quarta-feira, 17 de maio de 2017

A TEMPESTADE .

Santa Bárbara bendita
Que no céu está escrita
Livra-nos desta tormenta
Com um raminho de água benta .

A Tempestade cheira-se ao longe . 
Vê-se avançar , trazendo o céu de breu atrás de nós .
O Vento rosna bravio, as Nuvens correm mais depressa,
sente-se a electricidade no ar, 
e, de repente,
tudo desaba em cima de nós .
O Astro  estoira, e a Terra parece incendiar-se numa 
explosão medonha, que se repete vezes sem conta .

Tudo escurece ainda mais, e as pessoas ficam atordoadas
pelo ribombar dos trovões e pelo ziguezaguiar dos Raios,
caindo em cheio nos rochedos da Serra .

É a tormenta .

É o diabo em pessoa .

Depois, tão depressa como veio, logo se afasta para bem 
longe, levando o Inferno para outras paragens .

Mas, por vezes, o horroroso espectáculo pode prolongar-
-se por várias horas, noite dentro, e mal podemos dormis 
descansados .

O grande compositor Bethoven, transmite-nos uma ideia 
do que é a Tempestade, através da sua 6ª. Sinfonia, designa-
da A Pastoral, uma maravilha criada por um génio surdo .

Depois da Tempestade, vem a Bonança .

É então que regressam o Silêncio da Natureza, o brilho do
Sol, o palavreado e o chilrear dos Pássaros, e os sons nor-
mais de toda a Bicharada .

E tudo volta a ser como dantes .

É então que surge ao longe por trás da serra,

um lindo ARCO ÍRIS que, dizem os antigos, tem na ponta

um grande pote cheio de moedas de oiro .

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