quarta-feira, 31 de maio de 2017

A ESCRITA DELIRANTE .

Uma simbiose entre o Surrealismo
e o Anarquismo .

Sempre gostei de dizer disparates e frases sem  nexo, quase
sempre retiradas do contexto, ou num outro contexto, que só
eu entendo .

Ainda não cheguei ao ponto de contar anedotas para dentro,
ou rir-me a despropósito, deixando de ouvir o que me estão
a dizer, para curtir o que me vai na alma .

É preciso prática e treino para lá chegar .

E os exemplos e as ocasiões estão sempre na linha da frente .
Tudo se passa cá dentro, numa caixa própria, a caixa dos piro-
litos .
Não é maluqueira, não senhor .
É outra maneira de estar .
É uma defesa sólida contra a parvoíce generalizada, mas tam-
bém contra os certinhos, os bem comportados, os utilizadores
das ideias politicamente correctas .
Os ajuizados .

Mas é também um grito de revolta, de rebeldia, que se manifes-
ta contra o pensamento único, a verdade absoluta, as boas man-
eiras .

Tenho uma necessidade visceral de , mesmo dizendo patranhas, 
se eu próprio, de corpo inteiro .

Estavas tão meditabunda,
tão meditabunda,
tão tétrica,
que eu medi-te a bunda
com uma fita métrica .

Adoro o Alexandre O/Neil .

Iam dois polícias com uma grande bebedeira, um deles chama-
do Cruz, saindo da taberna, e iam discutindo os problemas da
vida, teimando sempre, até cair :

- Eu sou o Chefe Cruz ;
- E eu sou é o Cruz Chefe ;
- Não, eu sou o Chefe Cruz ;
-Nada disso, eu sou o Cruz Chefe .

A discussão estava tão animada, até que veio a bófia e levou os 
dois na Ramona .
Foram curti-la na choça .
Que vão agora queixar-se ao sindicato
.