segunda-feira, 29 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA CAROCHINHA .

Quem quer casar com a Carochinha

que é muito feia e muito màzinha ?.

Quem quer casar com a Carochinha ?,

que tem um petisco a preparar

no caldeirão da cozinha ?.

A vida da Carochinha corria-lhe bem, até que foi obrigada 
a divorciar-se do marido, um sujeito invejoso e mal formado
costumado a viver à custa do alheio .

Já o casamento fora feito por interesse e com segundas inten-
ções . Enganava a Carocha a torto e a direito, sacava-lhe a 
massa, e nunca quis juntar os trapinhos .
Tinham contas separadas, e o malandro é que queria governar 
os proventos da casa .

Sempre foi assim, mas a matrona e os seus amigos iam sempre
adiando o desenlace, pois o malandreco tinha a escola toda, um 
refinado chulo .

Mesmo assim, foi ele que deixou o lar, e com a complicada ques-
tão das partilhas, pois tinham casado com comunhão de bens .

Afinal, havia outro,
que sempre andou com o olho em 
cima dela .

Um labrego, bem apessoado, com poupa à Tintim, um ricaço da 
América, que namorava por correspondência .
Tinham trocado fotografias, o namoro ia andando, até que o preten-
dente veio conhecer a matrona e apresentar-se à família .

Desconheço o que terá acontecido .
O que é certo e que as coisas, pelos vistos, azedaram, e noivo deu de 
frosques, já com os papéis para o casamento a correr .

Ou a Carochinha , afinal era um grande estafermo,  e quando se apre-
sentou a serviço, o ruivo fugiu, só de a ver, não sem ter dado uma enor-
me reprimenta à noiva, à vista de toda a gente .

Ficou tudo de cara  à banda, e o noivado foi desfeito .

E o Caldeirão, de onde vinha um cheirinho  mara-
vilhoso, nem sequer chegou a ser inaugurado .

É  a vida ...
.