domingo, 7 de maio de 2017

VIVE LA FRANCE .

Como eu amava a França .

No meu colégio, andava no meu 4º. ano do liceu, eu, que era
um falso aluno bem comportado, mas um grande malandro, 
atento e cumpridosrdos meus deveres escolares, mas danado 
para a brincadeira,um adas minhas professoras, a D. Edite, 
chamava-me

Placide, le père tranquile, 

alusão a uma das belas páginas do livro de da disciplina de
Francês .

Sempre gostei da História e da língua de Molière e dos seus
heróis .

A primeira vez que vi Paris, foi um deslumbramento, a concre-
tização de um sonho antigo .

Habituado à Cidade das Sete Colinas,

fiquei completamente embasbacado quando vi  o Arco do Tri-
unfo, com doze boulevards irradiando por toda a cidade, dividi-
da por uma gigantesca avenida, que ia da Bastilha, até ao Gran-
de Arco da Défense . 

E depois, ver a Torre Eiffel, deixou-me uma imagem imortal .
Ir a Paris, e não ver a Grande Torre, era como ir a Roma e não
ver o Papa .

Quando me estava a preparar para o estágio profissional a que
estava obrigado, o meu chefe, o mausão Engº Diógenes Palha, 
bem que me avisou :

" Ó Garcia, tenha muito cuidado com esses tipos .
   Olhe que, para eles, todas as pessoas importantes, qualquer que
   seja a sua origem, são todas francesas .
   Cristo era Francês,
   Marx era Francês, 
   Freud era francêsm
   e assim por diante ".

"Não se deixe impressionar, mas concorde sempre com essa corja" .

Como dominava bem a língua, esse estágio foi um belo passeio para
mim, e aprendi muito, do ponto de vista técnico, social e fundamen-
talmente do ponto de vista intelectual e artístico .

Pois não era Paris ainda 

A CIDADE DAS LUZES .

Era a primeira urbe que eu conhecera, mas nenhuma outra superou
tantas espectativas e tantas esperanças, pois era como se eu já tivesse
vivido em Paris, desde sempre .

Cada monumento, cada rua, cada estátua, faziam ressoar em mim, to-
da a glória que eu já havia vivido nos livros .

Era um autêntico filme contínuo, e a côres, que estava no meu espírito,
desde há muitos tempo .
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