa passa o tempo a brincar aos polícias
e aos ladrões .
Parece que é à séria, mas Deus nos defenda destas papi-
patéticas forças de segurança, ou da insegurança .
Como foi possível que pessoas que saíram da Europa para
ir treinar a guerra, fizeram atentados, regressaram ao Médio
Oriente, passaram vários países, várias fronteiras, vários
controles, são referenciados, são indiciados, são avisadas
as autoridades congéneres, e vão repetir os ataques, noutra
cidade, noutra hora, com o mesmo método, e há quem con-
siga fugir de novo .
E depois ainda se congratulam com os resultados alcançados .
A União Europeia é um tigre de papel.
Um motivo de troça e de tragédia .
.
Agora a Europa passa o tempo a brincar aos polícias
e aos ladrões .
Parece que é à séria, mas Deus nos defenda destas papi-
patéticas forças de segurança, ou da insegurança .
Como foi possível que pessoas que saíram da Europa para
ir treinar a guerra, fizeram atentados, regressaram ao Médio
Oriente, passaram vários países, várias fronteiras, vários
controles, são referenciados, são indiciados, são avisadas
as autoridades congéneres, e vão repetir os ataques, noutra
cidade, noutra hora, com o mesmo método, e há quem con-
siga fugir de novo .
E depois ainda se congratulam com os resultados alcançados .
A União Europeia é um tigre de papel.
Um motivo de troça e de tragédia .
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quinta-feira, 24 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS - 4 .
Até ter chegado à escola da noite,
os desenhos eram uma mera brincadeira de puto aberto
ao mundo .
Depois tudo começou a fiar mais fino .
Primeiro era preciso adquirir o material necessário,
coisas que eu desconhecia, o próprio papel especial para
representação dos fios, a teia ao alto, a trama, na horizon-
tal . Isto para o desenho técnico, que abordava a estrutura
dos tecidos, os tipos de fios, a ordem de cor, os efeitos ex-
pectáveis quando se combinam todos estas coisas .
Debuxo, desenho em espanhol,
era a cadeira fundamental do curso .
Havia várias outras cadeiras técnicas, abordando as peças
e as técnicas que permitiam conhecer as diferentes fases do
fabrico dos tecidos .
A tinturaria mexia com as cores, mas era baseada em conhe-
cimentos técnicos, mas envolvia também a parte instintiva
dos alunos, e era abordada já na parte final do curso .
Mas, para mim, o fundamental era a oportunidade de ter
imensas aulas de desenho à vista ( cópia) e
desenho decorativo.
Era a porta aberta para o desenvolvimento da criatividade,
era finalmente a liberdade que se me oferecia de partir do pa-
pel do em branco, e chegar directamente ao belo .
Todas as técnicas eram válidas, todos os métodos eram bons,
desde que se chegasse a um bom resultado .
Foi então que comecei a encontrar o meu próprio caminho .
Primeiro com o lápis, depois com o carvão, mais tarde com o
guache, e eis que me cruzo, pela primeira vez, com
a maravilha das aguarelas .
.
os desenhos eram uma mera brincadeira de puto aberto
ao mundo .
Depois tudo começou a fiar mais fino .
Primeiro era preciso adquirir o material necessário,
coisas que eu desconhecia, o próprio papel especial para
representação dos fios, a teia ao alto, a trama, na horizon-
tal . Isto para o desenho técnico, que abordava a estrutura
dos tecidos, os tipos de fios, a ordem de cor, os efeitos ex-
pectáveis quando se combinam todos estas coisas .
Debuxo, desenho em espanhol,
era a cadeira fundamental do curso .
Havia várias outras cadeiras técnicas, abordando as peças
e as técnicas que permitiam conhecer as diferentes fases do
fabrico dos tecidos .
A tinturaria mexia com as cores, mas era baseada em conhe-
cimentos técnicos, mas envolvia também a parte instintiva
dos alunos, e era abordada já na parte final do curso .
Mas, para mim, o fundamental era a oportunidade de ter
imensas aulas de desenho à vista ( cópia) e
desenho decorativo.
Era a porta aberta para o desenvolvimento da criatividade,
era finalmente a liberdade que se me oferecia de partir do pa-
pel do em branco, e chegar directamente ao belo .
Todas as técnicas eram válidas, todos os métodos eram bons,
desde que se chegasse a um bom resultado .
Foi então que comecei a encontrar o meu próprio caminho .
Primeiro com o lápis, depois com o carvão, mais tarde com o
guache, e eis que me cruzo, pela primeira vez, com
a maravilha das aguarelas .
.
O ELO DO MEIO .
A minha cadeia de afectos teve quatro anéis,
e nela fui que fui sempre o elo mais fraco .
Quando o meu avô Garcia nos deixou, passá-
mos a ser três .
O meu Pai sempre foi o homem forte da família,
comandava tudo e todos, em todos os aspectos .
Fiquei sempre na sua sombra .
Quando o meu Filho apareceu, tornou-se o elo
principal, o nó preponderante .
Só a espaços, eu fui o elo dominante .
Depressa me tornei outra vez, o elo quebradiço .
O auxiliar, o suplente, o nó secundário .
Convivi bem com a minha condição .
Dei sempre a direita ao meu Pai e depois ao meu
Filho .
Muita vezes fui tomado como egoísta .
Nunca perceberam nada .
Entre dois nós poderosos, mágicos, enormes,
o meu Pai e o meu Filho, foram sempre o máximo .
O medo que eu sempre tive de vir a poder perdê-los .
O que viria a acontecer .
Agora, sem apoio, sem suporte físico e psicológico,
Vegeto por aí, como um anjo que perdeu as asas .
Fiquei órgão de Pai e Filho .
Sou apenas o elo do meio .
O elo perdido .
Sem passado e sem futuro .
.
e nela fui que fui sempre o elo mais fraco .
Quando o meu avô Garcia nos deixou, passá-
mos a ser três .
O meu Pai sempre foi o homem forte da família,
comandava tudo e todos, em todos os aspectos .
Fiquei sempre na sua sombra .
Quando o meu Filho apareceu, tornou-se o elo
principal, o nó preponderante .
Só a espaços, eu fui o elo dominante .
Depressa me tornei outra vez, o elo quebradiço .
O auxiliar, o suplente, o nó secundário .
Convivi bem com a minha condição .
Dei sempre a direita ao meu Pai e depois ao meu
Filho .
Muita vezes fui tomado como egoísta .
Nunca perceberam nada .
Entre dois nós poderosos, mágicos, enormes,
o meu Pai e o meu Filho, foram sempre o máximo .
O medo que eu sempre tive de vir a poder perdê-los .
O que viria a acontecer .
Agora, sem apoio, sem suporte físico e psicológico,
Vegeto por aí, como um anjo que perdeu as asas .
Fiquei órgão de Pai e Filho .
Sou apenas o elo do meio .
O elo perdido .
Sem passado e sem futuro .
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quarta-feira, 23 de março de 2016
O PARADOXO .
Quem idealiza as armas ?
Quem projecta as armas ?
Quem constrói as armas ?
Quem experimenta as armas ?
Quem vende as armas ?
Quem compra as armas ?
Quem dispara as armas ?
Quem recolhe as armas ?
Quem destrói as armas ?
Afinal,
quem está interessado em
usar as armas,
como modo de ganhar a vida ?
Quem está disposto a prescindir
delas, tornando o mundo muito
menos perigoso ?
Quem ?
.
Quem projecta as armas ?
Quem constrói as armas ?
Quem experimenta as armas ?
Quem vende as armas ?
Quem compra as armas ?
Quem dispara as armas ?
Quem recolhe as armas ?
Quem destrói as armas ?
Afinal,
quem está interessado em
usar as armas,
como modo de ganhar a vida ?
Quem está disposto a prescindir
delas, tornando o mundo muito
menos perigoso ?
Quem ?
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terça-feira, 22 de março de 2016
GUERRAS ASSIMÉTRICAS .
No amor e na guerra,
nunca se sabe quem dá o primeiro passo .
Pode saber-se como começa uma guerra,
mas nunca se saberá como ela acabará .
Por mais que a guerra seja justa,
a guerra é a guerra .
É o ódio que vence batalhas,
nunca o amor .
Se não podes vencer o inimigo,
junta-te a ele, para o dominares .
A vingança serve-se fria .
Se o inimigo mostrar fraqueza,
persegue-o sem parar .
Se o inimigo tiver mais força,
protege-te cuidadosamente .
O seguro morreu de velho .
Quem te avisa, teu amigo é .
Cá se fazem, cá se pagam .
.
nunca se sabe quem dá o primeiro passo .
Pode saber-se como começa uma guerra,
mas nunca se saberá como ela acabará .
Por mais que a guerra seja justa,
a guerra é a guerra .
É o ódio que vence batalhas,
nunca o amor .
Se não podes vencer o inimigo,
junta-te a ele, para o dominares .
A vingança serve-se fria .
Se o inimigo mostrar fraqueza,
persegue-o sem parar .
Se o inimigo tiver mais força,
protege-te cuidadosamente .
O seguro morreu de velho .
Quem te avisa, teu amigo é .
Cá se fazem, cá se pagam .
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segunda-feira, 21 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS - 3 .
Tinha começado a minha 2ª. vida .
Foi como se tivesse emigrado para um país novo .
Novos horários, novas rotinas, novos companheiros,
novos problemas, novas brincadeiras .
À dureza do Inverno,
juntou-se a dureza das condições de vida,
feito homem muito antes da idade adequada .
Tornei-me adulto à força .
Mas como dizia o outro :
Ai aguentas, aguentas .
Adaptei-me rapidamente ao novo cenário,
como no romance de Redol,
A Lã e a Neve .
As escolas da noite,
são uma desesperada esperança, a última e mais dramática
captação de alunos de cadeiras profissionais,
trabalhadores a tempo inteiro,
a quem se dá a última oportunidades de singrar na vida .
O meu Pai nem a isso teve direito,
acabou a 4ª. classe e empregou-se no escritório
de um advogado .
A sua formação foi a vida,
e um curso de contabilidade por correspondência .
A vida depressa nos ensina o essencial .
O horário da Escola era das i9 às 23 .
Rapidamente fiz amigos :
O Raul Peixeiro, o Cunha e o Paixão .
Uma espécie de D/Artagnan e os 3 Mosqueteiros .
Escolhi-os por serem amigos à primeira vista,
com idade mais próxima da minha
e por serem de classe humilde .
Foi então que comprei o material escolar,
uma caixa de guaches novinha em folha,
papel de Debuxo,
com um quadriculado muito pequenino
e um conta-fios .
Não eram ainda as aguarelas,
mas estava lá muito perto .
.
Foi como se tivesse emigrado para um país novo .
Novos horários, novas rotinas, novos companheiros,
novos problemas, novas brincadeiras .
À dureza do Inverno,
juntou-se a dureza das condições de vida,
feito homem muito antes da idade adequada .
Tornei-me adulto à força .
Mas como dizia o outro :
Ai aguentas, aguentas .
Adaptei-me rapidamente ao novo cenário,
como no romance de Redol,
A Lã e a Neve .
As escolas da noite,
são uma desesperada esperança, a última e mais dramática
captação de alunos de cadeiras profissionais,
trabalhadores a tempo inteiro,
a quem se dá a última oportunidades de singrar na vida .
O meu Pai nem a isso teve direito,
acabou a 4ª. classe e empregou-se no escritório
de um advogado .
A sua formação foi a vida,
e um curso de contabilidade por correspondência .
A vida depressa nos ensina o essencial .
O horário da Escola era das i9 às 23 .
Rapidamente fiz amigos :
O Raul Peixeiro, o Cunha e o Paixão .
Uma espécie de D/Artagnan e os 3 Mosqueteiros .
Escolhi-os por serem amigos à primeira vista,
com idade mais próxima da minha
e por serem de classe humilde .
Foi então que comprei o material escolar,
uma caixa de guaches novinha em folha,
papel de Debuxo,
com um quadriculado muito pequenino
e um conta-fios .
Não eram ainda as aguarelas,
mas estava lá muito perto .
.
domingo, 20 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS - 2 .
Foi então que a minha vida deu um
enorme trambolhão .
O meu pai sabia do meu jeito para o desenho .
Um dia, sem que nada o fizesse prever, inscreveu-me na
Escola da noite, na Escola Campos Melo, da Covilhã,
no Curso de Debuxador, acumulando com os estudos do
liceu, no Colégio Moderno, daquela cidade .
Eu nem sabia o significada daquela palavra .
Começava então a minha vida de duplo malandro .
Malandro de dia .
Malandro de noite .
Malandro a todo o terreno.
Malandro profissional,
Como era necessário fazer um estágio, ainda me sobravam
algumas horas para frequentar a Fábrica dos Rosetas, junto
ao local onde hoje funciona a Universidade da Beira Interior .
Dirão alguns,
mas o que é que isso tem a ver com as aguarelas ?
Tudo, responderei eu .
De repente,
passei de menino a adulto,
de uma noite para a outra .
Aos 14 anos, ganhei a chave de casa,
quase nunca não via a família,
a minha mãe preparava-me o jantar à pressa,
comia à parte,
era a única parte do dia que com ela convivia,
chegava a casa às horas que me apetecia,
sem dar cavaco a ninguém .
Mas tinha-me libertado das aulas de música,
de passear o cão à noite,
e dos trabalhos de casa quotidianos .
Era quase livre .
E então as aguarelas ?1.
.
enorme trambolhão .
O meu pai sabia do meu jeito para o desenho .
Um dia, sem que nada o fizesse prever, inscreveu-me na
Escola da noite, na Escola Campos Melo, da Covilhã,
no Curso de Debuxador, acumulando com os estudos do
liceu, no Colégio Moderno, daquela cidade .
Eu nem sabia o significada daquela palavra .
Começava então a minha vida de duplo malandro .
Malandro de dia .
Malandro de noite .
Malandro a todo o terreno.
Malandro profissional,
Como era necessário fazer um estágio, ainda me sobravam
algumas horas para frequentar a Fábrica dos Rosetas, junto
ao local onde hoje funciona a Universidade da Beira Interior .
Dirão alguns,
mas o que é que isso tem a ver com as aguarelas ?
Tudo, responderei eu .
De repente,
passei de menino a adulto,
de uma noite para a outra .
Aos 14 anos, ganhei a chave de casa,
quase nunca não via a família,
a minha mãe preparava-me o jantar à pressa,
comia à parte,
era a única parte do dia que com ela convivia,
chegava a casa às horas que me apetecia,
sem dar cavaco a ninguém .
Mas tinha-me libertado das aulas de música,
de passear o cão à noite,
e dos trabalhos de casa quotidianos .
Era quase livre .
E então as aguarelas ?1.
.
sexta-feira, 18 de março de 2016
A VIDA .
A vida
é uma doença sexualmente transmissível
que abrange toda a população mundial
e que acaba por conduzir, inevitavelmente,
à morte .
.
é uma doença sexualmente transmissível
que abrange toda a população mundial
e que acaba por conduzir, inevitavelmente,
à morte .
.
quinta-feira, 17 de março de 2016
AS MINHAS AGUARELAS .
Não me lembro de fazer gatafunhos nas paredes
das casas onde vivi em criança, nem nas escolas
que frequentei quando era puto .
Tenho uma vaga ideia de uma das minhas avós me
falar do nosso tio Lucas, um avoengo que fazia fi-
guras de santos para as igrejas .
Não sei a que propósito me fazia essas conversas .
Naquele tempo não se visitavam museus .
Quando se ia a Lisboa, era para ver a Feira Popular,
a Torre de Belém ou o Estádio Nacional .
Foi no caminho da Horta, acompanhado do meu avô,
que tomei contacto com o pintor coimbrão, de nome
José Contente, que andava com o cavalete e a caixa
das tintas, escolhendo os cantos mais giros da vila e
do campo circundante .
Talvez que tenha tido então o meu
clique artístico .
O homem enxotava-me sempre que me via, mas aca-
bou por entender que eu gostava de o ver pintar, pelo
que me tornei uma companhia das férias grandes .
Lembro-me das minhas primeiras aguarelas, um peque-
no cartão com meia dúzia de cores coladas, pareciam pe-
dacinhos de barro .
E lembro-me da minha primeira aguarela, pintada nas
costas de uma caixa de chocolates, e que ainda hoje guar-
do .
Depois, já na escola, comecei a copiar as caras dos nossos
escritores mais famosos .
Mas com tanta brincadeira com os meus amigos, como
poderia centrar a minha atenção nos bonecos .
O Prof. Ramos, uma fera, especialista em jogar à bola
com a gente e cobrir-nos de pancadaria, tinha um filho
que fazia brinquedos em madeira, carros, barcos,
e eu gostava de o ver trabalhar , Com ele descobri as
maravilhas da madeira de balsa, óptima para construir
aviões, que voavam e tudo, com a ajuda de um elástico
retorcido .
O meu 2º. clique deu-se, quando um sapateiro alugou
a nossa loja, e eu passava horas às escondidas a vê-lo mano-
brar com maestria, aquela faca maluca, que cortava sola
como se fosse manteiga .
Negócio perigoso, que eu fora bem avisado .
Mas ficava à espera que a faca de sapateiro se gastasse,
para eu depois a herdar .
E era em segredo que, de vez em quando ficava com um
dedo a sangrar, escondido no meu quarto, com medo de
descobrirem a minha paixão pela arte .
.
das casas onde vivi em criança, nem nas escolas
que frequentei quando era puto .
Tenho uma vaga ideia de uma das minhas avós me
falar do nosso tio Lucas, um avoengo que fazia fi-
guras de santos para as igrejas .
Não sei a que propósito me fazia essas conversas .
Naquele tempo não se visitavam museus .
Quando se ia a Lisboa, era para ver a Feira Popular,
a Torre de Belém ou o Estádio Nacional .
Foi no caminho da Horta, acompanhado do meu avô,
que tomei contacto com o pintor coimbrão, de nome
José Contente, que andava com o cavalete e a caixa
das tintas, escolhendo os cantos mais giros da vila e
do campo circundante .
Talvez que tenha tido então o meu
clique artístico .
O homem enxotava-me sempre que me via, mas aca-
bou por entender que eu gostava de o ver pintar, pelo
que me tornei uma companhia das férias grandes .
Lembro-me das minhas primeiras aguarelas, um peque-
no cartão com meia dúzia de cores coladas, pareciam pe-
dacinhos de barro .
E lembro-me da minha primeira aguarela, pintada nas
costas de uma caixa de chocolates, e que ainda hoje guar-
do .
Depois, já na escola, comecei a copiar as caras dos nossos
escritores mais famosos .
Mas com tanta brincadeira com os meus amigos, como
poderia centrar a minha atenção nos bonecos .
O Prof. Ramos, uma fera, especialista em jogar à bola
com a gente e cobrir-nos de pancadaria, tinha um filho
que fazia brinquedos em madeira, carros, barcos,
e eu gostava de o ver trabalhar , Com ele descobri as
maravilhas da madeira de balsa, óptima para construir
aviões, que voavam e tudo, com a ajuda de um elástico
retorcido .
O meu 2º. clique deu-se, quando um sapateiro alugou
a nossa loja, e eu passava horas às escondidas a vê-lo mano-
brar com maestria, aquela faca maluca, que cortava sola
como se fosse manteiga .
Negócio perigoso, que eu fora bem avisado .
Mas ficava à espera que a faca de sapateiro se gastasse,
para eu depois a herdar .
E era em segredo que, de vez em quando ficava com um
dedo a sangrar, escondido no meu quarto, com medo de
descobrirem a minha paixão pela arte .
.
quarta-feira, 16 de março de 2016
A TRAVESSIA .
Há quem consiga ver um cisco
no olho do vizinho e não consiga
descortinar um tronco no seu pró-
prio olho .
Enquanto se assiste a uma das maiores tragédias
humanitárias de que há memória, no coração da
Europa,
os dignitários europeus entretêm-se a discutir as
quotas do carapau e da sardinha, e os subsídios à
criação de porcos e galináceos,
com a mesma descontracção que então se discutia
o tamanho dos preservativos e os defeitos dos olhos
das batatas .
E todos continuam emaranhados com as vantagens
de manter o défice num valor calculado ao calhas .
Pobre Europa ...
E os mortos, os doentes e os esfaimados, vão-se amon-
toando às portas da nova cortina de ferro gigantesca,
criando um imenso campo de concentração, fazendo
lembrar os horrores da IIª, Guerra Mundial .
.
no olho do vizinho e não consiga
descortinar um tronco no seu pró-
prio olho .
Enquanto se assiste a uma das maiores tragédias
humanitárias de que há memória, no coração da
Europa,
os dignitários europeus entretêm-se a discutir as
quotas do carapau e da sardinha, e os subsídios à
criação de porcos e galináceos,
com a mesma descontracção que então se discutia
o tamanho dos preservativos e os defeitos dos olhos
das batatas .
E todos continuam emaranhados com as vantagens
de manter o défice num valor calculado ao calhas .
Pobre Europa ...
E os mortos, os doentes e os esfaimados, vão-se amon-
toando às portas da nova cortina de ferro gigantesca,
criando um imenso campo de concentração, fazendo
lembrar os horrores da IIª, Guerra Mundial .
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terça-feira, 15 de março de 2016
A BRANQUINHA .
Março, marsagão,
manhãs de Inverno,
tardes de verão .
Manhã cedo,
quer chova, quer faça sol,
a Branquinha está à espera que eu acorde,
e vem cumprimentar-me .
Dou-lhe comida,
mas ela vem logo brincar comigo,
parecemos duas crianças pequenas,
já conhece os rituais habituais,
joga à apanhada, como se fosse um cachorrinho,
apanhando e trazendo à mão, as argolas do cabelo
que eu vou apanhando do chão .
os brinquedos preferidos .
Brincamos depois à bola,
jogo em que é exímia,
agarra no ar, mergulha rápida,
como se de um guarda redes se tratasse .
Toda esta cena marada decorre em jejum
para os dois .
Só quando dou a jogatana por acabada,
é que vamos os tomar o pequeno almoço .
Só temos uma contrariedade,
entusiasmada com a brincadeira,
vai - me dando dentadas,
que ás vezes me magoam um pouco,
dentadinhas de amor .
O pior são as unhas,
como se fossem bisturis .
Por isso temos que levar a gata à manicura,
uma vez por mês, com direito a tratamento
VIP .
.
manhãs de Inverno,
tardes de verão .
Manhã cedo,
quer chova, quer faça sol,
a Branquinha está à espera que eu acorde,
e vem cumprimentar-me .
Dou-lhe comida,
mas ela vem logo brincar comigo,
parecemos duas crianças pequenas,
já conhece os rituais habituais,
joga à apanhada, como se fosse um cachorrinho,
apanhando e trazendo à mão, as argolas do cabelo
que eu vou apanhando do chão .
os brinquedos preferidos .
Brincamos depois à bola,
jogo em que é exímia,
agarra no ar, mergulha rápida,
como se de um guarda redes se tratasse .
Toda esta cena marada decorre em jejum
para os dois .
Só quando dou a jogatana por acabada,
é que vamos os tomar o pequeno almoço .
Só temos uma contrariedade,
entusiasmada com a brincadeira,
vai - me dando dentadas,
que ás vezes me magoam um pouco,
dentadinhas de amor .
O pior são as unhas,
como se fossem bisturis .
Por isso temos que levar a gata à manicura,
uma vez por mês, com direito a tratamento
VIP .
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segunda-feira, 14 de março de 2016
Folhas secas .
Sou como as folhas secas caídas,
arrastadas pelo vento
para longe, muito longe .
Cai uma, logo outra e mais outras,
voando desamparadas,
perdidas no turbilhão da ventasca .
O inverno está de resto,
vem aí a primavera,
que o sol começa a empinar .
Trás consigo
os primeiros raios de fogo
para aquecer o corpo e a alma .
A natureza não se repete jamais,
palpita de acordo o relógio universal .
Nunca regressa ao ponto de partida .
Mas quem sabe,
talvez que um dias destes,
parta para muito longe,
rumo ao infinito sideral .
Talvez, então,
te possa reencontrar ,
agarrado aos teus braços,
pendurado nas pontas de uma estrela .
.
arrastadas pelo vento
para longe, muito longe .
Cai uma, logo outra e mais outras,
voando desamparadas,
perdidas no turbilhão da ventasca .
O inverno está de resto,
vem aí a primavera,
que o sol começa a empinar .
Trás consigo
os primeiros raios de fogo
para aquecer o corpo e a alma .
A natureza não se repete jamais,
palpita de acordo o relógio universal .
Nunca regressa ao ponto de partida .
Mas quem sabe,
talvez que um dias destes,
parta para muito longe,
rumo ao infinito sideral .
Talvez, então,
te possa reencontrar ,
agarrado aos teus braços,
pendurado nas pontas de uma estrela .
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domingo, 13 de março de 2016
VIDA SOCIAL .
Queremos felicitar o nosso bom amigo
Tó Zé Seguro,
pelo triplo salto, com pirueta à retaguarda,
voando da sua vida académica, para a vida
pública .
Foi muito ovacionado e cumprimentado .
Parabéns e felicidades .
Mário Pedro,
Lena e Mário .
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Tó Zé Seguro,
pelo triplo salto, com pirueta à retaguarda,
voando da sua vida académica, para a vida
pública .
Foi muito ovacionado e cumprimentado .
Parabéns e felicidades .
Mário Pedro,
Lena e Mário .
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sábado, 12 de março de 2016
A DÚVIDA .
Sendo do conhecimento geral que a religião católica
é a que tem uma maior predominância entre os por-
tugueses,
como explicar que se tenham multiplicado, ad infi-
nitum, os casos de assassínio, suicídio, violação, violên-
cia doméstica, pedofilia, fraude, roubo, assalto, e cri-
mes de cariz económico,
que são transversais, em vários aspectos e sem descri-
minação de formação, educação, religião, idade, classe
social, sexo,
quando existe entre nós uma pressão sobre a importân-
cia do pecado ou de qualquer outra censura ética ou
moral ?.
Dá que pensar ...
.
é a que tem uma maior predominância entre os por-
tugueses,
como explicar que se tenham multiplicado, ad infi-
nitum, os casos de assassínio, suicídio, violação, violên-
cia doméstica, pedofilia, fraude, roubo, assalto, e cri-
mes de cariz económico,
que são transversais, em vários aspectos e sem descri-
minação de formação, educação, religião, idade, classe
social, sexo,
quando existe entre nós uma pressão sobre a importân-
cia do pecado ou de qualquer outra censura ética ou
moral ?.
Dá que pensar ...
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sexta-feira, 11 de março de 2016
A PRIMAVERA MARCELISTA .
Já lá vai quase meio século que o conceito apareceu .
Salazar tinha caído da cadeira (terá '...) e nunca mais
recuperou da trombose que o atingiu .
Foi operado pelos melhores especialistas portugueses,
( entre eles um conhecido cirurgião oposicionista, Prof.
Vasconcelos Marques), mas sem êxito .
Salazar foi-se apagando, ficando em estado vegetativo,
chegando a apresentá-lo, de dentro de um automóvel,
no exterior da secção de voto, tendo-lhe posto o voto na
mão, e alguém o foi depositar posteriormente na urna .
Os fascistas tinham tal pânico, que costumavam levar
o senhor para o gabinete onde tinha passado grande par-
te da vida, punham-lhe papéis à sua frente, para simular
que continuava a despachar os negócios de Estado .
Tantos anos a mandar nos outros, que os mais próximos
de Salazar não sabiam como descalçar a bota do botas,
como era conhecido pelos do reviralho .
O tempo urgia, até que ungiram Marcelo Caetano como
Chefe do Governo .
O que não foi nada fácil, porque a extrema direita não
queria no poder um homem tão liberal .
Torciam pelo General Kaúlza de Arriaga, um dos briosos
comandantes que se haviam batido sem glória, no Norte de
Moçambique .
Como se sabe, a Primavera Marcelista, foi sol de pouca
dura, apesar de alguns neo sebastianistas, como Marcelo
Rebelo de Sousa, nela acreditarem piamente .
O Império Português ia-se esvaindo em lágrimas e sangue,
até chegar o 25 de Abril .
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Salazar tinha caído da cadeira (terá '...) e nunca mais
recuperou da trombose que o atingiu .
Foi operado pelos melhores especialistas portugueses,
( entre eles um conhecido cirurgião oposicionista, Prof.
Vasconcelos Marques), mas sem êxito .
Salazar foi-se apagando, ficando em estado vegetativo,
chegando a apresentá-lo, de dentro de um automóvel,
no exterior da secção de voto, tendo-lhe posto o voto na
mão, e alguém o foi depositar posteriormente na urna .
Os fascistas tinham tal pânico, que costumavam levar
o senhor para o gabinete onde tinha passado grande par-
te da vida, punham-lhe papéis à sua frente, para simular
que continuava a despachar os negócios de Estado .
Tantos anos a mandar nos outros, que os mais próximos
de Salazar não sabiam como descalçar a bota do botas,
como era conhecido pelos do reviralho .
O tempo urgia, até que ungiram Marcelo Caetano como
Chefe do Governo .
O que não foi nada fácil, porque a extrema direita não
queria no poder um homem tão liberal .
Torciam pelo General Kaúlza de Arriaga, um dos briosos
comandantes que se haviam batido sem glória, no Norte de
Moçambique .
Como se sabe, a Primavera Marcelista, foi sol de pouca
dura, apesar de alguns neo sebastianistas, como Marcelo
Rebelo de Sousa, nela acreditarem piamente .
O Império Português ia-se esvaindo em lágrimas e sangue,
até chegar o 25 de Abril .
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quinta-feira, 10 de março de 2016
OS CONFETIS .
Desde a visita se sua Alteza, a Rainha Isabel II de Inglaterra
a Portugal ( aos anos que isso foi ...), que não se assistia a uma
tão grande pompa e circunstância, como a que o nosso Presiden-
te Marcelo I, preparou ao mínimo pormenor, para a sua investi-
dura .
Só faltou a cena da sua auto coroação ...
Mas Marcelo tem atenuantes .
Por um lado, conseguiu fazer apagar por completo a triste e vil
figura do Presidente anterior .
Por outro lado, marcou o início de um tempo novo (oxalá...), de-
marcando-se do cinzentismo e da tristeza que nos têm acompanha-
do nos últimos anos .
Por acréscimo, mostrou aos estrangeiros que nos interpelam todos
os dias sobre a droga na nossa governação (é, mal comparado, uma
variante do episódio das tripas à moda do Porto, para uso externo ),
que Portugal ainda está vivo .
Só que não era preciso exagerar tanto .
A fome dos pobres não se mata com confetis ...
.
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a Portugal ( aos anos que isso foi ...), que não se assistia a uma
tão grande pompa e circunstância, como a que o nosso Presiden-
te Marcelo I, preparou ao mínimo pormenor, para a sua investi-
dura .
Só faltou a cena da sua auto coroação ...
Mas Marcelo tem atenuantes .
Por um lado, conseguiu fazer apagar por completo a triste e vil
figura do Presidente anterior .
Por outro lado, marcou o início de um tempo novo (oxalá...), de-
marcando-se do cinzentismo e da tristeza que nos têm acompanha-
do nos últimos anos .
Por acréscimo, mostrou aos estrangeiros que nos interpelam todos
os dias sobre a droga na nossa governação (é, mal comparado, uma
variante do episódio das tripas à moda do Porto, para uso externo ),
que Portugal ainda está vivo .
Só que não era preciso exagerar tanto .
A fome dos pobres não se mata com confetis ...
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quarta-feira, 9 de março de 2016
REQUIEM POR CAVACO - 2 - (O KYRIE) .
Após ter feito umas férias na Faculdade de Economia de Lisboa,
Cavaco Silva concorreu às eleições presidenciais e perdeu .
Julgou-se que o homem de Boliqeime tinha arrumado as chutei-
ras da política, mas que nada, persistiu e voltou a candidatar-se
10 anos depois, e ganhous, por falta de comparência de candi-
datos credíveis, à esquerda .
Começou então a crise financeira mundial, arrastando-se à
União Europeia, e posteriormente, a Portugal .
Era a época do governo Socrates .
Após uma certa acalmia nas relações entre Cavaco e Sócrates,
o caldo azedou, e tudo foi voltado do avesso .
Isso ainda hoje é tema muito controverso, mas conduziu à queda
do Governo e à iminência da bancarrota em Portugal .
\
Cavaco Silva, tido como uma eminência da Economia e das Finan-
ças, ou nada percebeu do que estava em jogo, ou acobardou-se e
nada ajudou o Pais, o Governo, nem o Povo .
Portugal tinha voltado a ser intervencionado, apanhado nas garras
dos dos credores, dos agiotas e dos Organismos Internacionais .
O governo da direita dita liberal, sempre encostado a Cavaco, foi
espremendo os portugueses até não poder .
Até na pensão do PR começou a faltar o
dinheiro para as compras da semana .
O PS foi estrangulado entre a Toika, o Governo e o Presidente .
Inchou a miséria, o desemprego, a fome, a falta de remédios,
e a Dívida Pública quase duplicou .
O defice ora baixava, ora subia, consoante os bancos que rebenta-
vam ou aumentava a carga fiscal para tapar os buracos dos nossos
queridos bancos .
E que fazia Cavaco durante estes tristes anos da desgraças, dirão as
pessoas ?
Nada, rigorosamente nada .
A não ser recomendar investimentos em bancos falidos .
A credibilidade de Cavaco silva tinha-se esboroado,
e agora era preciso acabar com este cadáver adiado .
Foi ontem a enterrar .
.
Cavaco Silva concorreu às eleições presidenciais e perdeu .
Julgou-se que o homem de Boliqeime tinha arrumado as chutei-
ras da política, mas que nada, persistiu e voltou a candidatar-se
10 anos depois, e ganhous, por falta de comparência de candi-
datos credíveis, à esquerda .
Começou então a crise financeira mundial, arrastando-se à
União Europeia, e posteriormente, a Portugal .
Era a época do governo Socrates .
Após uma certa acalmia nas relações entre Cavaco e Sócrates,
o caldo azedou, e tudo foi voltado do avesso .
Isso ainda hoje é tema muito controverso, mas conduziu à queda
do Governo e à iminência da bancarrota em Portugal .
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Cavaco Silva, tido como uma eminência da Economia e das Finan-
ças, ou nada percebeu do que estava em jogo, ou acobardou-se e
nada ajudou o Pais, o Governo, nem o Povo .
Portugal tinha voltado a ser intervencionado, apanhado nas garras
dos dos credores, dos agiotas e dos Organismos Internacionais .
O governo da direita dita liberal, sempre encostado a Cavaco, foi
espremendo os portugueses até não poder .
Até na pensão do PR começou a faltar o
dinheiro para as compras da semana .
O PS foi estrangulado entre a Toika, o Governo e o Presidente .
Inchou a miséria, o desemprego, a fome, a falta de remédios,
e a Dívida Pública quase duplicou .
O defice ora baixava, ora subia, consoante os bancos que rebenta-
vam ou aumentava a carga fiscal para tapar os buracos dos nossos
queridos bancos .
E que fazia Cavaco durante estes tristes anos da desgraças, dirão as
pessoas ?
Nada, rigorosamente nada .
A não ser recomendar investimentos em bancos falidos .
A credibilidade de Cavaco silva tinha-se esboroado,
e agora era preciso acabar com este cadáver adiado .
Foi ontem a enterrar .
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terça-feira, 8 de março de 2016
REQUIEM PARA CAVACO ( O CREDO ) .
Chega ao fim a dolorosa e prolongada via sacra de Cavaco
Silva, que se arrastou por mais de três décadas, de triste me-
mória, e que teria começado com a rodagem do seu carro, na
Figueira da Foz, em meados dos anos 80 .
Ganhou o congresso do PPD/PSD e duas maiorias absolutas,
estafando à farta, uma boa parte dos fundos comunitários, que
Mário Soares tinha conseguido com a ajuda dos seus amigos
da Internacional Socialista .
Chamou a governar os seus comparsas, para o Governo, tudo
boa gente, como o tempo viria demonstrar .
Surgiu então a Mafia social-democrata, que se foi apoderando
sistemática e continuadamente, de pedaços fundamentais do sis-
tema financeiro nacional, ao mesmo tempo que procedia ao des-
mantelamento de quase todas as infraestruturas das nossa pesca,
agricultura e indústria nacionais,
na idiota esperança de criar um grande entreposto internacional
na área dos serviços, da inovação e da investigação .
Encheu o território de autoestradas, estádios de futebol, criou
o capitalismo social, uma nova reforma agrária, esbanjando mil-
lhões, em enormes projectos agrícolas fantasmas, muitos dos quais
não passaram do papel .
Foi a época dourada do cavaquismo .
Tentou ir a Presidente da República, após doze anos como chefe
do Governo, perdeu, e por aí se ficou o nosso Aníbal, a fazer a
travessia do deserto, e partir para novas conquistas .
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Silva, que se arrastou por mais de três décadas, de triste me-
mória, e que teria começado com a rodagem do seu carro, na
Figueira da Foz, em meados dos anos 80 .
Ganhou o congresso do PPD/PSD e duas maiorias absolutas,
estafando à farta, uma boa parte dos fundos comunitários, que
Mário Soares tinha conseguido com a ajuda dos seus amigos
da Internacional Socialista .
Chamou a governar os seus comparsas, para o Governo, tudo
boa gente, como o tempo viria demonstrar .
Surgiu então a Mafia social-democrata, que se foi apoderando
sistemática e continuadamente, de pedaços fundamentais do sis-
tema financeiro nacional, ao mesmo tempo que procedia ao des-
mantelamento de quase todas as infraestruturas das nossa pesca,
agricultura e indústria nacionais,
na idiota esperança de criar um grande entreposto internacional
na área dos serviços, da inovação e da investigação .
Encheu o território de autoestradas, estádios de futebol, criou
o capitalismo social, uma nova reforma agrária, esbanjando mil-
lhões, em enormes projectos agrícolas fantasmas, muitos dos quais
não passaram do papel .
Foi a época dourada do cavaquismo .
Tentou ir a Presidente da República, após doze anos como chefe
do Governo, perdeu, e por aí se ficou o nosso Aníbal, a fazer a
travessia do deserto, e partir para novas conquistas .
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segunda-feira, 7 de março de 2016
VARIAÇÕES .
Ninguém dá pontapés num cão morto .
Se não puderes vencer os teus inimigos,
junta-te a eles .
Os amigos são para as ocasiões .
Quem os inimigos poupa, às mãos lhe morre .
A inveja e o pior dos pecados .
A indiferença mata mais do que os revólveres .
Com os amigos que tenho,
não é preciso ter inimigos .
.
Se não puderes vencer os teus inimigos,
junta-te a eles .
Os amigos são para as ocasiões .
Quem os inimigos poupa, às mãos lhe morre .
A inveja e o pior dos pecados .
A indiferença mata mais do que os revólveres .
Com os amigos que tenho,
não é preciso ter inimigos .
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domingo, 6 de março de 2016
SOLIDÃO .
Dizem que se nasce sòzinho
e que sòzinho se morre também .
Mas acho que passamos a maior parte da nossa vida sós,
muitas vezes com a vaga sensação de estarmos acompan-
hados .
Não podemos entrar na cabeça dos outros, mas também
não deixamos que devassem a nossa intimidade .
Vivemos de pequenos equilíbrios instáveis, tanto mais ins-
táveis, quanto a proximidade dos que nos rodeiam parece
mais forte .
A partilha é muito importante na vida, mas só até um certo
patamar . Existe um ponto de viragem, em que começamos
a sentir-nos asfixiados e asfixiantes .
A cumplicidade existe, sim existe, mas é de pouca duração .
A nossa personalidade acaba sempre por vir à tona e
eclipsar a dos outros .
Claro que há situações em que as pessoas estão mais per-
meáveis à partilha de sentimentos,
o enamoramento, a paixão, o aparecimento de um filho,
a dor, a doença, a morte, as dificuldades da vida,
mas com o tempo, desaparece o estado de graça .
É uma punção da natureza .
Como na vida animal .
Em regra, são as fêmeas que cuidam das crias,
e os machos tendem a isolar-se, na caça pela sobrevivência,
na disputa do território, na luta pela companheira, no com-
bate pela selecção natural .
A humanidade vai cumprindo a sua curva helicoidal, criando
regras para amaciar os comportamentos sociais,
mas a nossa raiz instintiva, em momentos de grave crise, aca-
ba por vir à superfície .
É então que o (pre)conceito de igualdade se torna um tanto
ofuscado, mesmo deslocado, cavalgando a realidade imaginá-
ria .
O raciocínio perde sempre para o instinto .
.
e que sòzinho se morre também .
Mas acho que passamos a maior parte da nossa vida sós,
muitas vezes com a vaga sensação de estarmos acompan-
hados .
Não podemos entrar na cabeça dos outros, mas também
não deixamos que devassem a nossa intimidade .
Vivemos de pequenos equilíbrios instáveis, tanto mais ins-
táveis, quanto a proximidade dos que nos rodeiam parece
mais forte .
A partilha é muito importante na vida, mas só até um certo
patamar . Existe um ponto de viragem, em que começamos
a sentir-nos asfixiados e asfixiantes .
A cumplicidade existe, sim existe, mas é de pouca duração .
A nossa personalidade acaba sempre por vir à tona e
eclipsar a dos outros .
Claro que há situações em que as pessoas estão mais per-
meáveis à partilha de sentimentos,
o enamoramento, a paixão, o aparecimento de um filho,
a dor, a doença, a morte, as dificuldades da vida,
mas com o tempo, desaparece o estado de graça .
É uma punção da natureza .
Como na vida animal .
Em regra, são as fêmeas que cuidam das crias,
e os machos tendem a isolar-se, na caça pela sobrevivência,
na disputa do território, na luta pela companheira, no com-
bate pela selecção natural .
A humanidade vai cumprindo a sua curva helicoidal, criando
regras para amaciar os comportamentos sociais,
mas a nossa raiz instintiva, em momentos de grave crise, aca-
ba por vir à superfície .
É então que o (pre)conceito de igualdade se torna um tanto
ofuscado, mesmo deslocado, cavalgando a realidade imaginá-
ria .
O raciocínio perde sempre para o instinto .
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sexta-feira, 4 de março de 2016
UM ACTO DE DIGNIDADE .
"Se Maomé não vai à montanha,
terá que a montanha ir a Maomé ."
Após 3 meses de governo de António Costa, conseguiu
o milagre impensável de reunir à mesma mesa, no Forte
de São Julião da Barra, Cavaco Silva para presidir, pela
primeira vez, ao Conselho de Ministros .
O tema da reunião centrou-se, essencialmente, sobre as
questões ligadas aos projectos a desencadear no mar por-
tuguês, nas suas águas territoriais e nas preocupações am-
bientais relacionadas com as nossas costas .
.
terá que a montanha ir a Maomé ."
Após 3 meses de governo de António Costa, conseguiu
o milagre impensável de reunir à mesma mesa, no Forte
de São Julião da Barra, Cavaco Silva para presidir, pela
primeira vez, ao Conselho de Ministros .
O tema da reunião centrou-se, essencialmente, sobre as
questões ligadas aos projectos a desencadear no mar por-
tuguês, nas suas águas territoriais e nas preocupações am-
bientais relacionadas com as nossas costas .
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UMA QUESTÃO QUE METE NOJO .
Álvaro Barreto, o eterno ministro polivalente de Cavaco Silva,
esteve 12 anos a usufruir o ordenado de presidente da Soporcel,
acumulando com o vencimento de ministro, e toda a gente achou
bem .
Jorge Coelho, o número 2 de António Guterres, aguentou mais
de seis anos, até ir para o sector privado, e mesmo assim, sempre
enxovalhado, por suspeita de Corrupção .
Victor Gaspar Transitou em grande velocidade, do Banco Mun-
dial, para o governo de Passos Coelho, e na hora, regressou ao
Banco Mundial .
Maria de Belém, tinha uma avença no grupo de saúde, do grupo
Espírito Santo, enquanto desempenhou as funções de Ministra da
saùde .
Maria Luís Albuquerque foi contratada por um grupo inglês, na
área de gestão de falências, que tinha e tem ligações com negócios
em que se abordaram as manobras das negociatas ente a ex-minis-
tra das Finanças, e a dita instituição .
Palavras para quê ?.
São artistas portugueses,
Malabaristas,
Equilibristas,
Jongleurs,
Trapezistas,
Palhaços,
Ilusionistas,
e Ladrões ...
.
.
esteve 12 anos a usufruir o ordenado de presidente da Soporcel,
acumulando com o vencimento de ministro, e toda a gente achou
bem .
Jorge Coelho, o número 2 de António Guterres, aguentou mais
de seis anos, até ir para o sector privado, e mesmo assim, sempre
enxovalhado, por suspeita de Corrupção .
Victor Gaspar Transitou em grande velocidade, do Banco Mun-
dial, para o governo de Passos Coelho, e na hora, regressou ao
Banco Mundial .
Maria de Belém, tinha uma avença no grupo de saúde, do grupo
Espírito Santo, enquanto desempenhou as funções de Ministra da
saùde .
Maria Luís Albuquerque foi contratada por um grupo inglês, na
área de gestão de falências, que tinha e tem ligações com negócios
em que se abordaram as manobras das negociatas ente a ex-minis-
tra das Finanças, e a dita instituição .
Palavras para quê ?.
São artistas portugueses,
Malabaristas,
Equilibristas,
Jongleurs,
Trapezistas,
Palhaços,
Ilusionistas,
e Ladrões ...
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quinta-feira, 3 de março de 2016
O PALEIO .
Já tivemos um Presidente Militar .
Já tivemos um Presidente de Letras .
Um Presidente Economista .
Aguardamos impacientemente um Presidente
de Direito,
para endireitar a ladroagem dos bancos e dos
banqueiros, que já tarda ...
O que é que ele irá fazer ?!...
Paleio não lhe falta ...
.
Já tivemos um Presidente de Letras .
Um Presidente Economista .
Aguardamos impacientemente um Presidente
de Direito,
para endireitar a ladroagem dos bancos e dos
banqueiros, que já tarda ...
O que é que ele irá fazer ?!...
Paleio não lhe falta ...
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A TELENOVELA .
" Por detrás do manto diáfano da fantasia,
esconde-se a rude crueza da realidade ."
Vou sobrevivendo ás fantasias, com alguma credulidade,
a não ser quando alguma de encapsula fortemente e se
transforma em ideia fixa, ainda que idiota, irreal e sem
qualquer nexo .
De resto, as fantasias chegam e partem, em regra, ao sabor
das marés ou do nevoeiro .
Mas quando a fantasia engrossa demasiado, é preciso expur-
gá-la do peito, o que por vezes não é nada fácil .
Dói muito .
E, afinal, uma vez desfeita, deixa de causar o sofrimento e o
embaraço que proporcionaram .
Vá lá, um pouco de coragem, que diabo .
Ponto final, parágrafo .
Fim de capítulo .
Novela terminada .
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esconde-se a rude crueza da realidade ."
Vou sobrevivendo ás fantasias, com alguma credulidade,
a não ser quando alguma de encapsula fortemente e se
transforma em ideia fixa, ainda que idiota, irreal e sem
qualquer nexo .
De resto, as fantasias chegam e partem, em regra, ao sabor
das marés ou do nevoeiro .
Mas quando a fantasia engrossa demasiado, é preciso expur-
gá-la do peito, o que por vezes não é nada fácil .
Dói muito .
E, afinal, uma vez desfeita, deixa de causar o sofrimento e o
embaraço que proporcionaram .
Vá lá, um pouco de coragem, que diabo .
Ponto final, parágrafo .
Fim de capítulo .
Novela terminada .
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quarta-feira, 2 de março de 2016
A GERAÇÃO DO MÁRIO PEDRO .
Após uma dolorosa e tormentosa travessia do deserto,
a geração do Mário Pedro chegou ao poder .
Por portas e travessas, mas chegou .
Apesar do cisma duma das alas do PS se ter mantido à
margem dos acordos à esquerda, como se isso fosse pre-
ferível à continuação da palhaçada do Cavaco e do Pas-
sos, António Costa acelerou em força e esmagou o lacrau
da direita liberal ( leia-se reaccionária e retrógrada ) .
E a gerigonça continua a laborar e a partir muita pedra, tal
o estado em que o País ficou, após 4 anos de eclipse quase
total da Democracia,
a contragosto das lamúrias mesquinhas , de sectores que
deixaram fugir o passaroco da pouca vergonha e da insídia,
dentro e fora do País .
Claro que a experiência da esquerda grega foi um total fra-
casso, por falta de projecto dos políticos gregos, mas tam-
bém pelo massacre a que foi sujeita anti democraticamente
por toda a gente bem comportada.
A Espanha está há dois meses sem governo à vista, dilace-
rada por dois blocos antagónicos, e tudo indica que o Rei
vai ter que convocar novas eleições .
A crise económico-financeira arrasta-se há quase 10 anos,
e a crise dos migrantes é uma vergonha humanitária a céu
aberto, em que as máfias internacionais encaminham mil-
hões de desgraçados para o caos, para o paraíso capitalista
e para a fome, a desgraça e a morte .
Incomodado com tudo isto, e aproveitando a aberta, o UK
faz o seu jogo de inimaginável chantagem, para fugir a este
inferno, e colocar-se fora desta confusão, daí tirando precio-
sas vantagens .
Foi este espólio, Pedro, que acabaste por herdar ...
E não há inocentes nesta narrativa .
.
a geração do Mário Pedro chegou ao poder .
Por portas e travessas, mas chegou .
Apesar do cisma duma das alas do PS se ter mantido à
margem dos acordos à esquerda, como se isso fosse pre-
ferível à continuação da palhaçada do Cavaco e do Pas-
sos, António Costa acelerou em força e esmagou o lacrau
da direita liberal ( leia-se reaccionária e retrógrada ) .
E a gerigonça continua a laborar e a partir muita pedra, tal
o estado em que o País ficou, após 4 anos de eclipse quase
total da Democracia,
a contragosto das lamúrias mesquinhas , de sectores que
deixaram fugir o passaroco da pouca vergonha e da insídia,
dentro e fora do País .
Claro que a experiência da esquerda grega foi um total fra-
casso, por falta de projecto dos políticos gregos, mas tam-
bém pelo massacre a que foi sujeita anti democraticamente
por toda a gente bem comportada.
A Espanha está há dois meses sem governo à vista, dilace-
rada por dois blocos antagónicos, e tudo indica que o Rei
vai ter que convocar novas eleições .
A crise económico-financeira arrasta-se há quase 10 anos,
e a crise dos migrantes é uma vergonha humanitária a céu
aberto, em que as máfias internacionais encaminham mil-
hões de desgraçados para o caos, para o paraíso capitalista
e para a fome, a desgraça e a morte .
Incomodado com tudo isto, e aproveitando a aberta, o UK
faz o seu jogo de inimaginável chantagem, para fugir a este
inferno, e colocar-se fora desta confusão, daí tirando precio-
sas vantagens .
Foi este espólio, Pedro, que acabaste por herdar ...
E não há inocentes nesta narrativa .
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