quarta-feira, 2 de março de 2016

A GERAÇÃO DO MÁRIO PEDRO .

Após uma dolorosa e tormentosa travessia do deserto,
a geração do Mário Pedro chegou ao poder .
Por portas e travessas, mas chegou .

Apesar do cisma duma das alas do PS se ter mantido à
margem dos acordos à esquerda, como se isso fosse pre-
ferível à continuação da palhaçada do Cavaco e do Pas-
sos, António Costa acelerou em força e esmagou o lacrau 
da direita liberal ( leia-se reaccionária e retrógrada ) .

E a gerigonça continua a laborar e a partir muita pedra, tal
o estado em que o País ficou, após 4 anos de eclipse quase
total da Democracia,
a contragosto das lamúrias mesquinhas , de sectores que
deixaram fugir o passaroco da pouca vergonha e da insídia,
dentro e fora do País .

Claro que a experiência da esquerda grega foi um total fra-
casso, por falta de projecto dos políticos gregos, mas tam-
bém pelo massacre a que foi sujeita anti democraticamente
por toda a gente bem comportada.

A Espanha está há dois meses sem governo à vista, dilace-
rada por dois blocos antagónicos, e tudo indica que o Rei
vai ter que convocar novas eleições .

A crise económico-financeira arrasta-se há quase 10 anos,
e a  crise dos migrantes é uma vergonha humanitária a céu 
aberto, em que as máfias internacionais encaminham mil-
hões de desgraçados para o caos, para o paraíso capitalista 
e para a fome, a desgraça e a morte .

Incomodado com tudo isto, e aproveitando a aberta, o UK 
faz o seu jogo de inimaginável chantagem, para fugir a este
inferno, e colocar-se fora desta confusão, daí tirando precio-
sas vantagens .

Foi este espólio, Pedro, que acabaste por herdar ...

E não há inocentes nesta narrativa .
.