terça-feira, 8 de março de 2016

REQUIEM PARA CAVACO ( O CREDO ) .

Chega ao fim a dolorosa e prolongada via sacra de Cavaco 
Silva, que se arrastou por mais de três décadas, de triste me-
mória, e que teria começado com a rodagem do seu carro, na
Figueira da Foz, em meados dos anos 80 .

Ganhou o congresso do PPD/PSD e duas maiorias absolutas,
estafando à farta, uma boa parte dos fundos comunitários, que
Mário Soares tinha conseguido com a ajuda dos seus amigos
da Internacional Socialista .

Chamou a governar os seus comparsas, para o Governo, tudo 
boa gente, como o tempo viria demonstrar .

Surgiu então a Mafia social-democrata, que se foi apoderando 
sistemática e continuadamente, de pedaços fundamentais do sis-
tema financeiro nacional, ao mesmo tempo que procedia ao des-
mantelamento de quase todas as infraestruturas das nossa pesca,
agricultura e indústria nacionais,
na idiota esperança de criar um grande entreposto internacional 
na área dos serviços, da inovação e da investigação . 

Encheu o território de autoestradas, estádios de futebol, criou 
o capitalismo social, uma nova reforma agrária, esbanjando mil-
lhões, em enormes projectos agrícolas fantasmas, muitos dos quais
não passaram do papel .

Foi a época dourada do cavaquismo . 

Tentou ir a Presidente da República, após doze anos como chefe
do Governo, perdeu, e por aí se ficou o nosso Aníbal, a fazer a 
travessia do deserto, e partir para novas conquistas .
.