terça-feira, 15 de março de 2016

A BRANQUINHA .

Março, marsagão,
manhãs de Inverno,
tardes de verão .

Manhã cedo, 
quer chova, quer faça sol,
a Branquinha está à espera que eu acorde,
e vem cumprimentar-me .

Dou-lhe comida,
mas ela vem logo brincar comigo,
parecemos duas crianças pequenas,

já conhece os rituais habituais,
joga à apanhada, como se fosse um cachorrinho,
apanhando e trazendo à mão, as argolas do cabelo
que eu vou apanhando do chão .
os brinquedos preferidos .

Brincamos depois à bola, 
jogo em que é exímia,
agarra  no ar, mergulha rápida, 
como se de um guarda redes se tratasse .

Toda esta cena marada decorre em jejum
para os dois . 
Só quando dou a jogatana por acabada,
é que vamos os tomar o pequeno almoço .

Só temos uma contrariedade,
entusiasmada com a brincadeira,
vai - me dando dentadas, 
que ás vezes me magoam um pouco,
dentadinhas de amor .

O pior são as unhas, 
como se fossem bisturis .

Por isso temos que levar a gata à manicura,
uma vez por mês, com direito a tratamento
VIP .
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